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Prefeitura de João Pessoa realiza visita domiciliar para avaliar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo

Profissionais de Saúde da Prefeitura de João Pessoa realizarão no próximo sábado (14) e domingo (15), por meio de visita domiciliar, o Monitoramento Estratégico de Vacinação (MEV), com intuito de avaliar a situação vacinal das crianças na faixa etária de seis meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) contra a poliomielite e o sarampo. Ao todo serão 50 equipes compostas por um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um Agente Comunitário de Saúde (ACS) que percorrerão 55 bairros da Capital.

Durante a realização da visita técnica domiciliar, as equipes foram devidamente capacitadas e estarão identificadas, uniformizadas e credenciadas para execução do monitoramento. “Pedimos a compreensão e colaboração das famílias para execução desse trabalho. É importante apresentar o documento de vacinação das crianças, que quando estiver com o documento desatualizado, a equipe fará a administração das doses necessárias”, orientou Danielle Mello, gerente de Vigilância Epidemiológica de João Pessoa.

Para vigilância sanitária e epidemiológica, os resultados dessas pesquisas auxiliam na avaliação do risco de exposição da população às doenças que podem ser prevenidas através da vacinação, uma vez que permitem mapear áreas com bolsões de pessoas suscetíveis a doenças por falta de vacinação, possibilitando a implementação de ações corretivas para elevar as coberturas vacinais nesses bairros.
“É um trabalho criterioso que fazemos por meio de busca ativa para compreender o cenário, com uma avaliação feita a cada bairro, por profissionais de saúde do próprio território da criança avaliada. No caso de crianças não vacinadas, essa pesquisa nos ajuda a entender inclusive, o motivo dessa criança, menor de cinco anos, não está com a caderneta em dia, principalmente diante do chamamento que fazemos diariamente, por meio das equipes que atuam nas salas de vacina, da conscientização e orientação nos veículos de comunicação, das ações nas escolas, entre outras ações estratégicas e pontuais”, explicou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.

Sobre a Poliomielite – O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990, e em 1994 o País recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do Poliovírus Selvagem (PVS). Depois disso, o Brasil precisa garantir o alcance das metas dos indicadores preconizados para a manutenção do País livre da doença, que englobam as altas e homogêneas coberturas vacinais, indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA), contenção laboratorial do poliovírus, entre outros.

Nos últimos dois anos, o País foi classificado como de muito alto risco (2022) e alto risco (2023) para a reintrodução do poliovírus selvagem e o surgimento de poliovírus derivado vacinal.
Contra o Sarampo – O sarampo é uma doença em processo de eliminação. Seu vírus foi reintroduzido no Brasil em 2018, e diante do cenário de baixas coberturas vacinais houve sua disseminação no País. Em 2019, após a circulação do mesmo genótipo do vírus no período de um ano, o Brasil perdeu a certificação de “área livre do vírus do sarampo”, restabelecendo a transmissão endêmica da doença no território nacional. No período de 2019 a 2022 foram confirmados 29.712 casos de sarampo no Brasil. O último foi confirmado em junho de 2022, e considerando que são mais de 23 meses sem casos confirmados relacionados a este caso, evidencia-se, portanto, a interrupção da cadeia de transmissão da doença.

Não houve casos confirmados de sarampo em 2023. No entanto, em janeiro de 2024, um caso importado da doença foi registrado no Brasil. A resposta rápida empreendida possibilitou a interrupção da cadeia de transmissão identificada, sem ocorrência de casos secundários e consequente encerramento do surto no período de noventa dias. Atualmente, o País encontra-se classificado como “pendente de reverificação”.

O Monitoramento Estratégico de Vacinação é uma das ações prioritárias para o processo de recertificação da eliminação endêmica do sarampo junto à Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) nas Américas.

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