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Focco-PB convoca gestores de 620 órgãos da PB a aderir à Estratégia Nacional de Prevenção à Fraude e Corrupção

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O Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB) inicia, neste mês de março, uma campanha de mobilização junto a 620 instituições públicas das três esferas de poder (Executivo, Judiciário e Legislativo) para que adiram à Estratégia Nacional de Prevenção à Fraude e Corrupção. Nos próximos dias, devem ser enviados convite formal aos gestores desses órgãos, como também ser disponibilizada uma plataforma tecnológica, por meio da qual haverá a interação entre os gestores e os órgãos de controle. Os dirigentes dessas instituições poderão conhecer as suscetibilidades das unidades que representam e também os mecanismos que favorecem o combate à corrupção e fortalecem a governança.

O trabalho faz parte do “Grupo de Trabalho (GT) Estratégia Nacional de Prevenção à Corrupção”, criado no âmbito do Focco-PB, em reunião ordinária do dia 4 de novembro passado. A proposta foi apresentada pelo representante do Tribunal de Contas da União (TCU), Márcio Sueth. Ele explicou que foi elaborado um cronograma de atividades. “No primeiro momento, montamos uma base de dados cadastrais de todos os órgãos públicos que atuam na Paraíba. Chegamos ao número de 620 instituições. O cadastro tem os dados atualizados, desde nome, sigla, CNPJ, esfera de poder, até dados atualizados sobre os dirigentes e contatos. Estamos, agora, concluindo o desenvolvimento da plataforma tecnológica que ficará disponível aos gestores e iniciando a mobilização deles”, explicou.

De acordo com o secretário-chefe do TCU, no convite aos gestores, constará as informações básicas sobre o projeto e as orientações sobre o acesso à plataforma. Ao acessarem o programa, eles responderão a um questionário por meio do qual será gerado um diagnóstico, apontando as suscetibilidades de cada órgão a fraudes e corrupção. Esses dados não ficarão públicos, por questões de segurança, mas servirão para construir uma estratégia de fortalecimento. Os macrorresultados aparecerão em avaliações consolidadas.

Não se trata apenas de um diagnóstico, mas de uma estratégia, em processo contínuo, que servirá de subsídio para a avaliação dos resultados alcançados. A segunda etapa, que inclui a adoção de planos de providências, com cronogramas de implementações, elaborados pelos próprios gestores, além do acompanhamento da evolução em horizonte temporal a ser pactuado, se constitui em estímulo a criação de programas de integridade em todos as organizações da administração pública. Por se tratar de um processo contínuo, o próprio gestor tem a possibilidade de promover as boas práticas ao longo do tempo, alimentar o sistema a qualquer momento com as evidências que comprovem a implementação dessas iniciativas, gerar relatórios atualizados on line e projetar metas para redução do nível de suscetibilidade a fraude e corrupção.

Papel dos órgãos de controle

O Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção que tem, dentre outras, a finalidade de “Promover e fortalecer as medidas para prevenir e combater mais eficaz e eficientemente a corrupção”. Os órgãos de controle, nos seus diversos campos de atuação, possuem um papel fundamental na concretização desse propósito. Segundo o Fórum Econômico de 2017, o Brasil é o quarto país mais corrupto do mundo e ocupa a 106ª posição no ranking de 2019 da Transparência Internacional, organização não governamental que publica anualmente o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) de 180 países.

Embora não haja consenso quanto à mensuração do custo da corrupção no país, avaliação feita pela Fiesp indica que esse custo corresponde a cerca de 2,3% do PIB. A ONU por sua vez avalia em cerca de 200 bilhões ao ano as perdas decorrentes de esquemas de corrupção no Brasil. Com a corrupção fora de controle, o Estado perde a capacidade de investimento, endivida-se e sacrifica a população com mais tributos, sem mencionar, a prestação de serviços públicos de má qualidade nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura, ocasionando, portanto, fortes impactos sociais e econômicos que retardam, por sua vez, o desenvolvimento do nosso país. A manutenção das regras e estruturas organizacionais criam o ambiente propício a novos ilícitos.

