Um dos movimentos que mais cresceu entre os adeptos da seita bolsonarista é o que pede a INTERVENÇÃO MILITAR! É amigos, existe esse pensamento em uma expressiva corrente nacional em pleno século XXI! Uns nostálgicos da famigerada Ditadura!
E tem de tudo, de jovens incautos aos mais “veteranos” que viveram à época (alguns inclusive sendo vítimas de abusos e arbitrariedades), mas devido a distância temporal e raiva imediata embarcam em uma aparente solução geral.
Aquele pitoresco povo que enche as ruas de verde e amarelo, adereços nacionalistas (rola até uns emblemas do Império! É mole???) com frases clichês, dancinhas do grupo “Rouge” e todo este pastiche! São pessoas que vão protestar pelo direito de não protestar. Uma loucura total…
Pois bem, digo tudo isso, dou alguma evidência a esta pataquada apenas para apresentar aos irracionais defensores de dissolução do Congresso e afins a importância das instâncias democráticas com um exemplo bem atual: a crise do CORONAVÍRUS, a qual ninguém está imune.
Se nossa representação parlamentar é aquém da desejada… bem aquém, vale frisar… ainda assim, a existência desse poder foi que possibilitou a pressão e aprovação de uma medida que praticamente “obrigou” o executivo a tomar alguma medida de assistência financeira ao povo e mercado em meio a crise.
Após espernear, resistir, e, mais que isso, trabalhar exaustivamente contra o isolamento social convocando a população as ruas reiteradamente e pessoalmente ir a passeata, visitar comércio popular, fraudar fala do diretor-executivo da OMS etc, Bolsonaro ficou encurralado e, nesta quarta-feira, 01 de abril (sintomático, não?) afirmou que sancionou o auxílio de, pelo menos, 600 reais aos informais e autônomos. O valor original proposto pelo governo federal era de míseros 200 reais por trabalhador.
O detalhe é que o presidente garante ter assinado o projeto, mas não foi publicado ainda no Diário Oficial da União. Além do mais, ele mesmo disse que vetou 3 pontos do texto original, o que gerou uma enxurrada de críticas de deputados e senadores, visto que os vetos obrigatoriamente fazem o projeto retornar a votação no Congresso, atrasando ainda mais a efetivação do benefício a quem já está precisando do auxílio. A grita é que a ação presidencial/governamental foi deliberada para postergar ainda mais o pagamento do benefício!!
Portanto, meus caros brasileiros de diversos estratos sociais, antes de “querer sacrificar o boi por conta de um carrapato”, pense que a atual situação sugere um ilustrativo exemplo: imagina poderes absolutos nas mãos de um autoritário e irresponsável líder como Bolsonaro??
Neste momento vocês, todos nós, estaríamos nas ruas expostos a este inimigo invisível!! A curva de contaminados inevitavelmente crescendo a níveis galopantes, hospitais lotados, sem condição de atender a todos, pessoas morrendo em corredores asfixiadas, mortos se amontoando nos cemitérios sem covas e o cenário de milhões de vitimas fatais, como prevem estudos.
Mais que isso, a tão propalada economia estaria colapsada do mesmo jeito, você sem poder desfrutar mais da relação/contato com aquele ente querido, ou o próprio aí, ou este que vos fala aqui, sendo enterrado.
Liso e embaixo da terra! Depois da queda o coice!
A existência de poderes independentes, mesmo que muitas vezes promiscuido nestas relações, com funcionamento abaixo do que a prerrogativa de cada atividade indica, nos permite corrigir tropeços, minimizar prejuízos, ter mais fiscais no processo e, naturalmente pluralidade de representação e vozes, que é o pilar básico da democracia!
Viva a Democracia!!
Ditadura militar, nunca mais!!