Nesta quarta-feira (26), celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data tem o objetivo de reforçar a importância do diagnóstico precoce para prevenir o agravamento da doença. “Por ser uma patologia muitas vezes silenciosa, quanto antes o problema for detectado, maior a probabilidade de evitar a cegueira”, diz a oftalmologista cooperada da Unimed João Pessoa, Camila Gadelha.
Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) apontam que houve a queda na procura de pacientes nas unidades de saúde, assim como o número de exames para detecção precoce de glaucoma caiu 30% em 2020. Segundo a CBO, atualmente, estima-se que de 1 a 2% da população mundial conviva com a enfermidade e até 111,8 milhões de pessoas podem sofrer com o problema até 2040.
O glaucoma é uma neuropatia, na maior parte das vezes, assintomática e progressiva. “Quando apresenta sintomas, como nas crises agudas de glaucoma de ângulo fechado, podem ocorrer dor severa, embaçamento visual acompanhado de sinais como olho vermelho, edema da córnea e pupila dilatada, devido ao grande aumento da pressão intraocular”, detalha Camila.
Segundo a médica, a patologia atinge principalmente pessoas adultas a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em jovens, crianças e recém-nascidos. “O diagnóstico é realizado por avaliação biomicroscópica do nervo óptico durante consulta de rotina ao oftalmologista. Nesse exame, o especialista visualiza alterações anatômicas do nervo e, a partir daí, solicita exames complementares, caso seja necessário”, explica a especialista.
De acordo com Camila, o tratamento inicial é clínico com colírios para atingir a “pressão alvo”, permitindo estabilidade do problema sem progressão ou consequente perda visual. “Quando há falha no tratamento clínico, existem procedimentos cirúrgicos para reduzir a pressão intraocular”, conta. “O glaucoma pode provocar cegueira irreversível, mas é evitável por meio do diagnóstico e tratamento precoces. A melhor prevenção é a visita anual ao oftalmologista”, acrescenta a médica.