Como surgiu a ideia

Cientes dessa responsabilidade, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), a Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e o Instituto Rui Barbosa (IRB) firmaram parceria no sentido de buscar o envolvimento dos órgãos de controle para o estabelecimento conjunto de uma Estratégia Nacional de Prevenção a Fraude e Corrupção.

Tal projeto tem como principal objetivo mobilizar as redes de controle estaduais, dentre as quais, o Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB), órgãos de fiscalização e gestores públicos em todo o país para que as entidades públicas brasileiras tenham níveis de ocorrência de fraude e corrupção compatíveis com os de países desenvolvidos.

Famup mobiliza prefeitos para erradicação do sub-registro de nascimento que atinge 15,8% dos paraibanos

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A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), que integra o Comitê Gestor Estadual do Plano Social do Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica, vai iniciar uma mobilização junto aos prefeitos na tentativa de erradicar o sub-registro no Estado. Nesta sexta-feira (13), representantes do Comitê se reúnem às 9h no auditório do Ministério Público (MPPB), em João Pessoa, para discutir estratégias de atuação nos 223 municípios paraibanos. Pelo menos 15,8% da população paraibana não possuem certidão de nascimento, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a coordenadora do Comitê Gestor Estadual do Plano Social do Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica, Rosângela Costa, o apoio da Famup é fundamental na aproximação dos gestores com a causa. Entre as iniciativas nos municípios estão a criação de núcleos da cidadania, para facilitar a retirada de documentos, e também a implantação de unidades interligadas que garantam a retirada do registro civil de crianças, ainda nos hospitais, mas feitas por meio dos cartórios dos municípios onde elas mantém domicílio.

“Precisamos do apoio de todos os órgãos em especial da Famup para chegarmos mais próximos dos prefeitos. Temos que nos unir para garantir o acesso à documentação, principalmente nos municípios mais distantes e daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade social. Vamos pensar estratégias que possam garantir a redução do sub-registro na Paraíba e precisamos da Famup nessa mobilização estadual”, destacou Rosângela Costa.

Rosângela explicou ainda que o Registro Civil de Nascimento (RCN) vem acompanhando as mudanças no âmbito da familiar (relação afetiva inserir nomes de dois pais ou duas mães), nome social ou mudança de gênero (LGBTQIA+), refugiado/imigrantes.

“Também deve se registrar e respeitar os nomes de comunidade tradicionais como os indígenas, quilombolas e ciganos, atualizando estado civil dos pais, além de garantir o atendimento as populações que residem em área rural, ribeirinhas, acampados e assentados que estão distantes dos centros urbanos. O papel deste Comitê é elaborar um plano para construir um fluxo de atendimento entre os órgãos emissores desta documentação básica para garantir a cidadania”, observou Rosângela Costa.

A Famup integra o Comitê Gestor Estadual do Plano Social do Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica com Ana Katarine, como titular, e Paulo Fagner, como suplente. O Comitê Estadual é formado por representantes de diversos órgãos e entidades, dentre eles as Secretarias de Estado do Desenvolvimento Humano, Saúde, Educação, Segurança, além da Defensoria Pública do Estado, Ministério Público e Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), através de sua Corregedoria Geral de Justiça.

Documentação Básica – As ações do Comitê visam facilitar a obtenção dos seguintes documentos: Primeira Certidão de Nascimento; Cadastro de Pessoas Físicas; Carteira de Identidade ou Registro Geral – RG; Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Semana Estadual – Para atingir os objetivos do Comitê Gestor Estadual, foi instituída a Semana Estadual de Mobilização para o Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica, realizada na 1ª semana do mês de abril e composta por ações conjuntas e articuladas entre o Estado, municípios e entidades da sociedade civil, visando orientar e universalizar o acesso à documentação básica.

