Condenado a mais de 22 anos de prisão por estupro de vulnerável contra duas vítimas, o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima está recolhido no presídio do Valentina, em João Pessoa. Ele divide cela com outro preso e, segundo a defesa, apresenta estado emocional abalado, sem se alimentar bem e sob acompanhamento psicológico.

A decisão que resultou na prisão foi proferida pela 4ª Vara Criminal da Capital, que também determinou que Fernando pague R$ 100 mil a cada uma das duas vítimas, totalizando R$ 200 mil em indenização por danos morais. A Justiça considerou, entre outros fatores, a gravidade extrema dos fatos, a vulnerabilidade das vítimas e a capacidade financeira do réu.

De acordo com o advogado de defesa, Lucas Mendes, ainda há a possibilidade de recurso.

“Nós ainda estamos analisando e amadurecendo a questão do recurso contra essa sentença. O prazo finda na próxima semana, quando vamos interpor. Buscaremos as absolvições”, afirmou.

Uma das vítimas do médico, Gabriela Vilar Viana, que também é sobrinha dele, mostrou alívio com a condenação, mas destacou a importância de que a pena seja cumprida de forma efetiva.

“A condenação nos dá força e conforto em saber que a Justiça está acontecendo. Agora é continuar em alerta para que essa condenação não seja revogada e transferida para domiciliar, porque o único lugar que um pedófilo não tem contato com criança é estando preso dentro de uma cela”, disse.

Em relação a outras duas vítimas mencionadas no processo, o réu foi absolvido por falta de provas suficientes. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ainda avalia se vai recorrer dessas absolvições.

O projeto das Sereias da Penha foi reconhecido oficialmente como patrimônio cultural imaterial de João Pessoa. A lei foi sancionada pelo prefeito Cícero Lucena e publicada no Diário Oficial. As Sereias da Penha são um grupo de mulheres marisqueiras que, por meio da cultura popular, preservam e difundem as tradições da pesca artesanal e da comunidade da Penha.

O reconhecimento previsto na lei inclui a inserção das artesãs no inventário municipal de bens culturais imateriais, garantindo-lhes proteção e fomento conforme as diretrizes da Política Municipal de Cultura.

De acordo com a lei, o Poder Executivo Municipal, por meio dos órgãos competentes, poderá adotar medidas para apoiar, proteger e valorizar as Sereias da Penha, promovendo ações de divulgação, registro histórico e incentivo à manutenção de suas atividades culturais.

“Essa lei representa o reconhecimento da nossa história, do nosso trabalho e da nossa cultura. Ser consideradas patrimônio imaterial é mostrar que aquilo que fazemos com as mãos, com o coração e com a força da comunidade tem valor e merece ser preservado. É uma vitória para todas nós mulheres que transformamos escamas de peixe em arte e sustento”, celebrou a presidente da Associação de Artesãs Sereias da Penha, Aline Gouveia.

Artesanato é a expressão cultural de um povo e as Sereias da Penha revelam a força do artesanato paraibano. São pelas mãos de suas artesãs, que vivem na Praia da Penha, na capital paraibana, que são criados artigos de decoração, roupas, arranjos, colares, brincos e uma variedade de produtos através da escama e do couro de peixe, que já ganharam o mundo.

“As Sereias da Penha representam a força, a criatividade e a resistência das mulheres da comunidade, e transformar escamas de peixe em biojoias é mais do que arte: é identidade e sustentabilidade”, completou Aline Gouveia.

Serviço – As Sereias da Penha têm a sede localizada em um anexo do Restaurante Muxima, na Praia da Penha. Os trabalhos do grupo também estão disponíveis em um trailer na Central de Atendimento ao Turista em Tambaú (CAT Tambaú). Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone: (83) 99626-0960 ou pelo Instagram do grupo de artesãs: @sereiasdapenha.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15) uma nova operação na Paraíba. Denominada de ‘Operação Mauna’, ela pretende é combater os crimes de pornografia infantojuvenil praticada pela internet e abuso sexual infantil no município de Monteiro, Cariri do estado.

Hoje, segundo a PF, foi dado cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Regional das Garantias de Campina Grande.

Durante as investigações, levantaram-se indícios de que o investigado tenha adquirido, armazenado e compartilhado arquivos de vídeo contendo cenas de pornografia infantojuvenil e zoofilia, além de elementos, indicando que possa ter produzido alguns destes conteúdos.

O investigado tem passagens por tráfico de drogas, entrega de direção de veículo automotor a adolescente não habilitado, fornecimento de bebida alcoólica a criança ou adolescente, porte de drogas para consumo pessoal e crime eleitoral.

Nome da operação

A operação foi batizada de Mauna, uma palavra sânscrita que significa “silêncio”, e faz alusão ao vulcão Mauna Kea, localizado no Havaí, que é uma montanha cuja maior parte fica oculta embaixo d’água, submersa, fazendo referência às ações comuns dos criminosos, que agem sempre de forma encoberta e camuflada.

promover a transferência assistida de pacientes paraibanos que estão em outros estados e necessitam retornar para o seu estado ou sua cidade de origem é um dos objetivos do Grupo de Resgate Aeromédico Estadual (Grame). No último sábado (12), uma das aeronaves do serviço transportou um paciente paraibano, de 14 anos, da Santa Casa da Misericórdia, no Rio de Janeiro, para o Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa.

Ele foi vítima de um grave acidente, no último dia 1º de julho, no estado do Rio de Janeiro, quando vinha com o pai num veículo cegonha que pegou fogo ao colidir com outro caminhão. O pai morreu no local do acidente e ele ficou com mais de 50% do corpo queimado.

Natural da cidade de Monteiro, ele já foi submetido cinco vezes a desbridamento (remoção de tecido morto ou danificado de uma ferida para promover a cicatrização), e, no momento, encontra-se consciente, orientado, respirando sem problemas e sem sinais infecciosos nas áreas dos curativos.

De acordo com o médico e coordenador do Grame, Elvio Lievert, o trabalho contou com o apoio do helicóptero da Secretaria de Saúde do Rio. “A aeronave carioca fez o transporte do paciente da unidade hospitalar até o Aeroporto Santos Dumont, onde o nosso helicóptero já aguardava para fazer o translado para a capital paraibana. A viagem foi muito tranquila e segura, pois os nossos aviões são totalmente equipados e preparados para o transporte seguro e eficiente de pacientes em situações de emergência, contando com equipe multidisciplinar de médico, enfermeiro e fisioterapeuta.”, informou.

Para o secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, essa é mais uma ação que contribui para o fortalecimento do SUS e a regionalização da saúde. “São ações como essa que, cada vez mais, garantem à população um atendimento com mais agilidade, qualidade e dignidade. Graças a esse serviço, o paciente é transportado de forma bastante segura e o que é melhor, pode se recuperar perto da família”, enfatizou.

Com essa transferência, já são 56 no primeiro semestre de 2025 e 251 desde que o serviço existe – iniciado em 2021. O trabalho do Grame é realizado de forma conjunta pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Sesds). 

As aeronaves do Grame são acionadas nos casos de atendimento às pessoas com infarto agudo do miocárdio, trauma cranioencefálico, acidente vascular cerebral, bloqueio átrio ventricular e recém-nascidos com insuficiência respiratória grave ou cardiopatia ou qualquer outra condição que o paciente, apesar de grave, tenha o quadro estabilizado e seu transporte aéreo seja indicado. A regulação do serviço é realizada por meio do Complexo Regulador Estadual, e o uso do transporte aéreo vai depender da gravidade e da estabilidade do paciente.