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Câmara de Vereadores de João Pessoa discute exploração sexual e digital de crianças e adolescentes

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Audiência pública foi proposta pela vereadora Eliza Virgínia (PP)

 

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) discutiu, na manhã desta quarta-feira (10), o tema ‘Abuso e exploração sexual e digital de crianças e adolescentes’, com enfoque nas políticas públicas existentes, seus desafios e propostas de fortalecimento da rede de proteção infantojuvenil. A discussão foi proposta no âmbito da Comissão de Políticas Públicas (CPP), por solicitação da vereadora Eliza Virgínia (PP).

O debate contou com a participação do vereador Wamberto Ulysses (Republicanos), que secretariou os trabalhos, e Marcos Henriques (PT), presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente da Casa, além de autoridades, especialistas, representantes da sociedade civil organizada e órgãos de defesa da criança e do adolescente.

“Faz um tempo que não fazemos uma audiência com esse tema. Fazemos parte da Rede de Defesa da Criança e do Adolescente e é apaixonante estar nesta luta, de um tema tão importante”, refletiu Eliza Virgínia. Na ocasião, foi exibido um vídeo com imagens do influenciador Felca explicando os problemas causados pela adultização das crianças. De acordo com a vereadora, a adultização seria só uma nova forma de se referir à exploração sexual desses jovens.

Eliza também destacou que existem diversas leis aprovadas na CMJP sobre o assunto. “Temos lei, o problema é que as leis não são cumpridas. Esse é um dos grandes problemas do nosso país”, arguiu. A vereadora ainda exibiu outro vídeo, no qual solicita, em maio, a investigação sobre o influenciador Ítalo Santos por exploração sexual de jovens que conviviam com ele. A vereadora também revelou que foi assediada para desistir das denúncias, e que protocolou um projeto de lei, enquanto esteve como deputada federal, alterando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para evitar a erotização de jovens com menos de 14 anos em obras artísticas. “Que essa audiência avalie todas as questões sobre o tema e que haja encaminhamentos sobre o que devemos fazer para encontrar medidas concretas de prevenção, enfrentamento e acolhimento das vítimas”, justificou.

Presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente da CMJP, o vereador Marcos Henriques apresentou as seguintes sugestões: ampliar a arrecadação do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente; fortalecer os conselhos tutelares; consolidar a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente; e aprovar o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 413/2025, de sua autoria, que dispõe sobre a proibição de práticas de adultização e sexualização precoce de crianças e adolescentes nos meios digitais. Sobre o PLO, ele defendeu: “A adultização não é uma simples escolha cultural e estética, é uma violação de direitos humanos. As informações que crianças e adolescentes recebem precocemente criam uma geração totalmente desconectada da necessidade que eles têm para procederem de acordo com a sua idade”.

O vereador Wamberto Ulysses reconheceu que o avanço da tecnologia tem os seus benefícios, mas que trouxe também riscos e medo para as famílias. Nesse sentido, ele mencionou a apresentação do PLO 465/2025, de sua autoria, instituindo a campanha permanente de combate à cultura dos desafios online perigosos, voltada à proteção da integridade física e mental de crianças e adolescentes. “Criamos essa semana de combate à exposição excessiva e adultização pensando em algo permanente, para que a conscientização não aconteça apenas quando outros crimes aparecerem na televisão”, defendeu.

Conscientização

A promotora de Justiça da Infância e Juventude da área infracional, Ivete Arruda, afirmou que a adultização extirpa uma etapa da vida das crianças e que é fruto da evolução da normalização da pornografia durante os tempos. Segundo a promotora, a conscientização precisa vir do seio familiar.  “Enxergamos que a gente precisa de conscientização da base. O que está podre é a raiz. A gente precisa cuidar da família, conscientizar os pais. Lanço para vocês essa bandeira: vamos tratar da família, vamos cuidar da raiz, entrar nessas casas, fazer estudo de caso, saber onde está a ferida. A gente precisa tratar a ferida para poder colocar o mercúrio. Essa é a ideia da 36ª promotoria, trabalhar juntos, dar as mãos às famílias”, declarou.

 

A promotora Soraya Escorel parabenizou pelo momento extremamente rico sobre uma discussão que já acontece há muitos anos. “Estou há mais de 30 anos lutando contra essa situação de exploração de crianças e adolescentes. Precisamos nos irmanar e dar as mãos com todos que querem lutar juntos. A gente precisa ser popular e estar perto do povo, porque uma denúncia só chega se dermos abertura para isso. Temos que ser incansáveis ao tratar de abuso de crianças e adolescentes. Hoje, mais do que nunca, com o avanço das redes sociais. Muitas pessoas ainda não entendem que as danças podem ser um ato abominável e repugnante. Não podemos nos conformar”, asseverou.

