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Quarta fase da Operação Xeque-Mate mira Conselheiro Fernando Catão do TCE; entenda

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Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta quarta-feira (22), em João Pessoa, na sede do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), e Campina Grande, na quarta fase da Operação Xeque-Mate. Nesta quarta fase, a operação apura a possível cooptação do conselheiro do TCE, Fernando Catão, para, em benefício do empresário Roberto Santiago, preso na terceira fase da Xeque-Mate, impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, no município de Cabedelo.

A ação, que teve em abril de 2018, tem como objetivo desarticular um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo. Com a quarta fase deflagrada, a operação também investiga a atuação irregular de uma Organização não Governamental (ONG), em Campina Grande.

Diante disso, os mandados buscam reunir provas relacionadas à possível prática ilícita de concessão de medida cautelar, pelo TCE, no intuito de impedir a construção do Shopping Pátio Intermares.

A quarta fase contou com a participação de 30 policiais federais, sendo realizado o cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entenda a participação de Fernando Catão na Xeque-Mate

Em outubro de 2018, um relatório parcial divulgado pela Polícia Federal, expõe mensagens de celular trocadas entre o empresário Roberto Santiago, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) Fernando Catão e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB).

Segundo a investigação, Catão decidiu suspender uma licença ambiental que permitia a construção de um shopping em Intermares, em Cabedelo, depois de diálogos com empresário Roberto Santiago, que tinha interesse em barrar a construção do empreendimento.

Empresário Roberto Santiago pergunta ao conselheiro Fernando Cartão se 'vai ser do modo simples'; Operação Xeque-Mate investigou se conselheiro usou influência para barrar a construção de um shopping em Intermares — Foto: Polícia Federal na Paraíba/Reprodução

Empresário Roberto Santiago pergunta ao conselheiro Fernando Cartão se ‘vai ser do modo simples’; Operação Xeque-Mate investigou se conselheiro usou influência para barrar a construção de um shopping em Intermares — Foto: Polícia Federal na Paraíba/Reprodução

  • No dia 26 de abril de 2015, Santiago pergunta a Catão: “Oi amigo, tem notícias, já sabe se vai ser do jeito fácil?”.
  • O conselheiro diz: “Amanhã”.
  • Em seguida diz: “Sim”.
  • O empresário comemora: “Que notícia boa meu amigo, vou dormir feito passarinho”.
  • No outro dia, Santiago pergunta: “Meu amigo, me diga só que vai ser do modo simples, né?”.
  • Catão responde: “Quinta, na simples”. “E sai hoje”.
  • Santiago agradece: “Muito bom, obrigado amigo”.

No outro dia, em 28 de abril, Catão assina a medida cautelar e determina à Superintendência de Meio Ambiente (Sudema) a imediata suspensão da licença para instalação do shopping em Intermares.

Quase três meses depois, dia 20 de julho de 2015, Santiago lamenta antecipadamente uma possível decisão ruim para os interesses dele. A conversa foi com o senador Cássio Cunha Lima, sobrinho de Fernando Catão. Em um dos trechos, Santiago diz: “Inacreditável, mas é verdade, sacaneou mesmo, sem sentido…”.

Dois dias depois, dia 22 de julho, Fernando Catão mudou o entendimento sobre o caso e liberou a licença ambiental para a instalação do shopping.

G1 Paraíba

Operação Cartola: advogado vê novos contornos na fase jurídica do processo

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Novos contornos começaram a se desenhar na fase jurídica do processo que ficou conhecido como Operação Cartola. Em entrevista ao Programa Microfone Aberto (da Rádio Tabajara) e confirmando, em seguida, ao signatário do Blog, o advogado Aécio Farias, que defende alguns árbitros acusados de participarem de supostas manipulações de resultados no Campeonato Paraibano de Futebol do ano passado, que não tem dúvida da inocência dos seus clientes e dos demais.

O advogado disse que chegou a essa conclusão, após os depoimentos de apenas um terço das testemunhas de acusação. “Dos 12 que foram depor como testemunhas de acusação, na primeira audiência, nenhum apresentou provas nem disseram ter presenciado compra de resultados de partidas, árbitros ou assistentes para manipular o placar dos jogos. Aliás, apenas quatro, no total de 12, depuseram e os outros oito foram dispensados pelo Ministério Público, pela repetitividade das falas e dos argumentos semelhantes do tipo: ‘ouvi dizer’ e ‘me disseram’. Então, diante da fragilidade do que foi dito pela acusação estou convicto da absolvição”, explicou.

