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Galdino explica motivos para ALPB aprovar decretos de calamidade: “Não é cheque em branco”

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A decisão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) em aprovar os decretos de calamidade púbica dos 164 municípios paraibanos por causa da pandemia do novo coronavírus, durante a última sessão ordinária, permitirá que essas cidades garantam o equilíbrio da economia e minimizem os efeitos das dificuldades geradas por causa do isolamento social na quarentena da doença.

O presidente da ALPB, Adriano Galdino,  garantiu que o Poder Legislativo vai reconhecer a calamidade em todos os municípios que apresentarem os planos de ações. Ele afirmou que sabe o esforço dos prefeitos e da preocupação que estão tendo em relação à pandemia. O parlamentar explicou que não é o fato de o vírus estar instalado no local ou não, que gera dificuldades. “Os transtornos estão sendo causados pelo isolamento. Queremos que o decreto seja necessário para que possa atender as necessidades da saúde pública e os problemas sociais, como o alimento que vai faltar para muitas famílias”, ressaltou.

A medida busca reduzir a burocracia nas ações administrativas no combate ao novo coronavírus. O estado de calamidade pública desobriga os gestores municipais de cumprirem uma série de restrições e prazos definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, as prefeituras poderão adotar todas as medidas necessárias para o enfrentamento da pandemia provocada pelo vírus.

Segundo o secretário legislativo da ALPB, Guilherme Benício de Castro, a calamidade pública não se dá necessariamente em razão da quantidade  de casos nas cidades, mas sim pelos efeitos econômicos que a pandemia vem causando. “O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar diversos dispositivos da Lei de Responsabilidade fiscal para a União, os Estados e os municípios que decretarem a calamidade pública, em razão da pandemia do coronavírus, não necessariamente por causa do contágio da doença, mas em razão dos efeitos econômicos que ela causa”, explicou

Guilherme Benício disse ainda que, com as dificuldades econômicas causadas pelo isolamento social, muitos gestores podem ser responsabilizados por não atingirem as metas fiscais previstas no orçamento, caso não decretem situação de calamidade pública.

“Os municípios terão sua cota-parte de ICMS, que é repassado pelo Estado, praticamente zerada. Também sofrerão uma queda muito grande na arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), e por outro lado precisam aumentar a despesa com o pagamento de adicional de insalubridade aos profissionais da linha de frente, devem manter os pagamentos em dia, adquirirem EPI’s, insumos e realizarem uma assistencial social básica, sobretudo com atenção aos mais pobres, sendo impossível cumprirem as metas fiscais fixadas em suas LDOs e LOAs. É preciso salvar vidas agora e depois o equilíbrio fiscal”, afirmou.

O presidente Adriano Galdino conclui afirmando que “a Assembleia não está dando um cheque em branco aos prefeitos, mas sim meios de enfrentar a crise”. “Os desvios de finalidade e abusos são passíveis de fiscalização e punição pelas Câmaras Municipais e órgãos controladores, configurando assim crimes de responsabilidade, improbidade administrativa, condutas vedadas e abuso de poder político e econômico, se realizados com viés eleitoral”, observou.

Guarda Municipal fiscaliza agências bancárias para evitar aglomeração de pessoas

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A Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb) está fiscalizando agências bancárias de João Pessoa para evitar a aglomeração de pessoas nos dias de pagamento do Auxílio Emergencial do Governo Federal. O trabalho de prevenção ao novo coronavírus também é feito pela Guarda Municipal por toda Capital, com o auxílio de quatro drones, que identificam aglomeração de pessoas.

De acordo com o secretário da Semusb, sargento Denis Soares, a Guarda Municipal orienta as pessoas nas filas das agências a manter a distância de 1,5 metro entre os demais. “Pela manhã, verificamos uma movimentação maior nas agências, mas à tarde, foi mais tranquilo”, afirma o secretário.

O trabalho de monitorar aglomeração de pessoas é realizado com o uso de quatro drones, utilizados por 15 pilotos certificados. “Em bairros como Mangabeira, por exemplo, ainda encontramos pessoas reunidas nas ruas, jogando futebol. Com a visualização pelo drone, a viatura mais próxima vai até o local fazer este trabalho de conscientização, orientando as pessoas a irem para casa para não desrespeitarem as orientações sanitárias municipais”, comenta o sargento.