Soraya Escorel chamou atenção para o uso indevido de imagens. “Não pode haver o uso indevido de imagens de crianças e adolescentes, pois compromete sua vida. É preciso autorização expressa dos pais ou responsáveis para o uso de imagem, que é considerada patrimônio indisponível. É um bem que não pode ser negociado ou abandonado sem proteção”, explicou.

De acordo com ela, com o avanço das redes sociais os adolescentes estão cada vez mais expostos aos riscos e ameaças, que “deixam marcas profundas”. Ela também explicou que a violência pode ser perpetrada por assédio, compartilhamento de imagem sem consentimento e exploração sexual. “Atenção por parte dos responsáveis, educadores e da sociedade como um todo. Devemos cobrar responsabilidade efetiva no âmbito civil e criminal. Temos que debater sobre o uso da imagem e buscar mais políticas públicas voltadas a esse tema, para os pais compreenderem melhor a situação. Temos que explicar, fazer entender, para depois punir”, arguiu.

Medidas de Prevenção

O conselheiro tutelar da Região Sul de João Pessoa Piragibe Lucena destacou que o abuso sexual não escolhe classe social, região, nem religião e, muitas vezes, acontece dentro do próprio lar, o que, segundo ele, aumenta o sofrimento e dificulta a denúncia. “Hoje, tratamos de um tema que exige coragem, sensibilidade e compromisso coletivo. O abuso sexual infantil é uma grave violação de direitos humanos que atinge nossas crianças e adolescentes, comprometendo não apenas sua saúde física e emocional, mas também seu desenvolvimento e seu futuro. Essa violência muitas vezes é praticada por pessoas próximas e que deveriam proteger, o que leva a ser mais doloroso e faz com que, na maioria dos casos, as vítimas permanecem em silêncio, seja pelo medo, vergonha ou falta de apoio”, ressaltou.

Ele ainda enfatizou que é fundamental compreender que nenhuma criança é culpada pela violência que sofre, sendo a responsabilidade sempre do agressor. “Cabe a nós, como sociedade, criar mecanismos para romper o ciclo do silêncio e da impunidade. O ECA garante o direito ao respeito e à dignidade, e todos precisamos investir na prevenção, na formação e no acolhimento necessário, além de educar nossas crianças para que conheçam seus limites. Temos que estar atentos aos sinais de violência e capacitar os profissionais que lidam diretamente com o público infantil para agir diante de suspeitas”, sugeriu.

O defensor público José Gerardo Rodrigues Júnior parabenizou a iniciativa do debate e defendeu medidas para prevenir a exploração de crianças e adolescentes. “As crianças precisam estar empoderadas da educação de que nenhum adulto pode tocar em determinada parte do seu corpo, porque é uma violência. Essa é uma medida importante, dar esse conhecimento, dar educação para a prevenção contra a violência sexual. Outra medida importante seria a regulamentação de não monetizar vídeos com crianças e adolescentes. Todos esses vídeos de adultização e sexualização de crianças e adolescentes visam dinheiro e lucro. As redes sociais, quando monetizam esse tipo de conteúdo, tanto elas estão lucrando com a exploração e sexualização de crianças e adolescentes, quanto esse terceiro interessado. Cortando a monetização, vai cortar o interesse de muitas pessoas. O fortalecimento do conselho tutelar também é importantíssimo”, elencou o defensor.

 

Shershys, diretora da escola Evo, reforçou a importância de pautar o tema através do diálogo, compreendendo também o papel de cada instituição para tomar providências quando necessário. “Nós temos o projeto ‘Bússola’, em que nossas professoras trabalham através de cartilhas, com linguagem adaptada, para que as crianças entendam onde podem ou não tocar, quem pode e até que ponto. É através do que fazemos na escola, que nós não só nos protegemos, com também as nossas crianças e as famílias”, mencionou.

Sobre saúde mental, Renato Lucena destacou que é algo que precisa ser priorizado para as vítimas de abuso sexual: “A gente não tem para onde encaminhar, não tem espaço especializado. É uma ferida que a nossa cidade tem”. Ele ressaltou que os direitos da criança devem ser aplicados ao meio digital: “É urgente investir em políticas públicas de prevenção com campanhas educativas voltadas para escolas, famílias e comunidade. Se estamos no meio digital, precisamos também agir no digital. Precisamos estar vigilantes em todo o tempo”.

A conselheira tutelar Thaisy Cardosoressaltou a necessidade de sedeixar as famílias cientes sobre a legislação e sobre os elementos da cultura que são propícios a perpetrar abusos, tais como os movimentos do funk e do rap, que muitas vezes objetivam o corpo feminino. “É difícil fazer, pois dizem que estamos estereotipando as pessoas e as falas da periferia. Precisamos tentar, enquanto conselho tutelar, trabalhar com palestras para empoderar os adolescentes, de modo que eles possam se tornar multiplicadores. Temos que levar essas pautas para as comunidades, para serem replicadas entre os adolescentes, sobre a legislação voltada aos seus direitos”, ensejou.

