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Secretaria de Saúde de João Pessoa alerta para a importância do uso de preservativos para prevenção de ISTs

Quando se trata de saúde pública, o preservativo é o meio de prevenção mais eficaz no controle de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre a população sexualmente ativa, além de evitar uma gravidez não planejada. E, em épocas de festas populares, é comum que as pessoas acabem se expondo a relações sexuais desprotegidas. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS) alerta para a importância do uso de preservativos.

A chefe da seção de IST, AIDS e Hepatites Virais da SMS, Jéssica Mendonça explica que as infecções transmitidas por relação sexual (ou através de materiais perfurocortantes) são causadas por mais de 30 vírus e bactérias através do contato, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada.

“Abrir mão do uso do preservativo nas relações expõe a pessoa e os parceiros com as quais ela se relaciona. Por isso, é fundamental priorizar a prevenção. O uso da camisinha em todas as relações sexuais é a forma mais eficaz de proteção, principalmente em épocas do ano mais festivas que as pessoas acabam se expondo mais, como acontece no São João e no Carnaval. Nesse sentido, é importante sempre lembrar que essas datas passam, mas a doença não”, destaca.

Para essa prevenção, a Secretaria de Saúde realiza, de forma contínua, a distribuição de preservativos em todos os serviços da Rede Municipal, como unidades de saúde, policlínicas municipais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), hospitais e até em serviços administrativos, como na sede da SMS, Centro Administrativo Municipal (CAM) e em outras secretarias.

Uma parceria da SMS com a iniciativa privada e instituições da sociedade civil também oferta os preservativos, como em estações de trem, barzinhos e ONGs. Em todos os locais, o acesso é realizado de forma espontânea, ficando o item disponível na recepção dos serviços e podendo o usuário pegar à vontade. São ofertados preservativos externos e internos (popularmente conhecidos como camisinha masculina e feminina, respectivamente) e gel lubrificante.

Jéssica Mendonça explica ainda que o alerta para o uso do preservativo é feito com base no comportamento da população, uma vez que, passado o período festivo, cresce a procura dos serviços para testagens e/ou orientações.

“As ISTs não têm cara, cor, sexo ou raça e a maior transmissão é via contato sexual. Por isso, o sexo protegido é a melhor forma de prevenção, além de ser um método contraceptivo. Nossa orientação maior é: use camisinha. Porém, se houver alguma exposição, em até 72 horas você pode procurar o serviço o SAE/CTA e/ou o Hospital Clementino Fraga para acompanhamento e iniciar a medicação contra o vírus do HIV. Em relação as outras ISTs, na grande maioria, os sintomas começam a surgir no mínimo 30 dias após o sexo desprotegido. Mas, nesses casos, a pessoa também pode procurar as unidades básicas de saúde e o SAE/CTA para mais informações, assim como realizar teste rápido e iniciar o tratamento”, orienta a chefe da seção de IST, AIDS e Hepatites Virais.

Testagem – Qualquer pessoa que tenha vida sexual ativa pode realizar os testes rápidos para a detecção de ISTs. Entretanto, em alguns casos, é possível que o resultado seja um falso negativo devido ao que os especialistas chamam de janela imunológica – período entre a infecção por um agente infeccioso e a detecção de anticorpos no organismo.

Os testes rápidos estão disponíveis em toda a Rede Municipal de Saúde e podem ser realizados nas USFs ou no Serviço Especializado para Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA). Os serviços funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, com intervalo de almoço.

O SAE/CTA está localizado na Rua Alberto de Brito, nº 413, Jaguaribe, dentro do complexo da Policlínica Municipal de Jaguaribe. Para mais informações, a população pode entrar em contato pelo número de telefone: 3213-7592.

Números – De janeiro até a primeira quinzena deste mês de junho, a SMS registrou 291 casos de AIDS, 60 de Hepatites Virais e 791 de Sífilis adquirida, além de 233 casos de sífilis em gestantes e 54 casos de sífilis congênita, que é repassada da mãe para o bebê na gravidez, parto ou amamentação.

Em 2024, durante todo o ano, foram registrados 861 casos de AIDS e 243 de Hepatites Virais. De Sífilis foram confirmados 1.523 casos, além de 508 em gestantes e 159 casos do tipo repassado para o bebê pela mãe. Os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/NET) da Vigilância Epidemiológica de João Pessoa.

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