Após quase 12 horas de julgamento, os réus José Ricardo Alves e Leon Nascimento dos Santos foram condenados a 20 e 24 anos de prisão, respectivamente. A sentença foi proferida pelo juiz Marcos William de Oliveira, titular do 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, pouco antes da meia-noite. Ambos foram condenados pelo crime de homicídio qualificado.
Apesar da condenação, Ricardo Alves, acusado de ser o mandante do crime, continuou negando. Ele disse que a acusação era falsa e que o estavam acusando para ocultar o verdadeiro mandante, porém ele não informou quem seria, então, o mandante do homicídio. “Estou sendo vítima de inveja e ciúmes. Mandaram fazer isso com meu tio e estou aqui porque sou um alvo fácil”, disse.
Ricardo também negou que tivesse relação com Leon, mas que na campanha [para vereador] o autor dos disparos teria se apresentado e pedido para ajudar. “Eu disse que não tinha como ajudá-lo financeiramente, mas disse que, se ganhasse a eleição, ele teria espaço comigo”, disse.
Já Leon, primeiro acusado a ser ouvido nesta fase admitiu o crime. “Fui covarde, me levei pela influência dos amigos”, frisou.
Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), Leon matou Expedito a mando de José Ricardo Alves, sobrinho do ex-prefeito. Ainda de acordo com Leon, Ricardo Alves o ameaçou de morte caso não tirasse a vida de Expedito, que pressionava o sobrinho por pagamentos.
Outro acusado, Gean da Silva Nascimento também teve a prisão decretada, mas segue foragido.
A viúva do ex-prefeito, Cristina Mota, disse no júri popular dos dois acusados que um deles, o sobrinho da vítima, Ricardo Alves, era como um filho. “Um sobrinho não, um filho muito querido, de dentro da nossa casa. (…) Tinha toda e qualquer liberdade”, disse.
Ainda em depoimento, Cristina Mota afirmou que conhecia Leon e que, inclusive, Expedito Pereira teria ajudado a pagar o translado do corpo da mãe dele, de Fortaleza para Bayeux.