Ainda segundo Aécio Farias, na próxima audiência, marcada para o próximo mês, ele provavelmente vá dispensar as testemunhas de defesa dos seus clientes, que podem ser até oito por cada acusado. “Não existem provas palpáveis, concretas, contra meus clientes. Como já falei, só tem o ‘ouvi dizer’ e ‘me disseram’. E isso, na minha ótica, não condena ninguém”, confirmou.

Áudios

Em relação aos áudios, Farias disse que, além dele os outros advogados de defesa dos acusados não ouviram e estranha que apenas parte da imprensa teve acesso com “exclusividade” a esses áudios. “Como é que a defesa dos acusados não teve acesso aos áudios e parte ‘privilegiada’ da imprensa, teve. Muito estranho. Mas, mesmo assim ,não dizem nada de relevante que incriminem meus clientes”, completou.

Contradição
Além de tudo já citado por Farias, o advogado fez questão de ressaltar as contradições e inverdades ditas pelo declarante Gilvanez Araújo, que foi ex-assistente do quadro de árbitros da Federação Paraibana de Futebol. “Ele afirmou que existe um áudio no qual o ex-presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol da Paraíba, José Renato, afirma ter vendido ao Treze um confronto contra o Botafogo-PB, na final do Campeonato Paraibano de 2017. Depois, disse que esta partida negociada teria acontecido na fase semifinal da competição de 2018. Ele corrigiu, em seguida, e afirmou que quis se referir ao ano de 2017. Só que naquele ano, Treze e Botafogo não duelaram na semifinal. Os dois clubes decidiram a competição, com o Belo sendo o campeão paraibano. Ele não sabia o que dizia, senão tivesse participado da audiência na condição de declarante, sairia preso e algemado”.

Audiência pública na ALPB discute elaboração da LDO 2020

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O deputado estadual Wilson Filho (PTB), presidente Comissão de Acompanhamento e Controle da Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa da Paraíba, convida todos os segmentos da sociedade e a população em geral para a audiência pública que discutirá a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado da Paraíba para o ano de 2020. Na ocasião, o secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Gilmar Martins de Carvalho, apresentará as prioridades do Governo do Estado para a peça, que está prevista em R$ 11,2 bilhões, e debaterá o orçamento com setores da sociedade e os deputados em geral.

Data: 22 de maio de 2019, às 11h
Local: Plenário Deputado José Mariz
Praça João Pessoa, s/n – Centro
João Pessoa-PB

Assembleia instala CPI para enfrentamento do feminicídio na Paraíba

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) instalou, nesta terça-feira (21), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminícidio para apurar, debater e indicar políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no estado. A CPI teve como base o Requerimento 69/2019, de autoria da deputada Cida Ramos, que foi eleita presidente da Comissão, durante a sessão de instalação.

Os deputados Anísio Maia (PT) e Camila Toscano (PSDB) foram eleitos, respectivamente, relator e vice-presidente da CPI. Também compõem a Comissão os deputados Wallber Virgolino, Felipe Leitão, Buba Germano, Estela Bezerra, Cabo Gilberto Silva, Anderson Monteiro e Taciano Diniz.

Para a presidente da CPI, um dos intuitos da Comissão é ampliar as políticas públicas e a rede de proteção às mulheres na Paraíba. “É inadmissível que a humanidade tenha avançado tanto em termos de direitos civis, políticos e sociais e a gente não consiga respeitar uma mulher pelo fato dela ser mulher. Então, a gente precisa ouvir a Secretaria da Mulher, que tem toda uma discussão e um acúmulo sobre a temática. Tenho certeza que o objetivo daqui é que a gente contribua também para que o Governo do Estado aumente o orçamento da Secretaria, para que mais políticas públicas possam vir”, afirmou Cida.

O deputado Anísio Maia destacou que a CPI pode contribuir em conjunto com outros Poderes para a diminuição dos casos de violência contra a mulher. “É uma problemática muito séria e que precisa de uma atenção especial. A Casa agora vai se debruçar sobre o tema e apurar causas e efeitos para, inclusive, sugerir ao Poder público e, até mesmo, à própria Assembleia, a tomar algumas iniciativas para atacar esse problema gravíssimo”, declarou.

