O prefeito Bruno Cunha Lima saiu da audiência de ontem, 08, com o governador da Paraíba, João Azevêdo, em João Pessoa, ainda reclamando. Em sua primeira fala, ele se preocupou mais em criticar o governo por, segundo ele, passar anos sem formalizar parcerias com Campina Grande, do que em falar de um futuro promissor, de parceiras que poderão vir. Vale ressaltar que a cidade passa por uma séria crise no transporte público, tendo atualmente menos de 30% dos coletivos circulando na cidade, em plena pandemia causada pela covid-19.
Vale ressaltar que na campanha de 2020, Bruno prometeu que iria “rediscutir qual o melhor modelo para cidade, o sistema temporal ou integrado. E foi além. Disse que iria “chamar para que as pessoas opinem se elas preferem a integração física ou temporal”. Passados mais de seis meses a população ainda não viu essa promessa se concretizar. O que há de fato é uma greve no transporte coletivo de ônibus a mais de uma semana, que praticamente só possibilita menos de 30% da frota estar em circulação, gerando superlotação de passageiros, em plena pandemia causada pela covid-19. Veja a promessa de Bruno há época: https://youtu.be/wyiAcoo7aRc
Além do mais noutra promessa de campanha, Bruno destacava que iria cobrar a completa frota de ônibus na cidade, bem como a renovação da mesma, abrigos com wi-fi, ect. Nada realizado até então “Nossa prioridade será a mobilidade humana e não a urbana”, dizia Bruno na campanha. Confira: https://youtu.be/xm8sveoWgYs
Sobre a recente reunião com o governador Bruno criticou o Chefe do Executivo, mas esqueceu de dizer que as parcerias não foram formalizadas porque, após romper politicamente com o ex-governador Ricardo Coutinho, de quem era aliado, Romero Rodrigues, Bruno Cunha Lima e todos os aliados simplesmente não quiseram mais conversas com o Governo do Estado, mesmo após a saída de Ricardo do governo e a eleição de João Azevêdo.
Um dos casos mais gritantes dessa falta de interesse nas parcerias foi o da proposta feita pelo Governo do Estado da Paraíba à Prefeitura de Campina Grande para a implantação, na cidade, do VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos, que alguns chamam de Metrô de Superfície, nos mesmos moldes do que funciona em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux. A proposta do governo da Paraíba era a de que o governo federal – aliado do prefeito de Campina Grande da época e do prefeito atual – fizesse a cessão do espaço onde fica a linha férrea, em Campina, para que o VLT pudesse usar os seus trilhos. A prefeitura entraria com as autorizações para uso do espaço público que lhe pertence, onde seriam construídos os terminais do metrô. Veja detalhes: http://www.instanoticias.com.br/noticias/1476.html
Porém, o prefeito de Campina Grande negou a parceria, foi ao presidente Bolsonaro e pediu o seu empenho para que não cedesse a linha férrea ao Governo da Paraíba, mas sim à Prefeitura de Campina, que iria implantar o VLT. Por conta disso, até hoje a população de Campina Grande sofre sem o equipamento. E agora muito mais, com o sistema de transporte público da cidade em colapso, sem o sistema integrado implantado no passado e enfrentando greves e mais greves de motoristas.