Denis Soares afirma que até agora não houve situações de resistência pelas pessoas, quando orientadas a encerrarem as atividades fora de casa, e que os episódios mais comuns de aglomerações de pessoas ocorrem nos bairros periféricos. A população pode denunciar casos de desobediência sanitária pelo número 153.

TCE-PB orienta municípios em estado de calamidade e alerta para transparência em atos de gestores

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O Tribunal de Contas do Estado do Estado da Paraíba (TCE-PB), em função da pandemia do novo coronavírus e do reconhecimento, pela Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, dos decretos de estado de calamidade em 164 municípios alerta os gestores públicos. O TCE-PB recomenda aos gestores municipais e estaduais da Paraíba atenção à boa aplicação dos recursos. Ainda aconselha cautela na abertura de novas licitações e em ajustes de contratos.

O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Arnóbio Viana, observa que as medidas  adotadas pelos municípios e pelo Governo do Estado sejam aplicadas de acordo com o que está na lei em vigor. “A legislação brasileira é prolífica. Não há situação que não esteja nela prevista. Desde 1964, a Lei 4.320 ( lei que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal ) já estabelece o comportamento do gestor público em caso de calamidade, guerra ou comoção intestina”,destacou.

Segundo ele, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) também prevê parâmetros para situações idênticas. “É bastante seguir essa legislação, atender aos princípios insculpidos na Constituição, as resoluções já emanadas do TCE e, por fim, as Medidas Provisórias do Governo Federal e portarias do Ministério da Saúde, criadas excepcionalmente sobre a Covid-19”.

Preço de Referência – Ainda esta semana, segundo informou o conselheiro Arnóbio Viana, o TCE divulgará o Painel de Preço de Referência. O sistema foi desenvolvido para auxiliar os gestores públicos, especialmente as divisões de licitações e compras dos órgãos públicos em todas as cidades da Paraíba, durante a fase de elaboração dos mapas de preços, colaborando na geração dos valores de referência praticados nos processos licitatórios. O Preço de Referência é uma plataforma que está sendo desenvolvida a partir de parceria realizada entre o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Governo do Estado da Paraíba e a Universidade Federal da Paraíba.

O presidente do TCE informou ainda que, mesmo entendendo que os assessores técnicos têm conhecimento da matéria, editará, nos próximos dias, pelo Tribunal, uma coletânea da legislação a ser aplicada no estado de calamidade pelos gestores públicos da Paraíba.

Transparência e controle– A Corte de Contas atuará, prioritariamente, na avaliação e no controle das admissões, contratações, despesas e demais atos decorrentes da situação de calamidade pública. Caberá aos órgãos interessados da Administração a demonstração da legalidade e da regularidade dos atos administrativos, da despesa e de sua execução.

Segunda fase da campanha de vacinação contra gripe começa quinta-feira

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Começa na próxima quinta-feira (16) a segunda fase da Campanha de Vacinação Contra a Gripe. Depois dos idosos e profissionais de saúde, agora será a vez de serem imunizados os profissionais das forças de segurança e salvamento, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários.

Para tanto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início nesta segunda-feira (13) à distribuição do primeiro lote de vacinas para esta segunda fase. “Até o momento, 108 mil doses já foram repassadas para as Gerências Regionais de Saúde para esta segunda fase da Campanha. Cada município deverá ter estratégias para que os grupos prioritários tenham acesso à vacinação e evitar aglomeração”, informou a chefe do Núcleo de Imunização da SES, Isiane Queiroga.

Na terceira fase da Campanha, prevista para começar no dia 9 de maio, serão vacinados professores, crianças de seis meses a menores de seis anos, grávidas, mães no pós-parto, população indígena, pessoas acima de 55 anos e pessoas com deficiência.

A meta da vacinação contra a gripe é imunizar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio. O dia “D” de mobilização nacional para a vacinação acontece no sábado, dia 9 de maio.