A deputada Camila Toscano, que é também presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da ALPB, reforçou a importância da articulação interna da Casa para enfrentar o tema. “Todo e qualquer esforço feito por essa Casa para debater a questão do feminicídio é válido. Eu fiquei feliz com essa instalação e em ver, nesse primeiro momento, que os deputados estão com o mesmo pensamento que eu tenho, que é sair desta Casa e ouvir as pessoas, deixando de lado as questões partidárias e trabalhar em prol do povo paraibano e, nesse caso específico, da mulher paraibana”, comentou.

Plano de Trabalho

Após a instalação, a deputada Cida Ramos apresentou um plano de trabalho da Comissão, elencando objetivos, metodologia e cronologia que serão adotados. Dentre as prioridades de ações, a CPI deverá investigar os casos de feminicídio na Paraíba; relacionar o número de casos com as medidas protetivas aplicadas no estado; os casos de feminicídio investigados já sentenciados; e identificar se as mulheres vítimas de feminicídio receberam algum atendimento ou acompanhamento pela rede de proteção.

Consta ainda no documento que as atividades da Comissão ocorrerão a cada 15 dias, através de oitivas com a sociedade civil organizada, especialistas e estudiosos no assunto, autoridades, gestores da área e sistema de justiça. Também acontecerão reuniões de trabalho; audiências públicas regionalizadas nas 14 regiões geoadministrativas do estado, com os prefeitos dos municípios e na Assembleia Legislativa, em parceria e consonância com a Comissão dos Direitos da Mulher; visitas técnicas em instituições e serviços de proteção e defesa a mulheres vítimas de violência; diligências; requisição de documentos; requerimentos; relatórios e estudos de caso.

Sob risco de vida, Justiça determina transferência de Leto Viana para a 6ª Cia da Polícia

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Atendendo pedido do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, da 1ª Vara da Comarca de Cabedelo, determinou a transferência, no prazo de 24 horas, do ex-prefeito Leto Viana para a 6ª Companhia da Polícia Militar, com sede em Cabedelo, até que seja providenciado local em separado para o preso pela Secretaria de Administração Penitenciária. Réu colaborador e delator da Operação Xeque-Mate, Leto foi transferido no último final de semana para um presídio da capital, por força de uma Portaria oriunda da Vara Militar.

O Ministério Público alegou risco de vida, em razão dele ter colaborado com as investigações. “O presente pedido apresenta-se como medida cautelar. A fumaça do bom direito está demonstrada suficientemente, uma vez que é lógico que um delator ou réu confesso, e que aponta a participação e co-autoria de outras pessoas, necessita da devida proteção, devendo ficar afastado dos demais réus por ele incriminados, sob pena de evidente risco a sua vida. Por outro lado, sabendo-se que a transferência dos presos já ocorreu, resta presente também o perigo da demora”, explicou o juiz em sua decisão.

Henrique Jácome relata que esteve na unidade para onde foram transferidos os presos e pode verificar que o réu Leto Viana encontra-se no mesmo pavimento que todos os outros presos provisórios investigados no âmbito da Operação Xeque-Mate, sem qualquer tipo de separação, ouvindo do secretário de Administração Penitenciária sobre a inexistência de outro local para preservar a devida separação.

“No intuito de preservar a vida do réu colaborador, nos termos da Lei nº 9.807/1999, determino que seja oficiado com a devida urgência a Secretaria de Administração Penitenciária para fins de transferir, em 24 horas, salvo necessidade operacional devidamente justificada, mas não excedente de 48 horas, o preso Leto Viana para a 6ª CIPM da Polícia Militar localizada na Comarca de Cabedelo, até que seja providenciado local em separado para o preso, e comunicado a este Juízo, o que resta deste já requisitado”, ressaltou o magistrado.

Veneziano defende união da sociedade contra MP que define privatização do Saneamento

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O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), ao participar nesta terça-feira, 21, em Brasília, do Seminário Nacional sobre os impactos da MP 868/2018, que propõe o Marco Legal do Saneamento, defendeu que os sindicalistas e a sociedade em geral fiquem unidos e vigilantes para barrar a iniciativa do Governo Federal de privatizar os serviços de saneamento prestado pelas empresas públicas e hipotecou seu apoio à luta dos urbanitários.

Bastante aplaudido pelas pessoas presentes, o Senador paraibano marcou sua posição contrária à privatização do saneamento, por entender que trará prejuízos, sobretudo para os pequenos Municípios. No caso da Paraíba, por exemplo, 221 cidades poderão sofrer com esta privatização, escapando apenas João Pessoa e Campina Grande.