Ana Cláudia afirma que Campina precisa de uma gestão de resultados e que ponha fim ao nepotismo

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A pré-candidata à prefeitura de Campina Grande e atual secretária de Desenvolvimento e Articulação dos Municípios (Sedam), Ana Cláudia Vital do Rêgo (Podemos), em recente Live nas suas redes sociais, ressaltou que seu projeto econômico, social e humano para a cidade foca numa gestão de resultados que dentre alguns pontos, ponha fim a prática do nepotismo tão enraizada na atual gestão municipal.

Segundo Ana, a cidade precisa de bom planejamento, ouvindo vários atores urbanos – comunidade, movimentos civis organizados, terceiro setor, empresas e poder público – o que para ela, pode ajudar, em muitos aspectos, a cidade de Campina Grande. De acordo com a secretária, infelizmente, quando se pergunta quais as transformações construtivas que a atual gestão municipal proporcionou nos últimos sete anos, a população não observa tais realidades, mas tão somente práticas nefastas como a de nepotismo de parentes do prefeito e seus aliados. Ana defende a realização de concursos como forma de ingresso na administração e lembra como exemplo, os 12 concursos públicos realizados na gestão de Veneziano a frente da PMCG.

“Não se tem, na atual gestão, um plano de desenvolvimento de maneira ordenada para a cidade. Campina precisa de uma gestão que possa antecipar as necessidades de seu povo, coordenando esforços e estabelecendo um caminho para um horizonte construído de forma coletiva”, disse Ana, ao lembrar que é preciso ao atual prefeito reconhecer muitas das conquistas da gestão passada e esquecer querelas políticas que o fizeram paralisar obras deixadas quase prontas ou com recursos em caixa, e que, ainda hoje, se encontram abandonadas pela atual gestão.

CALVÁRIO: segundo novos fatos da operação, Ricardo Coutinho teria apresentado dossiê contra famílias de conselheiros do TCE

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O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), apontado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) dentro das investigações da Operação Calvário, como chefe de uma organização criminosa suspeita de desviar R$ 134 milhões de contratos do Estado com organizações sociais, se reuniu com conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) para apresentar um dossiê contra eles e familiares.

Os nomes dos integrantes da Corte que estiveram reunidos com Ricardo, porém, não foram revelados.

O encontro está relatado na nova denúncia apresentada pelo Gaeco contra Ricardo e outras seis pessoas no âmbito da Operação Calvário.

Segundo as investigações, o colaborador Daniel Gomes informou que como parte do esquema que mirava os conselheiros, liderado por Ricardo, o resultado do dossiê, com informações particulares dos servidores da Corte e familiares, incluindo crianças, foi apresentado aos conselheiros durante uma reunião que também contou com a presença de Coutinho e do ex-procurador Gilberto Carneiro.

“Fica evidente que o predito relatório se transveste de grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio da empresa criminosa gerida por RICARDO COUTINHO contra as autoridades do Tribunal de Contas, com o fim de intervir em procedimento administrativo gestado por aquele órgão”.

Ainda de acordo com a denúncia, após a reunião ficou constada a mudança de postura do TCE contra o Estado, que antes era tido como agressiva.

Leia:  Gilmar Mendes determina que investigados tenham acesso às delações da Calvário

“A começar pelo número ele auditorias sofridas pela CVB-RS que penou, drasticamente, uma redução passando a ser realizadas a cada dois anos. Outra mudança sensível depois de divulgado o resultado da investigação privada aos membros do TCE-PB, foi a retirada do auditor Richard Euler do comando das auditorias realizadas no HEETSHL (Hospital de Emergência e Trauma). Além disso, ainda como resultado da conclusão das investigações, verificou-se que os procedimentos relacionados ao Hospital de Trauma passaram a ter uma tramitação diferente, ou seja, bem mais lenta, portanto, o que acabou retardando, em muito, a identificação de irregularidades e, por consequência, a adoção de providências sob o pálio daquela Corte de Contas”.