Dados – Na primeira fase da Campanha de Vacinação contra a Gripe a Paraíba vacinou 483.329 pessoas. Até então, o Estado atingiu 88,70% dos idosos e 83,19% dos trabalhadores de saúde.

Vacinação antecipada – Neste ano, o Ministério da Saúde antecipou o início da campanha contra a gripe, de abril para março, para proteger os públicos prioritários. Esta vacina não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, auxilia os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico da gripe, já que os sintomas são parecidos, para chegar mais rapidamente à conclusão do diagnóstico de coronavírus. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.

Pequenos negócios produzem máscaras para auxiliar na prevenção ao coronavírus

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A necessidade de isolamento social provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19) afetou a atividade de milhares de pequenos negócios em todo o país. No entanto, a criatividade e a oportunidade de negócio neste período são as principais ferramentas para superar as adversidades atuais. Pequenos negócios paraibanos que têm apoio do Sebrae estão aproveitando o momento para produzir máscaras de proteção, desde as de tecido até as de acrílico, vendendo, inclusive, para o atacado.

Uma delas é a Três D Art e Mídia, localizada no município de Catolé do Rocha e que tem produção diária de 250 peças, com mais de 2 mil unidades vendidas a pelo menos 20 prefeituras. O proprietário Rodolfo Vieira decidiu, junto com a esposa Iaconara Veríssimo, produzir protetores faciais feitos de acrílico, acetato, poliestireno e elástico anatômico. Por já ter atuado como enfermeira, Iaconara, além de ter auxiliado com a rede de contatos, acompanhou a produção para que as máscaras seguissem todas as normas exigidas pelo Ministério da Saúde.

O empreendedor explicou, também, que os protetores faciais podem ser reutilizados e, além de vender a partir de uma peça, foi lançada a versão infantil. “Estamos atendendo a prefeituras que nem conhecíamos. Além dos oito funcionários que temos, tivemos de contratar temporários para atender a demanda e criamos um programa de incentivo para que nossos colaboradores ganhem com o aumento da produção em horários alternativos. Minha esposa foi essencial para seguirmos em frente com essa ideia”, destacou, acrescentando que o protetor facial já foi vendido para cidades como Natal, Mossoró e Campina Grande.

Outro caso de criatividade é o da microempresária e artesã da moda Ana Maia, que criou a Deo Gratia com o objetivo de produzir máscaras de tecido em tricoline 100% algodão neste período. Ela atua há 15 anos com fabricação de roupas em algodão colorido e contou que pretende gerar renda para costureiras e artesãos que já trabalham em parceria com ela. “Começamos a produção na semana passada e já recebemos propostas, mas ainda não fechamos negócios por causa do feriado. Com essas máscaras, quero que a empresa tenha condições de manter esses artesãos. Nossa capacidade de produção será de pelo menos 800 máscaras por dia”, contabilizou. Segundo a microempresária, também será possível comprar máscaras avulsas. “Nossa estratégia é procurar pontos onde há grande circulação de pessoas, como supermercados”, destacou Ana Maia.

Para o gerente regional do Sebrae, Lúcio Wolmer, o apoio da instituição, por meio de consultorias realizadas anteriormente, permitiu a percepção dos empreendedores para essa oportunidade de negócio. “O empreendedorismo de fato acontece quando temos a capacidade de invertermos as ações e nos adequarmos aos momentos e necessidades. Acima de tudo, estas nuances atuam com responsabilidade com o próximo e proporcionam uma oportunidade que deve ser seguida por outras empresas. Afinal de contas, oportunidades nunca deixarão de existir e apenas os que estiverem com a percepção voltada para os clientes e necessidades do mercado poderão aproveitar da melhor forma”, afirmou.

Seleção da Secretaria Municipal de Saúde tem mais de 12 mil inscritos para atuar no combate à Covid-19

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O processo seletivo organizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, somou 12.144 inscrições. A seleção vai contratar 735 profissionais, de diversas áreas de saúde e administrativo, para atuar no combate ao novo coronavírus. As inscrições da seleção terminaram na sexta-feira (10).