Em seu pronunciamento, Veneziano destacou que, neste caso específico da Paraíba, os demais municípios dependem do chamado ‘subsídio cruzado’, que advém de Campina Grande e João Pessoa, através de parceria firmada com o Governo do Estado, via Cagepa.

Veneziano destacou que seu empenho contra a MP vem desde o tempo em que exercia o mandato de Deputado Federal, quando votou contra a Medida 844; e, mais recentemente, já no exercício do mandato de Senador da República, quando se posicionou contrário ao relatório do Senador Tarso Jereissati, na Comissão Mista que trata do tema.

Para Veneziano, o Governo Federal objetiva apenas “privatizar por privatizar”, não se importando com os 100 milhões de brasileiros que estão sem saneamento e outros 35 milhões sem abastecimento de água. “Essa tem sido a máxima do Governo, se valendo das MPs. E o ponto crucial dessa MP é vermos empresas que se mostram eficientes serem levadas à quebradeira generalizada, para um processo privatista”, disse.

Veneziano declarou também que a Medida Provisória, sendo aprovada, vai aumentar ainda mais o fosso que separa os brasileiros que tem dos que não tem acesso ao saneamento.

Acompanhe como foi o pronunciamento do Senador, acessando o link abaixo:

https://www.facebook.com/senadorvenezianovital/videos/700263983749954/

Hospital de Trauma de João Pessoa abre processo seletivo para Enfermagem; veja edital

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O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, abriu processo seletivo para contratação de profissionais na área de Enfermagem com o objetivo de atender as necessidades da unidade de saúde. As inscrições começam nesta terça-feira (21) e vai até o sábado (25), exclusivamente pela internet.

Os interessados deveram acessar o link: http://hospitaldetrauma.pb.gov.br/2019/05/21/enfermeiros-web-processo-seletivo-06-2019/ e realizar a inscrição. A comissão de seleção ressalta que não participarão do processo os currículos cadastrados fora do prazo estipulado ou inscrições feitas de outra origem.

As etapas para o processo seletivo são: cadastro dos dados profissionais, análise curricular, prova escrita, entrevista individual e/ou coletiva, todas elas são classificatórias e eliminatórias. Não serão cobradas taxas dos candidatos. Ainda de acordo com a comissão, as provas escritas, entrevistas e testes serão realizados em data a ser divulgada por meio de contato telefônico ou e-mail disponibilizado pelo candidato.

Para participar, o candidato deverá ser: brasileiro nato ou naturalizado, idade mínima de 18 anos, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares, possuir escolaridade exigida e comprovar a documentação exigida. A contratação dos aprovados no processo seletivo será regido pela Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, por um período de 45 dias, podendo ser estendido por mais 45 dias. Nos cinco dias antecedentes ao final deste período, será avaliado o desempenho do candidato. Sendo satisfatório, poderá ser contratado.

Todas as informações referentes à seleção estão no site da instituição no endereço hospitaldetrauma.pb.gov.br, no ícone ‘Atos Convocatórios’.

Presídios de João Pessoa recebem visita técnica de representante do CNJ e juízes do TJPB

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Uma equipe formada por juízes do Tribunal de Justiça da Paraíba acompanhou a coordenadora do Programa ‘Justiça Presente’ do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Estado, Ana Pereira, em uma visita de trabalho à maioria dos presídios de João Pessoa. Durante toda a manhã desta terça-feira (21), foram fiscalizados as unidades PB1, PB2, Alfa10, que formam o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes, como, ainda, a Penitenciária Sílvio Porto, a Penitenciária Média Hitler Cantalice e o Centro de Reeducação Feminino Júlia Maranhão.

Na oportunidade, foram visitados os pavilhões, celas, refeitórios, cozinhas, sala de advogados, sala de defensores públicos, parlatório, consultórios médico e dentário, atendimento psicossocial, biblioteca e projetos sociais, como o ‘Castelo de Bonecas’, no Júlia Maranhão. Ainda será agendada uma data para visitação do Presídio do Róger e a Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão.

Participaram das visitas o juiz auxiliar da Presidência do TJPB, Rodrigo Marques, o juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP) da Capital, Carlos Neves da Franca Neto, a juíza auxiliar da VEP, Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, o assessor militar do TJPB, Gilberto Moura Santos, e o secretário-executivo de Segurança e da Defesa Social, João Paulo Barros, além de policias do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar da Paraíba.