Kátia Costa, da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, destacou a necessidade do trabalho de forma preventiva e educativa, com a realização de campanhas sobre formas de denúncias e leis a respeito. “Caberia fazermos, na semana de conscientização proposta pelo vereador Wamberto, material impresso dos disques, como o 100, do conselho tutelar, e uma força-tarefa. Uma semana de conscientização e cultura de que criança é criança, tem que brincar, tem que ir para a escola, e de todas as leis sobre isso. Inserir igrejas, que são locais de escuta amorosa e cuidadosa. Uma campanha compartilhada, que não pode ser vista apenas pelo viés legislativo. Que a gente possa instrumentalizar outros agentes no sentido de ter um enfrentamento eficiente contra essa erotização”, sugeriu.

A representante do Fórum da Infância e Núcleo da Infância da Defensoria Pública, Elza Régis, destacou que a Defensoria Pública tem a missão institucional de proteger as crianças e os adolescentes, com participação dos pais, e revelou que, em relação à saúde mental, o Núcleo tem psicólogos e assistentes sociais para apoiar as famílias em situações de abuso. “É preciso que as crianças e os adolescentes sejam orientados sobre a distinção do toque carinhoso, do toque afetivo e do toque abusivo, sobre o que pode ser tocado ou visto no seu corpo, pois é conhecendo que eles podem tentar falar e denunciar eventual violência sexual. As famílias também precisam ser orientadas. Precisamos, nós profissionais, efetivar essa orientação. Os pais devem ficar atentos aos amigos virtuais dessas crianças. É muito importante essa proteção dos pais sobre seus filhos, os deixando à vontade para falar o que sentem. Além disso, a educação sexual é eficaz na prevenção da violência sexual”, explicou.

A gestora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Roberto Vieira, Dayse Fischer, destacou que na unidade de ensino há preocupação com a segurança das crianças, com campanhas contra abuso e formação dos professores, e que há uma estratégia para ajudar as crianças vulneráveis. Segundo a educadora, há muita demanda por ajuda e é preciso ampliar o atendimento. “Quando o ato do abuso acontece com alguma criança, os pais nos perguntam onde procurar ajuda. E, às vezes, está tão sobrecarregado que fica na morosidade de atendimento. Nós, enquanto educadores, enquanto segunda família da criança, temos que ajudar o máximo possível. Ressalto o encaminhamento no reforço na rede de especialistas, o disque 100 precisa estar mais evidente em escolas, Cmeis e unidades de saúde, que são os lugares onde temos as escutas”, sugeriu.

 

 

Secom CMJP

Prefeitura de João Pessoa inicia recapeamento asfáltico em 43 vias do Centro

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A Prefeitura de João Pessoa segue avançando com o programa ‘Asfalto Novo’, que está recuperando a malha viária em todas as regiões da cidade. Nesta terça-feira (9), a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) iniciou o recapeamento asfáltico nas principais ruas e avenidas do Centro da Capital, em um pacote que abrange 43 vias.

Segundo o secretário executivo de Infraestrutura, Luciano Pereira, as ações serão conduzidas apenas nas ruas que já têm asfalto, preservando assim o aspecto histórico das vias em paralelepípedos do Centro. Ele destacou ainda que serão investidos R$ 23 milhões, totalizando 27 quilômetros de asfalto novo.

“O prefeito Cícero Lucena solicitou a Seinfra que desse uma atenção especial na pavimentação de todo o Centro, assim como a gente vem fazendo na recuperação de vários prédios. O asfalto do Centro é muito antigo e está bastante degradado. Agora vamos fazer uma renovação completa, como forma de melhorar o fluxo de trânsito e de dar mais conforto aos usuários daquelas vias”, explicou Luciano Pereira.

O pontapé inicial foi dado na Avenida Dom Pedro II, importante via que liga o Centro à Zona Sul da cidade. Neste primeiro momento, está sendo realizada a fresagem, que é um processo mecânico a frio realizado por máquinas fresadoras que removem uma ou mais camadas de pavimento asfáltico defeituoso.

De acordo com o chefe da Unidade Executora de Manutenção da Seinfra, Otto Araújo, os serviços serão conduzidos sobretudo no turno da noite para prejudicar o andamento do trânsito na região central.

Balanço positivo – O Programa ‘Asfalto Novo’ já realizou intervenções em todas as regiões da cidade com recapeamento asfáltico de 259 vias, o que representa mais de 128 quilômetros de asfalto. O investimento ultrapassa R$ 90 milhões.

