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Hospital Padre Zé aciona à Justiça e quer R$ 1 milhão do Padre Egídio; entenda

O Instituto São José, que administra o Hospital Padre Zé em João Pessoa, solicitou à Justiça da Paraíba uma indenização de pelo menos R$ 1 milhão por danos morais contra o ex-gestor do instituto, o padre Egídio de Carvalho Neto.

A ação movida pelo Instituto também cita irregularidades praticadas pela gestão anterior, liderada pelo padre, que atualmente é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em várias operações, incluindo a Operação Indignus, que por exemplo, apurou o desvio de mais R$ 140 milhões de reais e resultou em diversas prisões e bloqueios de bens.

As investigações revelaram um esquema milionário de desvio de recursos e doações destinadas ao hospital, que teriam sido desviados para contas pessoais de Egídio e utilizados para a compra de itens de luxo.

Ainda conforme a ação, os atos de corrupção e desvios de verbas públicas praticados por Padre Edígio afetaram diretamente a imagem do instituto como instituição filantrópica.

“A má-gestão, eivada direta ou indiretamente de atos de ilegalidade, é fator determinante para o atual cenário em que o Instituto São José se encontra, o que necessariamente enseja o dever de indenizar do responsável direto ou indireto pela prática da confusão patrimonial”, pontua o Instituto.

Segundo o processo, o esquema de desvio de recursos teria durado quase uma década, resultando em um aumento patrimonial desproporcional do ex-gestor. Diante disso, o Instituto São José está pedindo à Justiça uma indenização de não menos de R$ 1 milhão por danos morais. Além disso, atribuiu-se à causa o valor de R$ 1 milhão.

A defesa do instituto informou que a proposta contra Egídio busca responsabilizá-lo por uma crise de confiança e credibilidade que foi imposta ao São José: “o objetivo desta demanda é obter o reconhecimento da responsabilidade do réu pelos danos morais infligidos à pessoa jurídica do Instituto São José, em virtude do descrédito e da desconfiança gerados por suas ações ilícitas”.

Entenda o caso

Padre Egídio é acusado de ser líder de um esquema criminoso que seria responsável por um desvio milionário contra o Hospital Padre Zé. E as investigações começaram depois que 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro DE 2023, mas a denúncia foi feita em agosto do mesmo ano, quando um inquérito policial foi aberto. Até que, no dia 5 de outubro, uma operação mais ampla foi deflagrada.

O religioso deixou a direção do Hospital Padre Zé logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

No desenrolar das investigações do furto, a Arquidiocese da Paraíba anunciou que estava afastando o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.

Após o furto dos celulares, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba apontado uma série de irregularidades na gestão do padre Egídio.

O Hospital Padre Zé, em João Pessoa, afirmou que constatou inúmeras dívidas que comprometem sua funcionalidade após avaliar a situação operacional, funcional, contábil e financeira da instituição.

G1 Paraíba

Fábio Augusto
Fábio Augustohttps://pautapb.com.br
Formado pela Universidade Federal da Paraíba em Comunicação Social, atua desde 2007 no jornalismo político. Passou pelas TVs Arapuan, Correio e Miramar, Rede Paraíba de Comunicação (101 FM), pelas Rádios 101 FM, Miramar FM, Sucesso FM, Campina FM e Arapuan FM.

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