Como parte da mobilização de assistência e cuidado da campanha nacional de vacinação contra Influenza, a Prefeitura de João Pessoa inicia, na próxima segunda-feira (19), a prevenção dos trabalhadores que atuam nos hospitais públicos e privados da Capital. A ação começará pelos hospitais Napoleão Laureano e Municipal Valentina, durante a manhã e tarde. Para o grupo prioritário, a campanha segue até o dia 31 de maio com a meta de imunizar 90% da população.


“Esta ação que estamos programando nas instituições hospitalares tem o intuito de ampliar e reforçar a proteção e cuidado dos profissionais. Estaremos administrando apenas as doses que atuam na proteção da Influenza, consideramos que estamos em campanha nacional. Sobretudo, seguimos alertando que esses trabalhadores podem buscar um serviço de Saúde de referência para sua assistência e atualizar a caderneta com as demais vacinas destinadas a este grupo, a exemplo da que protege contra a Covid-19, Tríplice Viral, Hepatite B e dT”, orientou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização de João Pessoa.
A vacinação é recomendada principalmente para as pessoas que integram o grupo prioritário, com maior risco para hospitalização e agravamento da doença. O imunizante contra a gripe é atualizado anualmente conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e oferece proteção contra os vírus H1N1, H3N2 e B, podendo ser aplicado simultaneamente de forma segura e rápida com outras doses que integram o calendário básico de vacinação.
Dados do Ministério da Saúde – No Brasil, o cenário atual é marcado pela predominância do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e pelo crescimento das infecções por Influenza e em idosos. De acordo com o boletim da Fiocruz – Infogripe, divulgado em 8 de maio, no ano epidemiológico de 2025 já foram notificados 50.090 casos de SRAG, sendo 22.235 (44,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 20.144 (40,2%) negativos e 4.537 (9,1%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os casos positivos deste ano, observou-se 13% de Influenza A, 1,5% de Influenza B, 40,4% de vírus sincicial respiratório, 27,2% de rinovírus e 18,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de 26,7% de Influenza A, 0,7% de Influenza B, 55,7% de vírus sincicial respiratório, 18,1% de rinovírus e 3% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Em relação aos óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 56,1% de Influenza A, 1,6% de Influenza B, 12,9% de vírus sincicial respiratório, 11,8% de rinovírus, e 18% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Em João Pessoa – Segundo dados da Gerência de Vigilância Epidemiológica, somente nos primeiros quatro meses de 2025, foram registrados nas unidades sentinelas 16.921 casos notificados para síndromes gripais. Desses, foram 296 casos graves, sendo 124 positivos para algum vírus respiratório, o que corresponde a 42% dos casos graves, resultando em 31 óbitos.
A Vigilância Sentinela de Síndromes Gripais tem o objetivo de fortalecer a Vigilância Epidemiológica de vírus respiratórios, por meio da identificação do agente patogênico (vírus), os períodos de circulação viral em cada sazonalidade e surgimento de novo subtipo viral. Essa estratégia visa construir um banco de dados biológico para a adequação das vacinas de Influenza e atualmente, também vacina contra o Sars-CoV-2.
Outros grupos prioritários – Os grupos definidos pelo Ministério da Saúde para a estratégia de vacinação contra a Influenza nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste em 2025 são o prioritário (crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; idosos com 60 anos ou mais) e o especial (puérperas; povos indígenas; quilombolas; pessoas em situação de rua; trabalhadores da Saúde; professores do ensino básico e superior; profissionais das forças de segurança e salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso; trabalhadores portuários; trabalhadores dos Correios; população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independentemente da idade).
Todos os imunizantes disponíveis das campanhas ativas (Covid-19 ou Influenza) podem ser administrados simultaneamente com qualquer outro que faz parte do calendário de rotina, em qualquer intervalo de tempo, na faixa etária de seis meses de idade ou mais. A Covid-19 e a Influenza continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas.