A Secretaria do Senado Federal encaminhou à Câmara dos Deputados, para discussão e votação, o Projeto de Lei nº 2.993/2021, de autoria da senadora Nilda Gondim (MDB-PB), que altera a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) para tornar obrigatória a prática do xadrez nas escolas de ensino fundamental e médio, públicos e privados, em todo o território nacional. Aprovada pelos senadores em forma de substitutivo elaborado pela senadora-relatora Leila Barros (Cidadania/DF), a matéria depende agora da aprovação dos deputados federais para ser encaminhada à sanção presidencial e virar Lei.
Sobre sua expectativa em relação ao resultado da tramitação do PL nº 2.993/2021 na Câmara, a senadora Nilda Gondim disse estar confiante em que ele será igualmente aprovado, considerando a constatação de que a prática do jogo de xadrez é muito importante para o sistema cognitivo das pessoas, à medida que contribui para melhorar o raciocínio, o pensamento lógico, a memória e a criatividade, favorecendo também o exercício da ética através da promoção do respeito ao oponente e às normas do jogo, que tem regras rígidas e bem definidas.
“Somando-se a todos esses benefícios, a prática do jogo do xadrez nas escolas contribui, de forma bastante efetiva, para a melhoria do desempenho acadêmico dos alunos, considerando que não são poucos e nem recentes os estudos e documentos que relacionam a prática do xadrez ao aprimoramento do raciocínio e do pensamento e, por consequência, do desempenho escolar”, observou a senadora, acrescentando ao rol de benefícios resultados positivos como “melhoria da concentração, do controle da ansiedade e do exercício da paciência”.
Ambiente escolar mais atrativo – Quando apresentou o PL nº 2.993/2021, em 26 de agosto deste ano, para apreciação e deliberação do Senado, Nilda Gondim argumentou que, do ponto de vista educacional, a prática sistemática do xadrez na escola pode aumentar a atratividade pelo ambiente de aprendizagem em geral. “O exercício mental propiciado pelo jogo tende a facilitar o aprendizado de áreas que exigem maior abstração, raciocínio lógico e elaboração do pensamento. O contato orientado com o xadrez pode trazer muitos benefícios para o educando, que levará esse aprendizado para toda a sua vida”, enfatizou.
Ressaltando que “os potenciais benefícios da difusão do xadrez escolar devem favorecer a sociedade e o País, que passam a ter ganhos na formação de seus profissionais em todas as áreas”, a senadora paraibana acrescentou que “as autoridades educacionais certamente saberão fazer as escolhas das estratégias e materiais mais adequados às necessidades das respectivas realidades de crianças e adolescentes no ambiente escolar, considerando as possibilidades que hoje estão postas, sobretudo por meio das tecnologias, ao aprendizado do xadrez”.