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PB Saúde capacita multiplicadores dos hospitais de referência do Programa Coração Paraibano

A Fundação PB Saúde encerrou, nesta semana, o ciclo de capacitações para os colaboradores que atuam nos 12 hospitais de referência em cardiologia da Paraíba. O trabalho foi concluído com uma palestra sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio (IAM) na emergência. A capacitação, ministrada pelo cardiologista João Moraes, foi realizada no auditório do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, e contou com a participação dos profissionais de todos os hospitais de referência que atuam no Programa Coração Paraibano.

Para a coordenadora da Educação Permanente da PB Saúde, Bibianna Agra, ter profissionais capacitados para atuar em tempo hábil nos casos de emergência cardiovascular, em todas as regiões da Paraíba é essencial para o bom funcionamento da saúde pública e o pleno desempenho do programa Coração Paraibano. Bibianna frisou que esses treinamentos têm como objetivo reduzir o índice de mortalidade e morbidade decorrentes do IAM no estado.

“É de interesse da PB Saúde, e do Governo da Paraíba, que nossos profissionais estejam cada vez mais especializados no tratamento correto e eficaz do infarto agudo do miocárdio. O Coração Paraibano agora é uma referência nacional no tratamento dessa emergência médica e isso aumenta nossa responsabilidade na gestão desse serviço. Então, nosso objetivo é aperfeiçoar constantemente a qualidade da assistência ofertada aos cidadãos paraibanos e expandir a prestação desse serviço”, pontuou a gestora.

O coordenador das bases descentralizadas do Programa Coração Paraibano e do transporte aeromédico da Paraíba, Elvio Lievert, esteve na capacitação. Ele reforçou a importância do ensino para os profissionais que atuam nos centros de referência em cardiologia do estado. “Nosso objetivo é que exista essa uniformidade em toda Paraíba. Nós temos o suporte de hemodinâmica nas três macrorregiões, o serviço de transporte inter-hospitalar, um complexo regulador que faz todo esse processo para que o paciente seja referenciado e atendido da melhor forma e no tempo mais rápido possível”,

A capacitação foi o fim de um ciclo de treinamentos que teve início em 03 de maio, no Hospital Regional de Cajazeiras, e já capacitou mais de 360 profissionais que atuam nos hospitais de referência, de acordo com o docente e enfermeiro do Hospital Metropolitano, Walber Frazão. Ele foi o responsável por ministrar os treinamentos nos hospitais de referência.

“Nós realizamos o treinamento nos 12 hospitais de referência para que os profissionais tenham conhecimento de como funciona o protocolo de dor torácica do Programa Coração Paraibano. Então, eles aprenderam, desde o reconhecimento inicial dos sinais e sintomas, até a realização de todos os tipos de eletrocardiograma que fazemos aqui, também foi explanado como é feito o cálculo das doses do trombolítico, a forma correta de fazer diluição e a administração desse medicamento”, explicou o pós-graduado em Urgência e Emergência e Atendimento Pré-Hospitalar.

De acordo com Walber, os treinamentos tiveram início nas unidades de referência mais distantes das hemodinâmicas gerenciadas pela PB Saúde. “Princesa Isabel, Sousa e Catolé do Rocha são as cidades que demoram mais de uma hora e meia para chegar até o serviço, então começamos o treinamento nesses locais, pois os profissionais que atendem nessas cidades têm que estar muito bem qualificados em fazer, quando necessário, a trombólise do paciente. Quando o paciente recebe essa medicação, ele tem até 24 horas para chegar até a hemodinâmica”, esclareceu o docente.

O ministrante da capacitação realizada na última quarta-feira (19), João Moraes, alertou que a população precisa estar atenta aos sintomas do infarto, como dor no peito, queimação e sudorese com náusea, principalmente, idosos, fumantes, pessoas com hipertensão e diabetes.

“Ao se deparar com algum desses sintomas, é preciso procurar um hospital o mais rápido possível, pois o infarto agudo do miocárdio é a doença que mais mata no mundo. Essa revisão de conhecimento desses profissionais, é de extrema importância para que eles estejam habilitados a tratar essa emergência com agilidade e cada vez melhor, salvando mais vidas”, frisou o cardiologista, que também preside da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramed) em Pernambuco.

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