A Prefeitura de João Pessoa se comprometeu com o Ministério Público na Paraíba (Estadual, Federal e do Trabalho) a priorizar as pessoas que precisam tomar a segunda dose da Coronavac nos próximos lotes que receber. O acordo é para que a vacinação seja retomada, no máximo, em 24 horas após o recebimento do próximo lote e deverá haver divisão por dias e locais de acordo com a idade, para evitar outras aglomerações.
A campanha de vacinação está suspensa desde a última terça-feira (13) quando as vacinas acabaram na capital aos olhos de idosos que se aglomeraram no Espaço Cultural. A crítica do MP é que houve a priorização de quem estava tomando a primeira dose da Coronavac em detrimento de quem precisava da segunda.
Mais locais
Para evitar a repetição deste episódio, o MP também exigiu o incremento do número de locais de imunização. O prefeito Cícero Lucena disse ontem ao ministro Marcelo Queiroga que a capital tem condição de abrir uma frente com 65 postos de vacinação.
O que falta, entretanto, é a vacina. Há uma expectativa do envio de 110,2 mil doses à Paraíba, sendo apenas 44 mil da Coronavac até este sábado (16). Mas sem a certeza de quantas e quais serão destinadas para João Pessoa.
Falhas e sem estoque
Ponto positivo é que, na reunião realizada ontem (14) com o MP, os representantes da PMJP reconheceram que houve falhas e explicaram que ocorreu uma demanda maior que o previsto pela segunda dose da Coronavac. Eles informaram ainda que houve atraso do suprimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), o que paralisou a produção da Coronavac pelo Instituto Butantã e que mais de 21 mil pessoas de outros municípios tomaram a primeira dose em João Pessoa.
De acordo com os representantes, o município não possui Coronavac em estoque, mas utilizarão 100% dos próximos lotes para a segunda dose até zerar a fila de espera.
Mais medidas acordadas
-A vacinação da primeira dose também será retomada para pessoas com 55 anos ou mais com comorbidades e trabalhadores de saúde, porém só será utilizada a vacina Oxford/Astrazeneca, que ainda tem em estoque na PMJP.
-Acatando sugestão do Ministério Público, a prefeitura passará a exigir o título de eleitor como certificação de residência para quem for tomar a primeira dose, podendo ser complementado com outros documentos, como comprovante de residência.
-O Município tem 48 horas para informar ao Ministério Público as correções realizadas no aplicativo Vacina JP.
-A prefeitura vai melhorar a forma de divulgação nas mídias sociais e nos locais de vacinação, para que a população seja suficientemente esclarecida sobre a quantidade de doses disponíveis e locais.
Jornal da Paraíba