A Paraíba está fazendo parte da quarta fase da Operação Mute, realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ação teve início nesta quarta-feira (24) de forma simultânea em todo país e se estenderá até a sexta-feira (26). A Penitenciária Padrão de Campina Grande foi a primeira unidade prisional visitada no Estado.
O objetivo é identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional. A operação conta com a atuação de policiais penais federais e estaduais em 51 unidades prisionais.
Na Paraíba, a Operação Mute na Penitenciária Padrão de Campina Grande contou com a participação dos policiais penais federais, policiais penais do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (Gpoe); Força Tática Penitenciária (FTPEN), além do Choque da Polícia Militar. O secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, João Alves de Albuquerque, monitora a operação no estado por meio da Gerência de Inteligência.
Durante a ação, policiais penais realizam as revistas em pavilhões e celas. Os aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas. A Operação Mute é a maior realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, pelo número de estados participantes, quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e unidades prisionais estaduais revistadas.
Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Neste contexto, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) propõe medidas de implementação de rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e em conjunto com outras forças para o enfrentamento das comunicações proibidas no sistema prisional nacional.
A operação Mute ocorre em todas as unidades federativas, por meio de “mutirões” de revistas com o objetivo prioritário da retirada de celulares de dentro dos principais estabelecimentos penais no Brasil, sendo orquestradas pela Coordenação de Projetos e Inovação (Copiin/Dipen/Senappen) e agências de inteligência das polícias penais dos estados envolvidos na operação.