Em Bayeux, Câmara aprova pedido de intervenção estadual na Prefeitura

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Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (19), a Câmara Municipal de Bayeux autorizou o prosseguimento do pedido de intervenção solicitado pelo Tribunal de Contas ao Governo do Estado, na última semana.

O parlamento bayeuxense foi notificado pela corte de contas na última sexta-feira (6).

Após reunião nesta segunda (9) com a Procuradoria Jurídica da Casa, que asseverou pela constitucionalidade da matéria, o presidente Jefferson Kita pautou o tema na sessão de hoje.

Após a leitura do relatório do TCE-PB em sua íntegra, o pedido de intervenção foi posto sob apreciação do plenário, que decidiu por 10 votos a 7 pela procedência do processo e o seu conseguinte prosseguimento. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, sem a aprovação da Câmara, o pedido de intervenção seria arquivado.

Votaram pelo prosseguimento do pedido de intervenção os vereadores Inaldo Andrade, Josauro Pereira, Roni Alencar, Betinho da RS, Netinho Figueiredo, Lico Cunha, Luciene de Fofinho, Nôquinha, Zé Baixinho e Jefferson Kita.

Optaram pelo arquivamento da solicitação do Tribunal de Contas Adriano Martins, Adriano do Táxi, Dedeta, Guedes da Informática, Uédson Orelha, França e Cabo Rubem.

O Tribunal de Contas do Estado aprovou por unanimidade o Processo TC 14.324/18 (Resolução Processual RPL TC 00001/20), em sessão do pleno na última quarta-feira (4), que pede a intervenção do município de Bayeux, acompanhando relatório do Conselheiro André Carlo Torres, que identificou uma série de irregularidades cometidas pelo prefeito Berg Lima, dentre outras coisas, ausência de pagamento regular, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, da dívida fundada, não aplicação do mínimo de 25% da receita municipal em educação, bem como de 15% nas ações e serviços públicos de saúde.

O conselheiro ainda levou em consideração a condenação do gestor em segunda instância pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, na última terça-feira (3), confirmando a condenação em primeiro grau na 4ª Vara Mista de Bayeux, por improbidade administrativa quando Berg Lima foi preso em flagrante pelo Gaeco no interior do Restaurante Sal e Pedra de posse de um envelope contendo R$ 3.500,00, cujo conteúdo seria fruto do recebimento de propina.

Com a decisão, a Mesa Diretora notificará o Tribunal de Contas do Estado e o governador João Azevêdo que determinará os próximos encaminhamentos do processo. Caso o acate, indicará um interventor e este deverá ter o nome aprovado pela Assembleia Legislativa. Com informações do NewsParaíba

Luís Tôrres é citado na Operação Calvário por supostamente ter recebido R$ 100 mil; entenda

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O jornalista Luís Tôrres foi citado no documento do Ministério Público que fundamenta a deflagração da 8ª fase da Operação Calvário. O trecho das páginas 9 e 10 diz que “a pedido de Fabiano Gomes o valor de R$ 100 mil” estaria sendo disponibilizado ao, na época, secretário de Comunicação.

A 8ª fase da operação Calvário foi deflagrada nesta terça-feira com o objetivo de investigar indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba.

A operação contou com a participação de 55 Policiais Federais, e cinco auditores da CGU, sendo realizado o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, nas cidades de João Pessoa/PB e Bananeiras/PB, bem como o cumprimento de um mandado prisão.

Fabiano Gomes é preso provisoriamente na 8ª fase da Operação Calvário; veja despacho

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Desembargador Ricardo Vital

O desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou a prisão temporária do radialista Fabiano Gomes da Silva, pelo prazo de cinco dias, devendo ele ser encaminhado ao presídio desembargador Flóscolo da Nóbrega (Róger). Foi também determinada a realização de busca e apreensão nos endereços de Fabiano Gomes, Politika Comunicação e Editorial Ltda – ME, Coriolano Coutinho, Mayara de Fátima Martins de Souza, Pswi Tecnologia Ltda – Paraíba de Prêmios e Lotep.

