A Central Estadual de Regulação será a gestora dos leitos de cardiologia de toda a Paraíba. A decisão foi pactuada na primeira reunião ordinária de 2023 da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) realizada, nessa terça-feira (7), em João Pessoa. O serviço iniciará a partir de março.
De acordo com o secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, a resolução foi necessária para avançar na assistência da cardiologia no estado. Ele explica que a medida irá garantir um acesso mais rápido e em tempo hábil a todos os usuários com urgência cardiológica.
“A gente sabe que os pacientes com urgências cardiológicas precisam estar em 4 horas e meia em uma unidade de cardiologia para que possam realizar o cateterismo em tempo hábil que é a chamada angioplastia de resgate. Na prática, a gestão de leitos de cardiologia será gerida unicamente pela Central Estadual de Regulação. Não só os leitos da rede estadual, mas todos os leitos de cardiologia contratualizados pelos municípios como acontece em João Pessoa e Campina Grande”, pontua.
Jhony Bezerra reforça que a resolução pactuada com os 223 municípios é fundamental para o funcionamento do Projeto Coração Paraibano, que tem como finalidade a assistência de telemedicina a todos os usuários, além das hemodinâmicas em Patos, Campina Grande e Santa Rita e também as bases de ambulância descentralizadas.
“Teremos também 10 unidades, 10 hospitais regionais preparados para realizar a trombólise, que é utilizada para desobstruir artéria. O Governo do Estado, junto com a SES e a Fundação PB Saúde, vai implantar esse projeto Coração Paraibano em todo o estado a partir do dia 1º de março”, completa.
A presidente do Conselho de Secretários Municipais da Paraíba (Cosems), Soraya Galdino, reforçou que essa é uma decisão histórica. Desde 2001, a linha de cuidado da cardiologia está em pauta, mas nunca foi pactuado a regulação única estadual.
A Central Estadual de Regulação Hospitalar iniciou suas atividades na gestão de leitos Covid-19, em 2020. Atualmente, o serviço atua também na linha materno-infantil, na qual já reduziu em 69% a taxa de mortalidade materna na Paraíba em 2022.
- Secom-PB