Ana Pereira disse que é preciso conhecer toda a estrutura do sistema prisional de cada Estado e ouvir da população presa seus anseios, dificuldades e valorizar as experiências exitosas dentro dos presídios. Segundo ela, o Programa ‘Justiça Presente’ trabalha com eixos de atuação nesse sentido, sendo dois que considera mais importantes. Um é a qualificação na porta de entrada no sistema prisional, com a potencialidade nas audiências de custódia, penas alternativas e penas inteligentes. “Sem isso, vamos continuar sendo um fracasso no processo de ressocialização. Um outro eixo está relacionado ao ‘Escritório Social’, que é uma política de fortalecimento de serviços assistenciais e de promoção de ações de empregabilidade aos egressos do sistema carcerário e familiares”, classificou.

O ‘Escritório Social’ faz parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no enfrentamento ao estado de crise do sistema penal em todo o país. Na Paraíba, o ‘Escritório’ já conta com cinco secretarias, com possibilidade de participação efetiva de parceiros da sociedade civil organizada. “O Tribunal de Justiça da Paraíba tem sido um grande aliado nessa iniciativa. Com efetiva implementação do Escritório, vamos reduzir muito os números de reincidência”, comentou Ana Pereira.

Segundo o juiz Rodrigo Marques, a ideia do Tribunal de Justiça é acompanhar o entendimento do CNJ, no sentido de otimizar o retorno do egresso à sociedade. “Nós sabemos que não existem penas perpétuas. Todo sentenciado terá que retornar ao convívio social. Nosso objetivo é diminuir a taxa de reincidência. Essa taxa, na Paraíba, é menor que a nacional, com 55%. No Brasil, o índice é de 70%”, revelou.

Para o juiz Carlos Neves da Franca Neto, é necessário uma verificação constante e in loco ao sistema penitenciário para conhecer de perto suas nuances e suas características. “As visitas vêm ao encontro do Projeto do ‘Escritório Social’, como uma ferramenta de reintegração do preso à sociedade. Com a unidade de forças, podemos construir algo melhor”, acrescentou. O magistrado, ainda, enfatizou o Sistema Eletrônico de Execução Penal Unificado (SEEU) como sendo o principal e primeiro pilar que o CNJ disponibilizou, mediante a adesão do Tribunal de Justiça, para garantir o direito do preso em tempo real. “O próprio sistema penitenciário já está sentindo esse avanço na concessão de direitos do preso”, frisou o titular da VEP.

Já a juíza Andréa Arcoverde classificou a importância do ‘Escritório Social’ para a Vara de Execução Penal, como apoio no momento da saída do apenado dos presídios, disponibilizando capacitação profissional e uma busca de vagas de emprego. “É fundamental o fortalecimento da ressocialização. Por outro lado, temos diversos projetos sociais em andamento nas penitenciárias da Capital, em parceria com os conselhos das comunidades e com as igrejas, que proporciona um retorno muito positivo”, disse.

Em relação às estruturas dos presídios, ela informou que as dificuldades encontradas na Paraíba são semelhantes em todo o país. “Mas, a Secretaria de Administração Penitenciária tem se empenhado para diminuir essas dificuldades”.

Segundo o secretário-executivo de Segurança e da Defesa Social João Paulo Barros, a parceria com o Poder Judiciário estadual está cada vez mais estreita, sobretudo, com a Vara de Execuções Penais. “Tenho Certeza que a intervenção por parte do Conselho Nacional de Justiça vai fazer com que essa interação entre os poderes seja ainda maior, com resultado positivo na população carcerária”, acrescentou.

Como em outros estados, conforme o secretário, a Paraíba enfrenta uma superpopulação carcerária, mas algumas frentes estão sendo trabalhadas para minimizar este quadro, como a diminuição de reincidência de presos, por meio de política de ressocialização e a possibilidade de novas vagas no sistema penitenciário paraibano.

CCJ aprova fusão das secretarias estaduais de Finanças e Receita

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A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, nesta terça-feira (21), a Medida Provisória (MP) 283/2019, encaminhada pelo Governo do Estado, que dispõe sobre a fusão da Secretaria de Estado das Finanças e Receita para criar a Secretaria de Estado da Fazenda.

Com a aprovação da medida, serão transferidas, das secretarias de Finanças e Receita para a Secretaria da Fazenda, a estrutura, o quadro de funcionários; as competências e atribuições pertinentes dos titulares, estabelecidas em leis gerais ou específicas; e o patrimônio imobiliário, a mobília, os equipamentos e materiais.