Segundo o edital, a previsão inicial é de contratação de 735 profissionais, podendo, posteriormente e de acordo com a necessidade, convocar outros classificados. O resultado final da seleção será divulgado nesta quarta-feira (15). A remuneração varia de R$ 1.481,02 a R$ 8.853,14.

Ainda de acordo com o edital, as contratações ocorrerão pelo prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período ou até que se encerre o estado de emergência. O processo seletivo se dará por meio da análise curricular, seguindo os critérios estabelecidos pela SMS e publicados no edital.

O processo contempla profissionais dos níveis Fundamental, Médio, Técnico e Superior, com carga horária de 30 ou 40 horas semanais. As vagas são para assistente social, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, nutricionista, psicólogo, técnico de laboratório de análises clínicas, técnico em enfermagem, técnico em radiologia, agente administrativo, auxiliar de farmácia, porteiro, auxiliar de copa e cozinha, auxiliar de lavanderia, auxiliar de serviços gerais, cozinheiro, condutor de ambulância e maqueiro. De acordo com o edital, 5% das vagas são destinadas a pessoas com deficiência.

Justiça determina aos planos de saúde liberação de carência nos casos de contágio pela Covid-19

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Atendendo pedido da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, o juiz Ricardo da Silva Brito, da 10ª Vara Cível da Capital, determinou que as empresas de plano de saúde  autorizem a imediata liberação para seus segurados, nos casos de urgência e emergência, do tratamento prescrito pelo médico, independentemente do prazo de carência, em especial nos casos de contágio ou suspeita de contágio pelo novo coronavírus, sob pena de multa de R$ 10 mil para cada recusa de atendimento. Determinou, ainda, que as empresas disponibilizem, no prazo de cinco dias, canais de atendimento prioritário para os órgãos do Sistema de Justiça, em especial para a Defensoria Pública, a fim de viabilizar o contato extrajudicial para a solução de casos individuais, notadamente para que as partes não precisem acionar o Judiciário, sob pena do pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil, limitada a R$ 150 mil.

A decisão foi proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 0820727-66.2020.8.15.2001 ajuizada pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba em face da Esmale Assistência Internacional de Saúde Ltda., Amil Assistência Médica Internacional S/A, Bradesco Saúde S/A, Unimed João Pessoa, Unimed Federação Paraíba, Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (ASSEFAZ), Geap Autogestão em Saúde, Hapvida Assistência Médica Ltda., Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI), Camed Consultoria em Saúde e Sul América Companhia de Seguro Saúde.

Na ação, o órgão alegou que, em face da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), o Sistema de Saúde da Rede Pública e da Rede Privada sofrerão um grande aumento no número de casos de internação. Assegurou, ainda, que as empresas vêm, corriqueiramente, negando a cobertura de procedimentos de urgência e emergência, sob a alegação de que a carência seria de 180 dias, quando, pela jurisprudência dos tribunais, a cobertura, nos casos de urgência e emergência, não poderá ter período de carência superior a 24 horas.

“Faz-se mister consignar que, diante do panorama de surto pandêmico que assola diversas regiões do planeta, atingindo também o Estado da Paraíba, é bastante crível que a procura de atendimento médico-hospitalar na rede privada, em razão do novo coronavírus (covid-19), sofrerá considerável incremento, aumentando, também,  o número de negativas de atendimento em razão da alegada ausência de carência contratual, fazendo desaguar no Poder Judiciário um número sem fim de demandas judiciais, questionando a conduta dos planos de saúde”, destacou o juiz.

O magistrado acrescentou que as negativas de atendimento por parte dos planos de saúde aos segurados com suspeita de contágio ou com resultados positivos para o novo coronavírus acarretará, também, uma sobrecarga no Sistema Público de Saúde, podendo, inclusive, contribuir para o verdadeiro colapso de todo o sistema, causando danos irreparáveis à coletividade.

Da decisão cabe recurso.

