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Paraíba é a sexta colocada no país no ranking de transparência sobre Covid-19

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O Estado da Paraíba subiu 10 posições no ranking de transparência sobre a Covid-19. A boa notícia veio nessa quinta-feira (30), por meio da publicação do novo ranking no site Open Knowledge Brasil (OKBR), que avalia a qualidade dos dados e informações relativas à pandemia do coronavírus, divulgados pelo Ministério da Saúde e estados brasileiros, em seus portais oficiais (https://transparenciacovid19.ok.org.br/). Com isso, a Paraíba saiu da 16ª e está na 6ª posição, em relação aos outros estados do país.

Comparado aos estados do Nordeste, a Paraíba aparece em terceiro lugar. Quanto à pontuação, disponibilizada no site, a Paraíba está com 81 pontos, junto com o Distrito Federal. De 80 a 100 pontos, o nível de transparência é considerado alto.

Na primeira posição no ranking, estão Rondônia e Pernambuco, com 98 pontos; o Ceará aparece em segundo, com 95; em terceiro, Espírito Santo, com 93; Minas Gerais, em quarto, com 88 e em quinto, Goiás e Amapá  com 86 pontos.

O trabalho de disponibilizar os dados referentes ao coronavírus com a maior transparência possível vem sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre as Secretarias de Estado da Saúde (SES) e Comunicação (Secom), a Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba (Codata).

O bom resultado da parceria, que colocou a Paraíba em sexto lugar, em transparência nos dados da pandemia, foi reconhecido pelo governador João Azevêdo. “Parabéns a toda equipe. O esforço conjunto é a melhor arma para combater essa pandemia”, disse.

O secretário executivo de Saúde, Daniel Beltrammi, ficou bastante satisfeito com a elevação da Paraíba para o sexto lugar no ranking da transparência. “A transparência das informações contribui para agilizar o trabalho árduo que já estamos desenvolvendo desde o início da pandemia. Agradeço imensamente toda a equipe por estar nos guiando em direção ao êxito”, ressaltou.

O trabalho vem sendo coordenado pelo secretário executivo da CGE, Letácio Guedes, que destacou a união de esforços para o êxito das ações. “Parabenizo a todos! Sabemos o quanto é difícil exercitar a transparência pública para atender a critérios e usuários distintos, mas estamos conseguindo e a tendência é que a Paraíba suba ainda mais neste ranking”, concluiu.

Cerest fiscaliza normas de saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho

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Este não é um Dia do Trabalhador comum. A pandemia do coronavírus vem alterando a rotina de pessoas no mundo inteiro, que se veem obrigadas a ficar em casa para priorizar a saúde. Mas, ainda há trabalhadores que dão expediente no local de trabalho. As atividades nessas empresas são fiscalizadas pelo Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest), da Prefeitura Municipal de João Pessoa, que identifica se há ou não o cumprimento das normas de saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

O serviço abrange diversas áreas, como apoio nos processos de confirmação de acidentes, doenças e agravos decorrentes do trabalho e auxílio dos trabalhadores que já estão em tratamento e acompanhamento com médicos especialistas. No entanto, diante do cenário de pandemia do novo coronavírus, o Cerest está concentrando as ações de fiscalização e monitoramento e atendendo os trabalhadores através de demandas agendadas pelo contato 3218-7114.

“Nossa equipe também sofreu algumas alterações, pessoas que estão no grupo de risco do coronavírus foram afastadas das atividades, com isso, ficamos com 50% do pessoal”, explica Kleber da Silva, que coordena o Cerest. “Mesmo assim, estamos realizando fiscalizações, atendendo demandas do Ministério Público do Trabalho, nos mais diversos setores produtivos, desde serviço, saúde e indústria, além de atender os trabalhadores já agendados pelo telefone, sempre nas quartas e quintas pela manhã”, prosseguiu.

Ainda de acordo com Kleber da Silva, o Cerest fiscaliza tanto estabelecimentos públicos como privados, no entanto, não tem poder de interditar ou notificar empresas. “A gente orienta a empresa para que se adeque às normas, as medidas de educação em saéde, fazemos um relatório técnico para o Ministério Público do Trabalho, para que ele faça os encaminhamentos – um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com prazo para que sejam feitas as intervenções necessárias”, disse.

