“A vítima sofreu calada por dois meses. Quando ela revelou tudo à mãe, a polícia foi acionada, mas alguns procedimentos tardaram a prisão. Os responsáveis pela investigação pediram que a família da vítima apresentassem testemunhas, mas o crime acontecia na clandestinidade. O suspeito agia em horários que a vítima estava mais vulnerável, ninguém sabia das violências até o momento em que a menina contou à família. O exame de corpo de delito comprovou o abuso sexual, então nós representamos pela prisão do taxista. O primeiro juiz a analisar o caso negou o pedido, mas nós recorremos e a Câmara do Tribunal acolheu nossos argumentos por unanimidade e decretou a prisão”, contou o advogado Luiz Pereira, contratado pela família da vítima.
A mãe da vítima, que preferiu não se identificar, disse que fica aliviada com a prisão do suspeito. “Eu esperava por isso há muito tempo. Passei noites sem dormir, angustiada, vendo minha filha sofrer. Ela está muito retraída. Ontem, quando eu contei sobre a prisão, ela chorou de emoção, orou. Hoje acordou com um sorriso que há meses eu não via”, comemorou a mulher.