Cidade conectada – A população pode solicitar o recapeamento de sua via através do aplicativo ‘João Pessoa na Palma da Mão’. Além disso, outros serviços, como terraplanagem, manutenção de iluminação pública e Operação Tapa-Buraco, também estão disponíveis.

Confira as vias do Centro que vão receber melhorias através do Programa ‘Asfalto Novo’:

Avenida Miguel Couto
Rua Padre Azevedo
Rua Padre Meira
Rua Guedes Pereira
Rua Desembargador Souto Maior
Rua Diogo Velho
Avenida Camilo de Holanda
Avenida Dom Pedro II
Avenida General Osório
Rua Duque de Caxias
Praça Dom Adauto
Rua 13 de Maio
Avenida Visconde de Pelotas/Praça 1817
Avenida Princesa Isabel
Avenida Tabajaras
Avenida Dom Pedro I
Avenida Parque Solon de Lucena
Rua Prof. Alice Azevedo
Rua Machado de Assis
Rua Vigário Sarlen/Praça Dom Ulrico
Praça João Pessoa
Rua das Trincheiras
Rua Desembargador José Peregrino
Rua Conselheiro Henriques
Avenida Almirante Barroso
Avenida Beaurepaire Rohan
Rua Rodrigues de Aquino
Rua Índio Piragibe
Rua Artur Aquiles
Rua da República
Rua Irineu Pinto
Rua José Lucas Carvalho
Avenida Duarte da Silveira
Avenida Marechal Deodoro da Fonseca
Rua Peregrino de Carvalho
Avenida Maximiano Figueiredo
Avenida Corálio Soares de Oliveira
Avenida Com. Bento da Gama
Avenida Francisca Moura
Avenida João Machado
Rua Rodrigues de Carvalho
Rua Marechal Almeida Barreto
Praça Venâncio Neiva.

Excesso de contratações temporárias leva TCE/PB a reprovar contas de Prefeitura Paraibana

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O não cumprimento do índice constitucional mínimo de investimentos em educação, o excesso de contratações temporárias e o não recolhimento de contribuições previdenciárias levaram à reprovação das contas da prefeita de Juru, Solange Maria Felix Barbosa. Trata-se da primeira prestação de contas do exercício de 2024 apreciada pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) neste ano.

 

O relator do processo foi o conselheiro substituto Renato Sérgio Santiago Melo, que, em voto aprovado por unanimidade, sugeriu a aplicação de multa no valor de R$ 4 mil, a ser recolhida no prazo de 60 dias.

 

Sob a presidência do conselheiro Fábio Nogueira, o Pleno do TCE analisou uma pauta com 18 processos, entre prestações de contas e recursos. Foram aprovadas as contas das prefeituras de Bonito de Santa Fé, Areia de Baraúnas, Joca Claudino, Cajazeirinhas, Monteiro, Santa Terezinha e Imaculada, todas referentes ao exercício de 2023, além das contas de Pedras de Fogo (2021). As contas da Assembleia Legislativa da Paraíba, relativas a 2023 e sob a presidência do deputado Adriano Galdino, também foram julgadas regulares.

 

No julgamento das contas de Juru (processo TC 02139/25), o relator destacou que o município aplicou apenas 23,77% dos recursos em educação, abaixo do mínimo constitucional de 25%, mesmo após a inclusão de novos gastos apresentados pela defesa. “É uma irregularidade que enseja a reprovação”, reforçou o conselheiro.

 

Outro fator determinante para a reprovação foi o elevado número de contratações temporárias, que ultrapassou os 30% previstos na Resolução TC nº 04/2024. De acordo com o relatório, ao final de 2024, o município contava com 185 servidores contratados precariamente, o equivalente a 64,91% em relação aos efetivos, descumprindo a norma, apesar dos alertas do Tribunal.

 

O Não recolhimento da contribuição previdenciária patronal ao Regime Próprio de Previdência Social, no valor de R$ 1.313.139,19, foi outra irregularidade apontada pela Auditoria e que tem sido motivo de preocupação, observou o conselheiro, ao alertar que o agravamento dessa situação poderá comprometer as aposentadorias futuras no município, sabendo-se que os recursos são pagos pelos próprios servidores por meio de descontos nos contracheques.

 

Em sua defesa, o advogado Paulo Ítalo de Oliveira alegou que as contratações temporárias se deram com base na Lei Municipal nº 495/2013, em razão de necessidades urgentes e de excepcional interesse público. Acrescentou que a RN-TC nº 04/2024 somente entrou em vigor, com nova redação dada pela RN-TC nº 09/2024, em outubro de 2024. Defendeu, ainda, que a Prefeitura já teria iniciado medidas de adequação no exercício de 2025, reduzindo o percentual de temporários para 21%. Cabe recurso.