O trabalhador que quiser fazer algum tipo de denúncia referente ao descumprimento das normativas legais para prevenção de doenças e promoção da saúde dos trabalhadores deve acionar o Cerest pelo contato 3218-7114 e reportar, também, junto ao Ministério Público do Trabalho. As demandas serão acompanhadas por um grupo intersetorial formado pelo Cerest do município e o estadual, além da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, conselhos de classe, como Conselho de Enfermagem, Medicina e Fisioterapia, que ajudam a identificar as não conformidades no ambiente de trabalho nesse tempo de pandemia.

CALVÁRIO: Justiça mantém obrigação de Ricardo Coutinho usar tornozeleira eletrônica

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A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, negou nessa quinta-feira (30), o pedido do ex-governador Ricardo Coutinho para suspender as medidas cautelares que o obrigam a usar tornozeleira, se recolher em casa até no máxima às 20h, e não deixar os limites da cidade de João Pessoa.

De acordo com a movimentação publicada no site do STJ, o o teor da decisão da ministra deverá ser publicado na próxima terça-feira (5).

Ricardo Coutinho afirmava em seu pedido que as medidas cautelares frustram a sua atividade profissional, já que ele está impedido de se deslocar para Brasília, onde exerce atividades na Fundação João Mangabeira, mantida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

 

Diário Oficial traz a 10° lista de profissionais da saúde convocados para trabalhar no combate ao coronavírus na PB

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Foi publicada nesta sexta-feira (1º) a 10ª chamada pública convocando 43 profissionais da saúde selecionados para trabalhar no enfrentamento do coronavírus (Sars-Cov-2) na Paraíba. A lista com os selecionados consta no Diário Oficial do Estado da Paraíba (DOE) para iniciarem os trabalhos em caráter de urgência.

A convocação dos profissionais são para os cargos de enfermeiro, técnico em enfermagem e fisioterapeuta. Os profissionais vão trabalhar especificamente no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita.

Os profissionais selecionados devem comparecer ao setor de Recursos Humanos do hospital, na segunda e terça-feira (4 e 5 de maio) e apresentar toda a documentação exigida no edital da seleção, com cópias acompanhadas dos originais.

A chamada pública ofereceu 2.453 vagas para profissionais da área de saúde para prestação de serviço no combate ao novo coronavírus (Covid-19) na Paraíba.

Todos os cargos têm remuneração de R$ 1.500 para 40 horas semanais. No caso do plantão de seis horas, os cargos de nível superior têm remuneração de R$ 150. Já o de nível técnico tem remuneração de R$ 100.

No Dia do Trabalhador, Famup presta homenagem aos profissionais que estão na linha de frente contra Covid-19

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A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) presta uma homenagem, nesta sexta-feira (1º), Dia do Trabalhador, aos profissionais de saúde que estão na linha de frente contra o coronavírus, principalmente prestando o primeiro atendimento na detecção da Covid-19. Em tempos de pandemia, eles são os primeiros a serem expostos a nova realidade. Nessa batalha, 63 (9,95%) profissionais de saúde já foram diagnosticados com a doença na Paraíba, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde.

Para o presidente da Famup, George Coelho, é preciso reconhecer o comprometimento dos profissionais da saúde que mesmo arriscando suas vidas estão trabalhando para garantir a vida do outro. “As cenas dessas pessoas dedicadas e, na maior parte, anônima por trás de suas máscaras e aventais, rodam o mundo. Cansados e, quase sempre, atuando em cenários devastadores, onde falta quase tudo, esses profissionais se mantém firmes no propósito de salvar vidas. Então, nesse Dia do Trabalhador, a Famup presta essa homenagem a todos os profissionais da saúde”, disse.

Apesar dos equipamentos de proteção e das máscaras (escassos em muitos países), médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da área parecem tender a contrair mais o vírus que a maioria das pessoas, e talvez a desenvolver sintomas mais graves. Para especialistas, grande parte da explicação passa pela quantidade de vírus à qual eles são expostos, além também da faixa etária e de eventuais condições pré-existentes, como diabetes e doenças cardíacas.

Não existe um levantamento oficial do número de profissionais da saúde afastados em todo o Brasil. Mas, estimativas mostram que quase 7 mil profissionais, entre médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros, foram afastados do trabalho desde o começo da pandemia por apresentarem sintomas suspeitos. Entre os que conseguiram fazer o teste, pelo menos 1.400 estavam infectados pelo coronavírus.

A Famup destacou ainda que este é o ano internacional dos profissionais de enfermagem, reforçando que esses profissionais assumem alguns dos maiores encargos com a saúde, realizando trabalhos difíceis e aguentando longas horas, muitas vezes com risco de lesões, infecções e uma carga de saúde mental pesada.

