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“É um procedimento relativamente simples, mas que requer cuidados” explica médico sobre a cirurgia de Lula

O médico neurocirurgião Jim Umberto Cantisani Neto explicou, na tarde desta terça-feira, (10) sobre o problema de saúde do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que, nesta foi  acometido de uma hemorragia intracraniana.

De acordo com o médico, o que aconteceu com Lula é o que pode acontecer com pacientes acima de 70 anos que, porventura, venham a ter algum quadro de queda. “Em alguns pacientes,  que têm acima de 70 anos, que venha a ter algum trauma craniano, alguma pancada na cabeça, ele pode, a longo prazo, dentro de 30 a 60 dias, evoluir com hematoma, que nós chamamos de hematoma subdural crônico” explicou.

Jim Umberto disse ainda que esse hematoma é causado por um pequeno sangramento na região das meninges, que é uma área que recobre o cérebro e que pode ficar pingando sangue a longo prazo. “E depois de um certo período, você acaba fazendo uma coleção. Essa coleção é chamada de hematoma subdural, no qual a gente chama de hematoma subdural crônico”, disse.

“No caso do presidente parece que a queda dele foi em outubro então nós temos quase dois meses aí após que  apresentar esse novo sangramento e as indicações de fazer algum tipo de procedimento cirúrgico  vão depender do tamanho da hematoma  e da localização  e, caso do presidente,   o tamanho do hematoma contribuiu para indicação cirúrgica porque ele tem um hematoma que provavelmente  tem espessura maior do que meio centímetro que é considerado indicação para você fazer a evacuação ou seja retirada desse hematoma.

Jim Umberto explica que o procedimento é realizado por meio de um pequeno furo.  “Nós não fazemos a retirada de toda calota craniana  e óssea. O que é feito é apenas um pequeno furo e através dele é feita uma lavagem nessa região para que esse hematoma seja evacuado, seja retirado, diferente de procedimentos como uma craniotomia, ou seja, a retirada da calota craniana, disse,

Ainda segundo o médico esse pequeno furo é recoberto, posteriormente, às vezes com alguma plaquinha na região para que se consiga fechar e o crânio ficar de forma normal. “Então é um procedimento relativamente simples, mas que requer cuidados porque existem várias complicações que podem acontecer após esse tipo de cirurgia”, finalizou.

O NorteOnline

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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