 

Recursos – Por maioria, o Pleno ainda negou provimento ao recurso interposto pelo ex-secretário de Educação do Estado, Aléssio Trindade de Barros, contra decisão da Corte, que aplicou multa ao gestor, quando da análise de processo licitatório. O gestor buscava afastar a multa imputada. (Proc. nº 12671/19). O recurso de Apelação, impetrado pelo ex-prefeito de Nova Olinda, Diogo Richelli Rosas (proc. nº 03485/23), foi provido parcialmente, em conformidade com o voto do relator, conselheiro André Carlo Torres Pontes. A Corte decidiu conhecer o recurso, no entanto, o declarou prejudicado sem julgamento do mérito.

Voto de Aplausos – O Pleno do Tribunal de Contas do Estado aprovou, à unanimidade, “Voto de Aplausos” ao promotor Leonardo Quintans, pela sua posse no cargo de Procurador-Geral de Justiça do Estado. A propositura foi feita pelo conselheiro presidente, Fábio Nogueira, ao destacar a prestigiada solenidade de posse do novo chefe do Ministério Público. Também proposto pelo presidente, a Corte aprovou os aplausos para o conselheiro aposentado do TCE-BA, Fernando Vita “Depois de honrar o TCM com probidade e zelo de seu ofício, brinda-nos agora com uma obra de espírito, na qual o episódio sombrio do Golpe de 1964 é revisto sob o prisma da ironia e do humor, disse Nogueira.

 

Composição – O Tribunal de Contas realizou sua 2510ª sessão ordinária remota e presencial, sob a presidência do conselheiro Fábio Nogueira. Na composição do quórum estiveram presentes os conselheiros Arnóbio Alves Viana, Fernando Rodrigues Catão, Nominando Diniz Filho, André Carlo Torres Pontes (que assumiu a presidência na ausência justificada do presidente), Antônio Gomes Vieira Filho e Alanna Camilla Santos Galdino Vieira. Também o conselheiro Renato Sérgio Santiago Melo. O Ministério Público de Contas esteve representado pelo procurador geral Marcílio Toscano da Franca.

CPI dos combustíveis solicita apoio do Ministério Público nas investigações

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para apurar e investigar possíveis práticas de cartel entre os postos de combustíveis de João Pessoa solicitou apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB) nas investigações. Na manhã desta quarta-feira (10), o presidente da CPI dos Combustíveis, vereador Raoni Mendes (DC), protocolou ofício endereçado ao procurador-geral de Justiça, Leonardo Quintans, pedindo o compartilhamento de documentos.

“O primeiro ato da presidência da CPI é pedir, formalmente, o apoio do Ministério Público. Nosso objetivo é investigar a fundo possíveis práticas de cartel entre os postos de combustíveis e outras condutas anticompetitivas que afetem o mercado e, consequentemente, os consumidores locais”, anunciou Raoni Mendes.

De acordo com o ofício protocolado, a complexidade dos fatos a serem apurados no setor de combustíveis requer uma investigação aprofundada, com análise de dados técnicos e econômicos. “Reconhecemos a vasta expertise e os recursos investigativos que o Ministério Público da Paraíba possui, especialmente em inquéritos e procedimentos relacionados a temas de defesa do consumidor, ordem econômica e probidade administrativa. Nesse contexto, solicitamos formalmente o compartilhamento de informações e documentos produzidos ou em tramitação junto ao Ministério Público da Paraíba, bem como a valiosa colaboração de todas as promotorias relacionadas à matéria, a exemplo da Promotoria de Defesa do Consumidor”, diz o texto.

O documento destaca ainda que “a sinergia entre as instituições é crucial para evitar a duplicidade de esforços, otimizar a aplicação de recursos públicos e garantir a máxima efetividade na apuração dos fatos”. “O objetivo comum é assegurar a regularidade e a transparência do mercado de combustíveis, protegendo os cidadãos de João Pessoa contra eventuais abusos e ilegalidades. A atuação conjunta fortalecerá o sistema de controle e responsabilização”, conclui.

CPI dos Combustíveis

O anúncio da composição da CPI dos Combustíveis foi feito na última terça-feira (9), pelo presidente da Casa, Dinho Dowsley (PSD). A comissão tem o vereador Raoni Mendes (DC) como presidente; Tarcísio Jardim (PP) como relator; e como membros a vereadora Jailma Carvalho (PSB) e os vereadores Mikika Leitão (Republicanos), Fábio Carneiro (Solidariedade), Fábio Lopes (PL) e Guguinha Moov Jampa (PSD), propositor da CPI.