Para o presidente George Coelho, a frase do o filósofo alemão Friedrich Nietzsche resume o papel dos profissionais da saúde nesse momento de pandemia. “Nos momentos em que a necessidade dos médicos é altíssima, isto é, durante as grandes epidemias, eles estão mais expostos ao perigo”.

Parceria entre Prefeitura de João Pessoa e Fecomércio garante vagas em hotel para descanso de profissionais de saúde

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), em parceria com a Fecomércio/Sesc/Senac-PB, disponibiliza 50 vagas em hotel para os profissionais de saúde da Capital que atuam no combate ao novo coronavírus. Os trabalhadores na linha de frente têm acesso ao quarto e ao café da manhã no Centro de Turismo e Lazer Sesc Cabo Branco. Logo após o plantão, os profissionais podem retornar a um lugar seguro sem oferecer risco aos familiares. Inclusive, podem ter acesso os 569 classificados no processo seletivo da saúde que foram convocados para atuar na Rede Municipal de Saúde.

A equipe de hotelaria recebeu todas as instruções de médicos e especialistas em medidas de prevenção à Covid-19. São adotadas todas as medidas de higienização e segurança sanitária dentro do equipamento. “Desde que foi criado esse serviço, há um mês, os profissionais de saúde que tenham idosos, gestantes ou crianças em casa, têm acesso a esse espaço para poder descansar logo após o término do plantão, que pode ser de 12 horas ou de 24 horas”, afirmou Roberlândia Freire, diretora de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde.

“Importante frisar que esses profissionais não ficam hospedados por um longo período, já que o hotel serve como um ponto de apoio para eles após o plantão. Por exemplo, algumas dessas pessoas que utilizam o serviço são de fora do Estado que foram convocadas através de concurso público ou nesse último processo seletivo da Saúde e que precisam dormir em João Pessoa antes de seguir viagem”, alertou Roberlândia Freire.

Como ter acesso – O profissional de saúde que precisar utilizar o quarto no Centro de Turismo e Lazer Sesc Cabo Branco deve comunicar para a direção da unidade de saúde (Hospitais, UPAs e USFs). Por sua vez, a direção deve comunicar, com até 24 horas de antecedência, à diretora geral do Hospital do Valentina, Ana Carolina, através do whatsapp (83) 99656-3295.

Processo seletivo – Como medida de combate à Covid-19, a Prefeitura Municipal de João Pessoa convocou novos profissionais de saúde para atuar em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidade de Saúde da Família (USFs). Ao todo, a Secretaria Municipal de Saúde já convocou 569 profissionais classificados no processo seletivo.

As vagas são para assistente social, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, nutricionista, psicólogo, técnico de laboratório de análises clínicas, técnico em enfermagem, técnico em radiologia, agente administrativo, auxiliar de farmácia, porteiro, auxiliar de copa e cozinha, auxiliar de lavanderia, auxiliar de serviços gerais, cozinheiro, condutor de ambulância e maqueiro.

RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO:  Leis aprovadas pela Assembleia garantem direitos aos trabalhadores paraibanos

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O Dia do Trabalhador nunca fez tanto sentido quanto agora, durante a pandemia do novo coronavírus. A soma dos esforços de todos os trabalhadores, de todas as áreas, cumprindo a quarentena ou na linha de frente no enfrentamento da doença, tem refletido diretamente em resultados coletivos.

“Trabalhadores da saúde, garis, motoboys, caminhoneiros, profissionais da imprensa, segurança pública, entre outros, merecem todo o nosso reconhecimento e respeito. Todos estão dando sua contribuição pelo bem comum. E a melhor forma de honrar o esforço e sacrifício desses trabalhadores é ficando em casa, respeitando o isolamento social. Só assim vamos vencer esse desafio. Aos que estão em casa esperando o momento certo para voltar à ativa, o nosso agradecimento”, comentou o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) Adriano Galdino.

Mesmo antes da pandemia, a valorização dos trabalhadores paraibanos sempre fez parte da pauta de discussões na ALPB. “Só com a garantia de direitos é possível construir uma sociedade mais justa para todos”, destacou Galdino.