Os membros da CCJ também aprovaram, por unanimidade, o projeto 198/2019, de autoria do presidente Adriano Galdino, que obriga a inclusão e reserva de vagas na rede pública e privada de educação para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Outro projeto de Galdino aprovado foi o 197/2019, que institui a obrigatoriedade de que seja informado, no interior e no exterior dos veículos utilizados pelas empresas concessionárias de transporte coletivo intermunicipal, um número de telefone oficial para fins de eventuais reclamações.

Também foi apreciado o veto do Governo do Estado ao projeto de Lei 09/2019, de Walber Virgolino, que dispõe sobre a criação de bancos de dados atualizado com informações relativas ao andamento de inquéritos policiais em todas as delegacias. O veto foi derrubado pelos parlamentares.

Participaram da reunião os deputados: Pollyanna Dutra (presidente da Comissão), Tovar Correia Lima, Camila Toscano, Júnior Araújo, Taciano Diniz, Wilson Filho, Edmilson Soares. Os deputados Cabo Gilberto e Walber Virgulino acompanharam a votação.

Rede Nacional lança campanha contra o trabalho infantil nesta quarta, dia 22

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A campanha do 12 de junho – Dia Mundial contra o Trabalho Infantil será lançada nesta quarta-feira, dia 22 de maio, com um twittaço para chamar a atenção sobre a perversidade e a proibição do trabalho infantil. A hashtag #infanciasemtrabalho será usada por diferentes pessoas e instituições que compõem a Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, em um movimento marcado para iniciar às 10h.

Com o tema “Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”, o objetivo da campanha é sensibilizar e motivar uma reflexão da sociedade sobre as consequências do trabalho infantil e a importância de garantir às crianças e aos adolescentes o direito de brincar, estudar e sonhar, vivências que são próprias da infância e que contribuem decisivamente para o seu desenvolvimento. Mais sobre a campanha em www.fnpeti.org.br/12dejunho.

DADOS NACIONAIS

O Brasil tem 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando, de acordo com dados do IBGE. Eles trabalham na agricultura, na pecuária, no comércio, nos domicílios, nas ruas, na construção civil, entre outras situações.

As regiões Nordeste e Sudeste registram as maiores taxas de ocupação, respectivamente 33% e 28,8% dessa população de meninas e meninos trabalhando. Nestas regiões, em termos absolutos, os Estados de São Paulo (314 mil), Minas Gerais (298 mil), Bahia (252 mil) e Maranhão (147 mil) ocupam os primeiros lugares no ranking entre as unidades da Federação. Nas outras regiões, ganha destaque o estado do Pará (193 mil), Paraná (144 mil) e Rio Grande do Sul (151 mil).

A erradicação de todas as formas de trabalho infantil até 2025 é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O Brasil é signatário do acordo. “Por isso, é tão importante acelerar o ritmo da redução do trabalho infantil para que seja possível alcançar a meta”, defende Isa Oliveira, secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

ACIDENTES E MORTES

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, o Brasil registrou nos últimos 11 anos (2007 a 2018), 43.777 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos. No mesmo período, 261 meninas e meninos perderam a vida trabalhando. Os detalhes do levantamento estão no site do FNPETI. (http://www.fnpeti.org.br/noticia/2130-mais-de-43-mil-criancas-e-adolescentes-sofreram-acidentes-de-trabalho-nos-ultimos-11-anos-no-pais.html)

LEGISLAÇÃO

Segundo a Constituição Federal, o trabalho é permitido apenas a partir dos 16 anos, desde que não seja em condições insalubres, perigosas ou no período noturno. Nesses casos, é terminantemente proibido até os 18 anos. A partir dos 14 anos, é permitido contrato especial de trabalho na condição de aprendiz, com o objetivo de oferecer ao jovem formação profissional compatível com a vida escolar.

MOBILIZAÇÃO

A mobilização de 2019 faz parte também da celebração dos 25 anos do FNPETI, dos 100 anos da OIT e dos 20 anos da Convenção 182 da OIT, que trata das piores formas de trabalho infantil.

A Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, coordenada pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), é formada pelos Fóruns Estaduais de Erradicação do Trabalho Infantil e por entidades como Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT), Fundação Abrinq, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Plenarinho, Salesianos, Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional da Indústria (CNI),Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Instituto Aliança, Circo de Todo Mundo, dentre outras.