A decisão foi proferida na oitava fase da Operação Calvário (Medida Cautelar nº 0000091-04.2020.815.0000, requerida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Estado/ Gaeco), que investiga um gigantesco esquema criminoso que teria funcionado em desfavor do estado da Paraíba, por um longo período (desde 2011), abrangendo práticas de crimes de corrupção, lavagem de ativos, dentre outras, notadamente interligadas às atividades das organizações sociais na saúde e à adoção de inexigibilidades licitatórias ou   a fraude na educação.

O radialista Fabiano Gomes teve a prisão temporária decretada em virtude da suposta prática do crime de extorsão (artigo 158 do Código Penal) contra Denylson Oliveira Machado, parceiro de Coriolano Coutinho na empresa Paraíba de Prêmios. Para tanto, ele teria se utilizado, falsamente, do nome do delegado da Polícia Federal Fabiano Emídio de Lucena Martins, dizendo-se possuidor de cópia de degravações, supostamente prejudiciais a Denylson.

Em depoimento à Polícia Federal, Denylson confirmou a suposta extorsão, relatando ser alvo de graves ameaças lançadas por Fabiano Gomes, muitas delas por mensagens, em razão de sua recusa quanto ao pagamento de valor entendido como exagerado, exigido pelo radialista, para um anúncio publicitário da empresa Paraíba de Prêmios, em seu programa jornalístico.

As investigações realizadas no bojo da Operação Calvário apontam a participação de Fabiano Gomes na Organização Criminosa, aparentemente exercendo a função de operacionalizador de repasses ilícitos de dinheiro em espécie supostamente controlados, diretamente, pelo então governador Ricardo Vieira Coutinho, tido como chefe da Orcrim. Aponta, ainda, indícios de proximidade ilegítima entre Fabiano Gomes e a família Coutinho.

Segundo a Polícia Federal e o Gaeco, a partir do conteúdo do Relatório de Análise de Material Apreendido durante as buscas realizadas na sétima fase da Operação Calvário, foram encontrados manuscritos na agenda pessoal de Ricardo Coutinho que o vinculariam a Fabiano Gomes, identificado pela sigla FG. Tais registros, possivelmente, teriam relação com pagamentos ilícitos de propina operacionalizados por Fabiano Gomes.

“Os fatos atribuídos a Fabiano Gomes indicam concretamente que sua liberdade compromete a regular colheita da prova, porquanto pessoas investigadas podem ceder a suas pressões e acabem por ocultar dados e fatos importantes às investigações em curso. A sua postura interfere, direta e indiretamente, na produção das provas pré-processuais, havendo, portanto, imprescindibilidade da medida constritiva a subsidiar a persecução criminal, que é, exatamente e tão somente, o que se anseia com a prisão temporária”, destacou o desembargador Ricardo Vital.

Demais investigados – Em relação a Coriolano Coutinho, as investigações apontam que ele seria sócio oculto da empresa Paraíba de Prêmios, pessoa jurídica que era credenciada na Lotep. O contrato foi rescindido unilateralmente após a deflagração da sétima fase da Operação Calvário. “Diante desse cenário, conforme assegurado pela Polícia Federal e pelo MPPB, todos os indícios demonstram, em princípio, a atuação da Orcrim, por meio de Coriolano Coutinho, no âmbito das loterias do Estado da Paraíba, valendo-se de estruturas, inclusive institucionais no Estado da Paraíba, e sob a superior gestão de seu irmão, o ex-governador Ricardo Coutinho, bem como pessoas outras entrepostas para a integração de recursos supostamente ilícitos ou como fontes, em tese, de enriquecimento sem causa”, ressaltou o desembargador.

Conforme as investigações, Mayara de Fátima Martins de Souza, na condição de secretária-geral da filial da Cruz Vermelha na Paraíba, integra, pessoalmente, a organização criminosa como um dos responsáveis pela supervisão de venda de títulos de capitalização para ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário. Já Denylson Oliveira Machado é responsável ostensivo pela empresa Paraíba de Prêmios, ao estabelecer parceria com Coriolano Coutinho, permitindo a manipulação ou dissimulação da natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo.