Para se ter uma ideia, no período de 2003 até este ano de 2020, foram cerca de 80 projetos aprovados pela Casa, focados, apenas, na rotina e nos direitos do trabalhador. Entre as leis em vigor, está a de número 10.672, que dispõe sobre a cassação da inscrição do ICMS de qualquer empresa que faça uso direto ou indireto do trabalho escravo ou em condições análogas à escravidão.

A Medida Provisória nº 243 também institui o Programa de Educação Profissional e Tecnológica do Estado da Paraíba – ParaíbaTEC, vinculado e em regime de colaboração, ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC da União, com finalidade de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica na rede de ensino do Governo do Estado da Paraíba.

As iniciativas da Assembleia também se estendem aos jovens. A Casa indicou ao governo a criação e implementação do Programa de Qualificação rápida (com oficinas, cursos, workshops), com foco no empreendedorismo, novas tecnologias e economia criativa. Com ações voltadas para esse público, a Casa pretende aumentar as oportunidades de trabalho aos jovens, que ainda sentem dificuldades para conquistar o primeiro emprego e sua efetivação no mercado.

Mais do que um feriado nacional, o Dia do Trabalhador representa um marco na luta por melhores condições de trabalho. Por isso, a Assembleia Legislativa da Paraíba mantém o assunto em suas pautas, com a finalidade de possibilitar a consolidação de novas perspectivas de futuro para os trabalhadores ativos, bem como abrir novas frentes produtivas e, consequentemente, favorecer a criação de novos postos de trabalho.

Operação Trabalhador: Polícia Militar reforça segurança no feriadão

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A Polícia Militar iniciou, na noite desta quinta-feira (30), a Operação Trabalhador, que tem o objetivo de reforçar a segurança em todo o Estado até a madrugada da próxima segunda-feira (4). Para o período, a corporação mobiliza um total de 3.226 policiais e 887 viaturas, que vão atuar no combate aos crimes contra a vida, contra o patrimônio, tráfico de drogas e atividades de prevenção do novo coronavírus.

Para esta primeira noite de operação, que será coordenada pelo próprio comandante-geral da PM, coronel Euller Chaves, serão empregados mais de 1 mil policiais e 393 viaturas. Na região metropolitana de João Pessoa, são 305 policiais e 106 viaturas. Na região de Campina Grande, Brejo e Cariri o reforço é de 309 policiais e 125 viaturas. E no Sertão, 392 policiais e 162 viaturas fazem parte do planejamento para esta quinta-feira.

O feriado de 1º de maio terá uma atenção especial principalmente no litoral paraibano, para prevenir os crimes e também evitar o descumprimento das medidas previstas no decreto estadual de enfrentamento ao novo coronavírus.

O plano de atuação da operação vai atender 166 cidades, com uma média diária de mais de 800 profissionais e 222 viaturas reforçando a segurança com barreiras policiais, ocupações de locais estratégicos, incursões e outras atividades, além das fiscalizações relacionadas à prevenção do contágio do covid-19.

Covid19: Frente da Democracia da ALPB propõe criação de Comitê para proteger indígenas e refugiados

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A Frente Parlamentar em Defesa da Democracia e Diversidade da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) se reuniu, nesta quinta-feira (30), de forma remota, para debater a situação dos refugiados venezuelanos e indígenas em tempos de Pandemia. Na oportunidade, ficou definido que serão elaboradas políticas públicas permanentes para o acolhimento desta população e criado um Comitê Estadual de Proteção aos Direitos dos Refugiados Migrantes e Apátridas.

 

“Precisamos pressionar os órgãos do Poder Público Municipal e Estadual para tratar essa situação dos refugiados. Há uma demanda de 30 famílias em João Pessoa, que vamos ver como a prefeitura responde, e também a problemática das pessoas que estão na escola do Ernani Sátiro necessitando da ajuda das autoridades. A reunião foi para ouvir quem já está tratando do assunto e que pode nos ajudar para que o Executivo participe de maneira mais forte nesse processo”, ressaltou a presidente da comissão, a deputada Estela Bezerra.

 

A professora do Curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Ana Pacheco, solicitou o apoio da Assembleia Legislativa para a criação de um Comitê Estadual de Proteção aos Direitos dos Refugiados Migrantes e Apátridas. Segundo ela, já existe uma iniciativa nesse sentido na Câmara Municipal, para a criação em João Pessoa. A preocupação da professora é evitar casos de xenofobia e discriminação aos venezuelanos e indígenas Waraó, que estão se espalhando pelo Estado.

