A 4ª edição do Congresso Lausanne, maior evento mundial sobre evangelização, será encerrada neste sábado (28), em Seul, na Coreia do Sul. Sob o tema “Que a Igreja declare e mostre Cristo juntos”, o congresso, que conta com a presença de mais de 5 mil representantes de 200 nações, marca o aniversário dos ‘50 anos do Movimento Lausanne’, que é uma referência contemporânea do movimento missionário global.

A delegação brasileira, que é composta de mais 100 pessoas entre missionários, pastores, teólogos, missiólogos, líderes em geral e profissionais de diferentes áreas de atuação, residentes e atuantes dentro e fora do Brasil, contou com a participação do gerente de Relacionamento da Fundação Cidade Viva e coordenador do Projeto África, Rucenil Kostopoulos, e do coordenador do Curso de Pós Graduação em Missiologia Urbana da Faculdade Internacional Cidade Viva, Leandro Silva Vergílio. Eles foram convidados para participar do Congresso.

APONTAR CAMINHOS – Para o coordenador do Projeto África da Cidade Viva, Rucenil Kostopoulos, “participar de um congresso que discute e aponta caminhos para a evangelização global e atuação da igreja de Cristo para os próximos dez anos é algo honroso e que nos faz pensar sobre a nossa responsabilidade enquanto cristãos. Os temas que temos debatido traz profundidade sobre a atuação do Espírito Santo na capacitação da igreja para a missão global, ressaltando a importância da colaboração, transparência e autenticidade”, destacou.

PERSEGUIÇÃO DA IGREJA E CORAGEM – Durante o congresso, acontecem sessões plenárias e discussões estratégicas que abordaram uma variedade de temas, desde a evangelização em contextos multiculturais até o papel da igreja em questões de justiça social. “As reflexões sobre sofrimento e perseguição da igreja em diferentes lugares do mundo apontam para a coragem e testemunho daqueles que enfrentam dificuldades, destacando a necessidade de intercessão e solidariedade”, comentou.

UNIDADE NA DIVERSIDADE – Para Rucenil, “a celebração dos 50 anos do movimento Lausanne destacam a unidade na diversidade cultural e a importância de permanecer fiel ao verdadeiro ensinamento de Cristo. O congresso enfatiza a missão da igreja como uma comunidade de cura e esperança para um mundo necessitado”, resumiu.
Rucenil Kostopoulos coordena na Cidade Viva o “Projeto África”, que tem o objetivo de proporcionar atualmente mais de 200 pastores e líderes cristãos da África formação no curso de Teologia da Faculdade Internacional Cidade Viva.

ANUNCIAR CRISTO – Na cerimônia de abertura, o diretor executivo global de Lausanne, Michael Oh, afirmou que, à medida que o mal se torna “mais visível no mundo, não é hora de a Igreja se acovardar ou recuar, mas sim de anunciar Cristo”, defendeu.

LÍDERES DOS CINCO CONTINENTES – Durante toda essa semana, líderes cristãos de diferentes dos cinco continentes estão compartilhando as suas experiências e visões, reforçando a necessidade de uma igreja unida e capacitada para enfrentar os desafios contemporâneos e buscar iniciativas para prover o acesso ao Evangelho aos mais de 7 mil povos ainda não alcançados no Mundo. Entre os palestrantes estão o Dr. Patrick Fung, Embaixador Global da OMF International; o pastor Rick Warren, autor do livro “Uma Vida com Propósitos”, Billy Wilson, presidente da Oral Roberts University; e a professora egípcia Anne Zaki. A programação do congresso conta com exposições bíblicas sobre o livro de Atos, ministradas por preletores de diferentes países, entre eles o pastor Ronaldo Lidório, do Brasil.

SOBRE MOVIMENTO LAUSANNE – Liderado por Billy Graham e John Stott, o Movimento Lausanne nasceu em 1974, na Suíça, com o propósito de unir a igreja de Cristo em torno do cumprimento da Grande Comissão, ou seja, da evangelização do mundo sobretudo os povos não alcançados. O lema do primeiro Congresso foi “Que o mundo ouça a voz de Deus” e foi considerado pela revista Time como “possivelmente o maior e mais abrangente encontro de cristãos já realizado”. As reflexões do evento e o documento denominado de “Pacto de Lausanne” tiveram significativos desdobramentos no movimento missionário global. O Pacto é um dos documentos mais significativos da história da igreja moderna, pois definiu o que significa ser evangélico e desafiou os cristãos a trabalharem juntos para tornar Jesus Cristo conhecido em todo o mundo. No Brasil, surgiram escolas de formação missionária e agências de envio de missionários que receberam forte influência do Movimento Lausanne.

APONTAR TENDÊNCIAS E ESTRATÉGIAS – Após o primeiro congresso de 1974 foram realizados mais dois congressos mundiais do Movimento: em Manila, capital das Filipinas, que produziu o “Manifesto de Manila” (1989), e na Cidade do Cabo, na África do Sul, “O Compromisso da Cidade do Cabo” (2010). O 4º Congresso, que acontece esta semana em Seul, deverá apontar para as principais tendências missiológicas e também as estratégias missionárias da atualidade.