A CPI a Covid-19 deverá ter seu funcionamento estendido por mais 90 dias no Senado. Ontem (28), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), conseguiu as 27 assinaturas mínimas suficientes para a prorrogação dos trabalhos no Senado, até a manhã dessa quarta-feira (30), o requerimento já tinha 33 assinaturas. Dentre os que assinaram, estão os senadores pela Paraíba Veneziano (MDB) e Nilda Gondim (MDB). A senadora Daniella Ribeiro do PP decidiu seguir a orientação do seu partido e não assinou requerimento. O Partido Progressista é alvo das investigações da CPI, por meio do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que é líder do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de Daniella ter reafirmado a importância de que todas as responsabilidades sejam devidamente apuradas e que os autores de possíveis irregularidades respondam conforme a lei, a parlamentar não quer que a CPI estenda suas investigações, para apurar os supostos crimes do deputado Ricardo Barros que é do grupo do também deputado federal é irmão de Daniella, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
A CPI foi instalada em 27 de abril, com duração de 90 dias. Seu prazo atual se encerra daqui a 40 dias, em 7 de agosto. As 27 assinaturas vai permitir a prorrogação automática dos trabalhos da comissão, assim como prevê o regimento interno do Senado. O próximo passo é comunicar o requerimento à Mesa Diretora do Senado para que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o leia em plenário.
Covaxin
Na justificativa do pedido para prorrogá-la, Randolfe argumenta que a “vasta” documentação recebida e os fatos levantados até agora demandam um aprofundamento das investigações, em especial o caso da Covaxin.
“A CPI tem desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19. Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados”, escreveu o senador.
Ranfolfe, inclusive, em conjunto com Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabiano Contarato (Rede-ES), apresentou nesta segunda-feira (28) notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação — impedir o funcionamento da administração para satisfazer interesse pessoal, no caso da vacina Covaxin.
Veja a lista dos senadores que assinaram o pedido de prorrogação da CPI:
“1. Randolfe Rodrigues
- Jorge Kajuru
- Izalci Lucas
- Omar Aziz
- Eliziane Gama
- Fabiano Contarato
- Weverton
- Flávio Arns
- Mara Gabrilli
- Alessandro Vieira
- Zenaide Maia
- Tasso Jereissati
- Plínio Valério
- Otto Alencar
- Oriovisto Guimarães
- Leila Barros
- Jaques Wagner
- José Serra
- Renan Calheiros
- Paulo Paim
- Humberto Costa
- Paulo Rocha
- Rogério Carvalho
- Jean Paul
- Veneziano
- Simone Tebet
- Cid Gomes
- Nilda Gondim
- Reguffe Rodrigues
- Rodrigo Cunha
- Eduardo Braga
- Jarbas Vasconcelos
- Jader Barbalho