A Secretária Estadual de Desenvolvimento e Articulação Municipal da Paraíba, Ana Cláudia Vital do Rêgo, cobrou nesta quinta-feira (08) da Prefeitura de Campina Grande a reativação dos restaurantes populares e cozinhas comunitárias da cidade, desativadas no início da gestão do ex-prefeito Romero Rodrigues, há mais de 8 anos. Segundo ela, a reabertura se faz urgentemente necessária, neste período de pandemia do novo coronavírus.
De acordo com Ana, não se justifica a atual gestão já estar em seu quarto mês de mandato, de um governo de continuidade, em meio a uma pandemia que se arrasta desde o ano passado e que prejudica, sobretudo, as pessoas mais carentes, e a Prefeitura, até hoje, não ter tomado nenhuma providência para reabrir os restaurantes e as cozinhas, o que em muito contribuiria para a alimentação da população.
Ela lembrou que após a desativação dos dois restaurantes populares que funcionavam na cidade – um no centro e outro no distrito dos mecânicos – e das 9 cozinhas comunitárias que funcionavam nos distritos de São José da Mata e Galante, além dos bairros José Pinheiro, Malvinas, Bodocongó, Liberdade, Pedregal, Jeremias e Catingueira, a população passou a ter menos possibilidades de acesso a alimentação de qualidade a preços baixos.
Estado mantem restaurante funcionando – Atualmente, Campina Grande dispõe de apenas um restaurante popular, mantido pelo Governo do Estado da Paraíba, que funciona na Avenida Floriano Peixoto, no centro, que fornece 1.500 refeições por dia, uma boa quantidade para um restaurante popular, segundo Ana, mas não o suficiente para atender a toda a demanda da cidade.
“Nós estamos vivendo um momento muito delicado por conta da pandemia, a renda da população diminuiu, o auxílio emergencial voltou mais em um valor que não garante uma condição digna de alimentação para as famílias. Então, está mais que na hora de a Prefeitura de Campina Grande fazer algo para minimizar os efeitos da pandemia no que se refere à alimentação dos campinenses”, destacou a Secretária.
Ela disse que se a PMCG tomasse a iniciativa de reabrir os restaurantes e as cozinhas, certamente conseguiria suprir as necessidades da população, considerando a capacidade de fornecimento de refeições e a estratégia de localização de cada unidade, o que beneficiaria toda a cidade sem a necessidade de aglomerações. “O que falta é vontade política e sensibilidade para entender o sofrimento do povo”, complementou Ana Cláudia.
Na época em que os dois restaurantes populares e as 9 cozinhas comunitárias (uma espécie de mini restaurante) funcionavam na cidade, durante a gestão do ex-prefeito Veneziano Vital, a população tinha acesso a 7 mil refeições por dia, aos preços de R$ 1 o almoço; e R$ 0,50 o café da manhã e o jantar.