Para conferir a decisão na íntegra, clique aqui.

Oitava fase da Calvário

Santa Rita ganha Centro de Reabilitação em festa dos 130 anos da cidade

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Santa Rita recebeu nesta segunda-feira (09) os deputados estaduais paraibanos para uma sessão especial da Assembleia Legislativa em comemoração aos seus 130 anos de emancipação política. A solenidade aconteceu no Centro Especializado em Reabilitação (CER), que foi inaugurado oficialmente na ocasião. O equipamento de saúde construído pela Prefeitura municipal prestará assistência a pessoas com deficiência visual e motora por meio de equipe profissional multidisciplinar.

Centenas de populares estiveram no local prestigiando o evento. O prefeito Emerson Panta e a deputada estadual Dra. Jane discursaram e realçaram a importância do momento para o município, que se destaca no cenário estadual como o terceiro maior.

“Tivemos a honra de receber a Assembleia Legislativa da Paraíba em uma sessão itinerante como homenagem ao nosso município. Agradecemos aos deputados que aqui estiveram e a todos os santa-ritenses que vieram prestigiar este momento. O CER é mais uma obra para melhorar a assistência em saúde de nossa população”, disse o prefeito.

Para comemorar os 130 anos de história, a Prefeitura está realizando a entrega de um pacote de obras e serviços. Além do CER, foram inauguradas a revitalização do balneário das águas minerais e a pavimentação asfáltica da rua Maria da Paz Lacet. Nesta quarta-feira (11), será dada a ordem de serviço para a construção do Hospital Infantil do município, e dia 23 será entregue a pavimentação de mais uma via importante do bairro de Várzea Nova.

 

OPERAÇÃO CALVÁRIO: Coriolano usava influência junto à Lotep para lavar recursos desviados via Cruz Vermelha

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A decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeira, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que integra a deflagração da 8ª fase da Operação Calvário, na manhã desta terça-feira (10), investiga indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba (Lotep).

Um dos alvos é Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, que foi preso na 7ª fase da Operação Calvário. Ele é apontado como “sócio oculto” da empresa “Paraíba de Prêmios”, e fez valer de seu poder de penetração na Lotep e da venda de títulos de capitalização para “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário”.

De acordo com a decisão, Daniel Gomes da Silva, ex-líder da Cruz Vermelha Brasileira e um dos delatores do suposto esquema criminoso, revelou que, no final de 2017, a Cruz Vermelha, filial Paraíba (CVB/PB), recebeu convite da empresa “Bilhetão Serviço e Intermediação LTDA-ME” para lançar um “certificado de contribuição” no Estado da Paraíba. Ele chegou a discutir a proposta com a então Secretária-Geral da CVB/PB, Mayara de Fátima Martins de Souza, decidindo assinar o contrato com a empresa para lançar o produto “Bilhetão da Sorte”, o que ocorreu em 7 de novembro de 2017.

Ainda segundo as investigações, Coriolano Coutinho “não teria admitido que a Cruz Vermelha Brasileira ingressasse na área de loterias no Estado, gerando concorrência direta com a empresa em que era “sócio”. Ele teria ordenado, em reunião com Daniel Gomes, que a CVB/PB “não se envolvesse no respectivo ramo”.

Coriolano Coutinho teria então acionado um suposto “laranja”, identificado na denúncia como Denylson Oliveira Machado, “responsável ostensivo pela empresa Paraíba de Prêmios”, e  determinado que marcasse uma reunião com a presidente da CVB-PB para criar um novo produto da Lotep, contudo, demonstrando interesse em eliminar o concorrente “Bilhetão da Sorte”.