Cota de ICMS para municípios cai 58% e administrações podem ficar inviabilizadas na Paraíba

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A cota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), repassado aos municípios paraibanos no mês de abril, já representa uma redução de 58% do valor referente ao ano passado. A queda vem colocando as administrações municipais em dificuldades para manter serviços essenciais, segundo a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup). Em 2019, apenas nas duas primeiras cotas de abril, as 223 prefeituras receberam R$ 9.259.463,70 e este ano a quantia foi de apenas R$ 3.987.635,48, mostrando que a economia estadual já sofre com a pandemia causada pelo coronavírus.

Para o presidente da Famup, George Coelho, a situação dos municípios paraibanos está cada dia mais difícil por conta dos reflexos da pandemia. “Além de termos que enfrentar a doença e proteger as pessoas, temos que enfrentar ainda a queda dos repasses o que inviabiliza qualquer administração, principalmente a dos municípios pequenos que sobrevivem exclusivamente do FPM e de repasses como o ICMS. Não sabemos o que poderá acontecer nos próximos meses se esses recursos continuarem caindo. A situação é extremamente preocupante”, afirmou.

A Famup destacou ainda a dificuldade dos municípios em garantir atendimentos na área da saúde sem o apoio devido por parte do Governo Federal. De acordo com George Coelho, as verbas que chegaram ao Estado da Paraíba para serem distribuídas entre as administrações municipais foram mínimas. Ele questionou o fato de cidades pequenas receberem valores insignificantes como Várzea (R$ 28,04), Maturéia (R$ 49,15), Sobrado (R$ 67,82) e Junco do Seridó (R$ 85,49).

“Não existe a menor possibilidade dos prefeitos adotarem as ações necessárias para combater o coronavírus e ainda manter os demais serviços públicos em funcionamento sem uma ajuda concreta do Governo Federal. Os municípios já vinham penalizados com as quedas nos repasses do FPM e agora ainda têm que enfrentar toda essa problemática causada pela pandemia. Tenho muito receio do que possa acontecer com as administrações municipais que podem entrar em colapso”, afirmou o presidente da Famup.

Calamidade – O presidente George Coelho também defendeu a importância dos decretos de calamidade apresentados pelos prefeitos enquanto durar a pandemia causada pelo coronavírus. “Muitas pessoas que precisaram comprar máscaras ou álcool em gel puderam observar os valores como estavam elevados, fora da normalidade. Então, não é diferente para as prefeituras que também precisam adquirir esses insumos só que em maior quantidade e com valores fora da realidade. Por isso, os decretos de calamidade são essenciais nesse momento”, afirmou.

Procon-JP já fechou 35 estabelecimentos e alerta sobre locais que podem funcionar

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O consumidor deve ficar atento para os locais que estão liberados para abrirem durante as medidas protetivas em virtude do combate à disseminação do novo coronavírus, de acordo com o Decreto Estadual 40.141/2020, que prevê a suspensão de alguns serviços. A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) está fiscalizando os locais que não devem abrir nesse período e já autuou e fechou 35 estabelecimentos, seguindo as denúncias dos próprios consumidores, por meio das redes sociais e telefones disponibilizados pelo Procon-JP.

Não estão inclusos nas suspensões das atividades estabelecimentos como supermercados e similares, padarias, pet shop, farmácias, clínicas (inclusive veterinárias), bancos, lotéricas, casas de material de construção e oficinas de veículos (para consertos básicos e urgentes).

De acordo com a secretária do Procon-JP, Maristela Viana, a fiscalização do Procon-JP está visitando locais como salão de beleza, lojas de roupas, de aluguel de veículos, lava jatos, lanchonetes e restaurantes (que estavam abertos ao público) e tem feito o fechamento desses locais, inclusive orientando sobre a necessidade das medidas de proteção de combate ao novo coronavírus.

Conscientização – Ela complementa que “não está sendo um trabalho fácil, principalmente em relação ao pequeno comércio na periferia de João Pessoa, porque se trata da sobrevivência financeira das pessoas. Porém, elas têm que entender o risco que estão correndo, além de colocar em perigo outras pessoas. Temos conversado bastante com esse pessoal, mas exigimos o cumprimento imediato da legislação, e só saímos desses locais quando estão fechados”.

