Uma mulher pode e deve estar onde ela quiser e Val é uma daquelas que abrem estas portas, nem que para isso seja preciso “meter o pé”!
“O que eu não ganho, eu leso!”
Usa e abusa da alma feminina, de ser várias em uma!
É força, mas com sensibilidade em combustão!
Também pode se desafiar a fazer o que der na telha, afinal, tudo em que se arrisca faz com perfeccionismo.
Somar empenho e talento nato é receita de sucesso em qualquer galáxia, inclusive naquelas onde existem até um segundo sol?!?!
Fato é que talento é sobrenome Donato.
Quando conheci Val Donato, pessoalmente, na Rádio Tabajara, de cara rolou uma simbiose e logo começamos a produzir juntos.
No Palco Tabajara vi o já conhecido talento de cantora se transmutar na potência de comunicadora, e até habilidades em desenvolvimento, como minimalismo de designer gráfica, arrojamento de editora de vídeo…
Um verdadeiro fenômeno multimídia.
Sobre a “versão” cantora, na verdade, o original, talento primário da dita…
Já vi Val no seu “campo de jogo”, explodindo em energia no bom e velho rock´n roll, mas também já acompanhei em formato reggae, MPB, axé e até forró.
Em todas era ela ali, não um mero pastiche, cópia de algo, ou alguém.
Havia sua assinatura em cada estilo.
Neste próximo dia 14 de janeiro, data do aniversário de 40 anos da pessoense de Campina Grande, a comemoração vai ser na sua melhor faceta.
Val cantando Cássia Eller, a referência, talvez inspiração máxima, em vida e música.
Sim, há muito de Cássia em Val Donato. A artista carioca, que quebrou as estruturas da música brasileira, do rock ao forró de Coroné Antonio Bento, representou símbolo de emancipação e possibilidades a paraibana. Sem dúvidas é a grande, principal referência artística, estilística, de performance.
É óbvio, salta aos olhos, que ninguém melhor que Val para fazer um tributo a Cássia Eller.
Com tantas ligações envolvidas, vai ser o mais próximo que você verá de Val, quase literalmente, interpretando, incorporando alguém (não duvide).
Mas, não se engane, terá muita personalidade própria também ali, sempre. A incendiária Val Donato em voltagem máxima, dando as suas leituras de páginas que marcaram a sua própria história.
Emblemático, sensorial, diria um amigo.