“DANIEL GOMES teria intercedido junto à então Secretária-Geral da CVB/PB, ao Presidente da CVB Nacional, e a outros envolvidos, a fim de atender a pretensão de CORIOLANO COUTINHO, o qual, segundo o colaborador, “controla a LOTEP” e tem envolvimento com jogo de apostas no Estado da Paraíba”, diz trecho da denúncia.

Confira trecho conclusivo da decisão do desembargador Ricardo Vital sobre o suposto esquema:

“Após a concretização das medidas deferidas no bojo da cautelar nº. 0000835-33.2019.815.0000 e subsequente análise do material probatório/indiciário coletado, a POLÍCIA FEDERAL e o GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO (GAECO/PB) observou caminharem as mencionadas linhas centrais ao lado de outras, merecedoras de tratamento probatório particularizado, dentre as quais estaria o caso da LOTEP, objeto da cautelar epigrafada no capítulo em que trata de suposta lavagem de dinheiro por meio da referida Autarquia Estadual, contexto no qual possivelmente estaria inserido CORIOLANO COUTINHO, MAYARA DE FÁTIMA MARTINS DE SOUZA e DENYLSON OLIVEIRA MACHADO, alvos dos pedidos de busca e apreensão, incluindo a PSWI TECNOLOGIA LTDA – PARAÍBA DE PRÊMIOS e a própria LOTEP.

Em relação aos mencionados investigados, o pedido cautelar o traz a lume os seguintes fatos e condutas:

CORIOLANO COUTINHO: “integra o comando coletivo da organização criminosa (núcleo administrativo), valendo-se de parceria com sócio formal de empresa credenciada, de seu poder de penetração na LOTEP e da venda de títulos de capitalização para ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário. Incurso, em tese, nos injustos penais previstos nos art. 2º, § 3º, da Lei 12.850/2013 (já denunciado), c/c art. 1º da Lei 9.613/1998”. (sic)

MAYARA DE FÁTIMA MARTINS DE SOUZA: “na condição de Secretária-Geral da CVB/PB, integra, pessoalmente, organização criminosa como uma dos responsáveis pela supervisão de venda de títulos de capitalização para ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário. Incursa, em tese, nos injustos penais previstos nos art. 2º da Lei 12.850/2013, c/c art. 1º da Lei 9.613/1998”. (sic)

DENYLSON OLIVEIRA MACHADO: “responsável ostensivo pela empresa PARAÍBA DE PRÊMIOS, ao estabelecer parceria com CORIOLANO COUTINHO, permitindo a manipulação dessa sociedade e retornos financeiros, direitos ou indiretos, mediante a exploração de serviços lotéricos, contribuiu para a ocultação ou dissimulação da natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário. Incurso, em tese, no injusto penal previsto no art. 1º da Lei 9.613/1998. (sic)

Fórum Pró-Campina realiza primeiro seminário e sinaliza abrir diálogo com a pré-candidata Ana Cláudia

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A abertura de diálogo com a pré-candidata a prefeita pelo Podemos, Ana Cláudia passou a ser também a ser defendido por integrantes do Fórum Pró-Campina, que nesta terça-feira(10), realiza o seu primeiro seminário na sede do Sindifisco, às 19h.

O professor Hernmano Nepomuceno, integrante do Fórum Pró-Campina e presidente do PT em CG, é um dos que defendem a interlocução com a pré-candidatura de Ana Cláudia.

Um dos pré-requisitos do Fórum é apoiar uma candidatura prefeito que se posicione contra a administração do prefeito Romero Rodrigues e o governo Bosonaro.

A avaliação primeira e unânime do Fórum Pró-Campina repudia o caos administrativo por que passa a Prefeitura de Campina, envolvida em vários escândalos, como o desvio de milhões da merenda das creches e escolas que continuam sendo investigados pela Polícia Federal, por meio da Operação Famintos.

Temas que serão refletidos no Seminário do Fórum Pró-Campina, hoje à noite: “A Cidade que temos e a Cidade que Queremos”, “Orçamento e Gestão ” e “Transparência”.