Restaurantes e lanchonetes – Maristela Viana explica que o Decreto 40.141/2020 não afeta o funcionamento dos restaurantes e lanchonetes, desde que seja para a comercialização exclusiva de entregas em domicílio (delivery), seja através e aplicativos da internet ou como pontos de coleta pelos próprios clientes (takeaway). 

Bancos e lotéricas – Desde o dia 27 de março, os bancos estão liberados para atendimento presencial, exclusivamente para atividades que não possam ser realizadas nos caixas eletrônicos e canais de atendimento remoto, bem como para prestar auxílio aos aposentados, pensionistas e beneficiários do Bolsa Família. “As casas lotéricas também voltaram a funcionar desde o último dia 27, priorizando o atendimento para os pagamentos dos beneficiários do Bolsa Família e, agora, dos que têm direito ao abono emergencial do Governo Federal”, informou a secretária.

Material de construção – As casas de material de construção também voltaram funcionar só que, exclusivamente, para a aquisição de produtos necessários à realização de serviços urgentes, por meio de entrega em domicílio e/ou como ponto de retirada de mercadorias, vedando-se a aglomeração de pessoas. “Sempre lembrando que é importante todas as medidas de proteção por parte do consumidor, bem como é proibida a aglomeração, seja em que circunstância for”, orienta Maristela Viana.

Atendimentos do Procon-JP

Telefones: 83 3218-5720 e 0800 083 2015

Site: proconjp.pb.gov.br

Email: procon@joãopessoa.pb.gov.br

João Azevêdo anuncia locação de prédio em Campina Grande para funcionar hospital e determina ampliação de leitos de UTIs e de enfermaria em Patos

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O governador João Azevêdo anunciou, nesta segunda-feira (13), durante o programa ‘Fala, governador’, transmitido em cadeia estadual pela Rádio Tabajara, o aluguel da antiga Casa de Saúde Francisco Brasileiro, em Campina Grande, onde funcionará o novo Hospital de Clínicas do Estado da Paraíba, que atenderá, inicialmente, pacientes com a Covid-19. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual também informou que determinou à Secretaria de Estado da Saúde (SES), a ampliação de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e de enfermaria no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, no município de Patos, no Sertão da Paraíba, para atendimento dos casos de coronavírus na região.

De acordo com o governador João Azevêdo, o novo Hospital de Clínicas do Estado da Paraíba irá oferecer 10 leitos de UTI e 110 leitos de enfermaria. “Assinamos o contrato hoje e estamos autorizando a licitação para a recuperação daquela grande estrutura. Eu espero que brevemente, após passarmos por esse momento,  possamos transformar essa unidade de Saúde em uma maternidade para a região de Campina Grande, que é carente desse atendimento”, pontuou.

Já no hospital Janduhy Carneiro, em Patos, serão instalados novos 20 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria. “Esses espaços serão dotados de monitores, bombas de infusão e respiradores, ou seja, o Estado está tomando todas as providências no que lhe cabe para prestar um bom serviço à população”, falou.

Na ocasião, ele ainda destacou que os reparos no antigo Hospital Santa Paula, em João Pessoa, locado pelo Governo do Estado para atender casos de Covid-19, deverão ser concluídos em 30 dias. A unidade hospitalar terá a capacidade de oferecer 130 leitos de enfermaria e 20 leitos de UTI.

Novo prédio do Lacen – Durante o programa ‘Fala, governador’, João Azevêdo também anunciou que o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) passará a funcionar na Avenida Camilo de Holanda, em João Pessoa, assegurando um local adequado para o trabalho dos servidores.

“Esta semana, vamos fazer pequenos trabalhos de adaptação para que o Lacen tenha uma sede que ofereça dignidade para os funcionários que conseguiram em um tempo extraordinário zerar a fila das análises das amostras viáveis para o coronavírus, ou seja, a partir de agora, teremos uma demanda atualizada, permitindo que a cada dia sejam feitos os testes das coletas do dia anterior. Além da capacidade de analisar 100 exames por dia no Lacen, a parceria com a UFPB nos dará uma capacidade de fazer 240 exames diariamente para que a gente possa detectar possíveis casos e oferecer o suporte que a população espera”, finalizou.