A CPI terá o prazo de 120 dias para a conclusão de seus trabalhos, que visam apurar investigar possíveis práticas de cartel entre os postos de combustíveis de João Pessoa, configurando afronta à legislação consumerista e possível violação da Lei 12.529/2011.

TCE-PB já contabiliza mais de 150 adesões de municípios ao Pacto Paraibano pela Primeira Infância

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O Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) já soma 153 prefeitos e prefeitas que formalizaram adesão ao Pacto Paraibano pela Primeira Infância, até esta quarta-feira (10). A iniciativa, criada na atual gestão do presidente da Corte, conselheiro Fábio Nogueira, tem como objetivo fortalecer políticas públicas voltadas para crianças de 0 a 6 anos.

No Portal da Primeira Infância, disponível no site do TCE-PB, gestores e a sociedade podem acessar Galeria de Fotos https://tce.pb.gov.br/portalprimeirainfancia/fotos/

Desde o lançamento do pacto, o Tribunal vem promovendo uma série de ações de apoio aos municípios e de sensibilização da sociedade sobre a importância da pauta. Entre as atividades realizadas, destacam-se cursos e capacitações técnicas voltados a prefeitos, secretários, vereadores, conselheiros tutelares e equipes intersetoriais. Foram oferecidos treinamentos sobre a inclusão da Primeira Infância na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), além de uma rodada de formações presenciais voltadas à elaboração do PPA e da LOA com foco nessa faixa etária.

Outro destaque foi o Encontro Paraibano pela Primeira Infância, realizado em 18 de agosto, em Campina Grande. O evento reuniu especialistas, gestores e representantes da sociedade civil para discutir desafios e soluções voltados à garantia dos direitos da criança. Na ocasião, o TCE-PB apresentou, de forma inédita, a Matriz de Achados da Auditoria Operacional em Políticas Públicas para a Primeira Infância, por meio de um Painel de Referência para validação.

Para o presidente Fábio Nogueira, o pacto representa um compromisso coletivo para que os municípios paraibanos incorporem, em seus planejamentos, metas e estratégias capazes de assegurar o desenvolvimento integral e saudável das crianças. Ele destacou que as adesões continuam abertas e que a expectativa é alcançar a totalidade dos 223 municípios paraibanos.

“O compromisso de todos os que apoiam o pacto, coordenado pelo TCE-PB, é fortalecer a governança, aprimorar a gestão de recursos e ampliar a qualidade dos serviços públicos. Além disso, buscamos fomentar o diálogo entre diferentes áreas da gestão municipal, estimulando uma atuação mais integrada e eficiente em benefício do desenvolvimento infantil”, afirmou.

Suicídio é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil, aponta OMS

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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que o suicídio e é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil.  Essa informação foi divulgada nesta quarta-feira (10), Gerência de Vigilância Epidemiológica (Viep), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa em  Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, 727 mil pessoas tiram a própria vida e há um número muito maior de pessoas que tentam. Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros, com consequências duradouras para as pessoas que ficam. O suicídio é um problema de saúde pública”, comenta a gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS, Danielle Melo.

Para o boletim, a Vigilância Epidemiológica considerou o período entre os anos de 2014 e 2024, uma série histórica com os índices de suicídio. Em João Pessoa, nesse intervalo de tempo, foram registradas 5.606 notificações de lesões autoprovocadas intencionalmente e 449 óbitos por suicídio. Ainda de acordo com o boletim da Viep, a mortalidade cresceu de forma mais intensa entre os homens (112,5%), embora o percentual de crescimento entre as mulheres tenha sido ainda maior, sendo 205,5%.

Apenas em 2024 foram mais de 680 notificações por violência autoprovocada e 48 óbitos por suicídio. Em 2025, entre os meses de janeiro e julho, 18 pessoas tiraram a própria vida e foram registradas mais de 630 notificações por violência autoprovocada. Segundo o Ministério da Saúde, a violência autoprovocada compreende ideação suicida, autoagressões, tentativas de suicídio. Já os óbitos por suicídio correspondem aos registros de óbitos cujas causas foram caracterizadas como lesão autoprovocada intencionalmente, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID10-3D), X-60 a X84.

“A tentativa anterior de suicídio é um importante fator de risco para suicídio, por isso é imprescindível conhecer o retrato epidemiológico não apenas das mortes por suicídio, mas também das ocorrências de tentativas em cada território, pois conhecendo e entendendo o perfil desses tentantes podemos desenvolver políticas públicas e assistenciais mais direcionadas para acolher essas pessoas que estão tão fragilizadas”, destaca Danielle Melo.

Para enfrentar o problema, o Brasil conta com o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis, que está em vigor desde 2021 e segue até 2030. O plano é nacional e tem como meta deter o crescimento da mortalidade por suicídios. Além disso, as tentativas de suicídio são de notificação compulsória, devendo ser comunicadas, em até 24 horas, por todos os serviços de saúde, públicos e privados.