 

Ana Pacheco fez um relato sobre a situação de imigração de venezuelanos no mundo, no Brasil e na Paraíba. Segundo ela, a ONU já declarou existirem mais de cinco milhões de refugiados, desde que iniciou a crise política, econômica e social naquele país. “No Brasil, estima-se que vivem hoje cerca de 260 mil venezuelanos. Desses, metade, 130 mil, solicitaram refúgio, o status jurídico de refugiados, incluindo alguns que estão no Estado da Paraíba, com base no regime brasileiro. Outros solicitaram o visto de residente permanente, com base na lei de migração. São duas condições jurídicas diferentes”, relatou.

 

Na Paraíba, estão sendo desenvolvidas algumas políticas públicas de atendimento aos venezuelanos refugiados e aos indígenas Waraó. ONGs estão fazendo o trabalho de acolhimento aos indígenas (que são maioria) em Campina Grande. Dentro da política pública de saúde do Brasil, a inclusão dos refugiados vem sendo feita com o auxílio do Ministério Público Federal. A Pastoral do Migrante da Arquidiocese da Paraíba está dando apoio jurídico para a regularização de todos. Em termos de Educação, a maioria das crianças está conseguindo matrícula na escola. E a UEPB aprovou, pelo Consuni, vagas para o ingresso de refugiados, migrantes e apátridas forçados sem vestibular, para preencheram as vagas remanescentes.

 

Em termos de acesso ao trabalho, existe uma facilidade, graças à atuação do Ministério Público Federal. “Já foram feitos convênios com o Senai, Senac e os venezuelanos conseguem fazer cursos gratuitamente o que facilita na inserção no trabalho, cursos de Português gratuitamente no grupo SOS e UFPB”, disse Ana Pacheco.

 

O procurador-chefe da Procuradoria Regional de Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba, José Godoy Bezerra de Souza, elogiou a realização da reunião da Frente Parlamentar, mesmo nesse momento de pandemia. Godoy disse que o MPF vem acompanhando todo o processo de chegada dos venezuelanos à Paraíba desde o início, em 2018, que aconteceu por meio do Programa Nacional de Interiorização, através dos serviços da Pastoral do Migrante, sendo acolhidos nos municípios do Conde, João Pessoa e Campina Grande. Destacou ainda o trabalho da Pastoral, das Aldeias SOS que acolheu os refugiados na Capital, e o município do Conde, que, segundo ele, teve uma ação sensível a causa.

 

A coordenadora jurídica da Pastoral do Migrante da Arquidiocese da Paraíba, Maritza Farena, relatou que a vinda dos venezuelanos migrantes à Paraíba teve início, há três anos, a partir de um projeto de acolhida e assistência elaborado pela Pastoral, devido ao problema que os venezuelanos já vinham sofrendo com a situação de seu país, e também na chegada ao Brasil. A Pastoral do Migrante tem dado todo o apoio jurídico aos refugiados.

 

“Foi idealizado um abrigo específico e temporário rotativo no Conde, porque a Pastoral do Migrante já tinha uma casa de retiro e formação própria. As pessoas que chegaram em junho de 2018, em grupos, família, jovens foram acolhidos, tinham aula de Português e toda assistência necessária, de acordo com as normas internacionais de refugiados migrantes”, relatou.

 

Ela relatou, ainda, que desde o primeiro dia, as pessoas são orientadas e acompanhadas para fazer o cadastro único no Cras, para obterem os documentos necessários para serem inseridos nas políticas públicas. Com isso, muitos deles já recebem Bolsa Família e outros se cadastraram para receber o auxílio emergencial.

 

O secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) de João Pessoa, Vitor Cavalcante, afirmou que a Sedes continuará prestando assistência às famílias venezuelanas, através do acompanhamento técnico socioassistencial. A finalidade é assegurar a segurança alimentar de todos, com a distribuição de quentinhas. Também foram disponibilizadas cestas básicas, kits de higiene pessoal e de limpeza. “Estamos acompanhando eles para prestar a melhor assistência possível, considerando também o cenário da pandemia que afeta a todos nós”, disse.

 

Já o coordenador Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Petrônio Machado, ressaltou que essa demanda de índios vindo da Venezuela não é obrigação do órgão. “Porém, nós estamos fazendo o que está ao nosso alcance. Estamos a disposição, ajudando dentro do possível. Nós podemos ajudar, mas sem gerar despesa para a Funai, pois já tivemos um corte de 85% do nossos recursos. Essa é a determinação da direção geral do órgão”, destacou.