Assistência – Para acolhimento e atendimento de pessoas com depressão, a SMS dispõe do Centro de Referência do Cuidado à Vida, que funciona na Policlínica Municipal de Jaguaribe e atende por demanda espontânea, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. No serviço, é possível receber atendimento multiprofissional com médico psiquiatra, psicólogo e assistente social, além de participar de grupos terapêuticos de enfrentamento à depressão.

Em casos de urgência e emergência psiquiátricas, como surtos psicóticos, tentativa de suicídio, ansiedade e depressão aguda, uso compulsivo ou abstinências de álcool e outras drogas, a SMS disponibiliza atendimento 24h no Pronto Atendimento de Saúde Mental (Pasm), localizado em prédio anexo ao Complexo Hospitalar de Mangabeira, que atende por demanda espontânea ou por meio de familiares, além de receber pacientes encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192). Para casos de crianças, a referência para atendimento é o Hospital Municipal do Valentina.

A Rede de Atenção Psicossocial de João Pessoa também é composta por quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que acolhem pessoas com transtornos mentais persistentes ou que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas.

“Os CAPS substituem a internação psiquiátrica, buscando a reinserção social através do tratamento. No local, os pacientes recebem acompanhamento médico, de enfermagem, assistência social e psicológica, além de participar de oficinas, grupos terapêuticos, atividades esportivas e culturais com a finalidade de integrá-los em um ambiente social e cultural junto às famílias. Os Centros de Atenção Psicossocial atendem por demanda espontânea ou encaminhamento das unidades de saúde da família ou outros dispositivos da rede”, explica a gerente do Departamento de Saúde Mental da SMS, Alessandra Gomes.

Desses quatro CAPS, dois oferecem cuidados para pessoas com sofrimento ou transtorno mental severo e persistente. São os CAPS Gutemberg Botelho e Caminhar. Já o CAPS Ad David Capistrano atende pessoas com sofrimento mental em decorrência do uso prejudicial de álcool e outras drogas. Enquanto o CAPS Infanto Juvenil Cirandar atende crianças e adolescentes, de 3 até 18 anos incompletos, que apresentem transtornos psicóticos, neuróticos ou sofrimento mental em decorrência do uso de álcool e outras drogas.

A Prefeitura de João Pessoa ainda possui uma Unidade de Acolhimento Infantil (UAI), três residências terapêuticas e leitos em hospitais gerais (adulto e pediátrico), além de serviços complementares em toda a Rede Municipal de Saúde. Atualmente, os serviços de saúde mental do Município atendem 5.730 pacientes.

Setembro Amarelo – Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza, em território nacional, o ‘Setembro Amarelo’ que, atualmente, é a maior campanha antiestigma do mundo e, este ano, o lema permanece sendo ‘Se precisar, peça ajuda!’.

“Cuidar da saúde mental é fundamental para manter uma vida saudável e equilibrada nos aspectos biopsicossociais. Nesse contexto, o Setembro Amarelo dá visibilidade a importância do cuidado de saúde mental, despertando reflexões na sociedade sobre o tema”, destaca a gerente do Departamento de Saúde Mental da SMS, Alessandra Gomes.

João Gonçalves afirma que Tibério não fala por João Azevêdo

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O deputado estadual João Gonçalves (PSB) saiu em defesa do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), após declarações do secretário de Administração da Paraíba e secretário-geral do PSB, Tibério Limeira.

Segundo Gonçalves, as críticas de Tibério estariam ligadas a uma insatisfação pessoal. “Tibério leva o ranço por não ter sido escolhido vice de Cícero. Ele brigou para ser e não conseguiu. Quando João [Azevêdo] quer falar, ele mesmo fala, não manda recado”, afirmou.

A reação ocorre depois de Tibério declarar que, sem as obras do governo estadual, João Pessoa não teria projetos estruturantes da gestão municipal. O secretário, que foi coordenador da campanha de reeleição de Cícero em 2024, hoje ocupa posição de destaque no governo estadual.

Operação desarticula rede de tráfico e comércio ilegal de armas no Cariri paraibano

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A Força Integrada de Combate à Criminalidade Organizada da Paraíba (FICCO/PB) deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Cariri Sentinela, contra o tráfico de drogas e a venda ilegal de armas em São João do Cariri e Monteiro.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Regional de Garantias de Campina Grande.

As investigações apontam que o grupo atuava no comércio de pasta base de cocaína, maconha e também na circulação de armamento pesado, incluindo a negociação de uma metralhadora calibre .30, considerada de alto poder destrutivo.

A operação busca desarticular a rede criminosa, identificar outros envolvidos, rastrear rotas de tráfico e apurar as fontes de financiamento.

A ação contou com a participação da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba e da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado.

Procons e CDL comemoram os 35 anos do Código de Defesa do Consumidor

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Os Procons de João Pessoa e da Paraíba, além da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) comemoram nesta quinta-feira, 11 de setembro, os 35 anos de promulgação da Lei Federal 8.078/1990, que criou o Código de Defesa do Consumidor (CDC), com a distribuição de exemplares da legislação aos estabelecimentos comerciais do Centro da Capital.

O Procon-JP também participa de Sessão Especial na Câmara de Vereadores de João Pessoa, a partir das 14h desta quinta-feira, pela passagem do aniversário do CDC. O secretário do Procon-JP, Junior Pires, informa que a propositura é do vereador Odon Bezerra, primeiro coordenador do Procon da Capital, na então gestão do prefeito Cícero Lucena. “A história do CDC e do Procon-JP estarão presentes nesta Sessão”.

Desde sua vigência, o Código mudou o perfil da relação de consumo e trouxe inovações que se tornaram essenciais para a defesa e a proteção dos direitos do consumidor, com os Procons de todo País se responsabilizando pela aplicação dos princípios previstos no CDC.

Junior Pires salienta que o aniversário do Código não pode ser esquecido e precisa ser comemorado com muita alegria porque é um marco positivo para a relação de consumo no que se refere aos direitos do consumidor.  “Os Procons da Capital, do Estado e a CDL se uniram nesta ação educativa como uma prova de que, além da aplicação da legislação, o diálogo com todos os envolvidos na relação de consumo é salutar’’.

Equiparação – Ele comenta que, como o consumidor é considerado o lado mais fraco da relação, tem, desde então, os seus direitos assegurados pelo Código. “A Lei Federal 8.078/1990 garante que haja equiparação na relação de consumo, protegendo o consumidor em seus direitos básicos”.

CDC é referência – O titular do Procon-JP salienta que a legislação brasileira de defesa do consumidor é uma das mais amplas e completa do mundo. “Nosso Código é uma referência para o mundo e é de fundamental importância para a sociedade como todo porque amplia e garante um equilíbrio maior entre as duas partes da relação”.

Ampliação – Junior Pires pontua que, mesmo 35 anos depois, o CDC continua atual e, quando alguma legislação é atualizada, o Código é ampliado, como ocorre constantemente com a expansão dos artigos que dão uma maior proteção aos superendividados através de dispositivos de prevenção, além de planos de saúde, telefonia etc.

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Famup celebra promulgação da PEC 66 e destaca vitória do municipalismo

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Com o Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados lotado de prefeitos e prefeitas de todo o Brasil, o Congresso Nacional promulgou, nesta terça-feira (9), a Emenda Constitucional 136, originada da PEC 66/2023, conhecida como PEC da Sustentabilidade Fiscal. A medida representa um marco para o municipalismo brasileiro, ao trazer alívio financeiro e mais condições de gestão para municípios e estados.

A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) comemora a conquista, fruto de uma intensa mobilização municipalista, que contou com a participação ativa da entidade e de gestores paraibanos. Desde o início das discussões, a Famup esteve ao lado da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e demais federações estaduais defendendo a urgência de mudanças no sistema de pagamento de precatórios, que comprometia de forma grave a saúde fiscal dos municípios.

A Emenda Constitucional 136 altera as regras de pagamento dessas dívidas, retirando os precatórios do limite de despesas primárias da União a partir de 2026. Também estabelece condições especiais para estados, Distrito Federal e municípios, permitindo o refinanciamento de débitos previdenciários com a União. Na prática, a medida garante fôlego financeiro, possibilitando o pagamento parcelado e em prazos mais longos, além de colaborar com a sustentabilidade fiscal do país.

Para o presidente da Famup, George Coelho, a promulgação da PEC 66 é um momento histórico. “Hoje é um dia de celebração para o municipalismo brasileiro. A promulgação desta emenda representa o reconhecimento da luta dos municípios por justiça fiscal e equilíbrio nas contas públicas. Essa conquista só foi possível pela união dos prefeitos e prefeitas da Paraíba e de todo o Brasil, que não mediram esforços para defender os interesses da população. Agradecemos à bancada federal paraibana – deputados e senadores – que se somaram a essa luta e ajudaram a transformar esse sonho em realidade. Este é, sem dúvida, um marco que fortalece a gestão municipal e abre novos caminhos para o desenvolvimento dos nossos municípios”, afirmou.

A Famup reforça que continuará vigilante e atuante em defesa do municipalismo, acompanhando a aplicação da nova emenda e lutando por outras pautas que garantam mais autonomia e justiça na distribuição de recursos.