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CoronaVac é a vacina em teste mais segura contra covid-19

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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse hoje (19) que, dentre todas as vacinas que estão em desenvolvimento e que estão sendo testadas contra o novo coronavírus, a vacina chinesa, chamada de CoronaVac, é a que se mostrou mais segura. Isso significa que ela não vem apresentando efeitos colaterais graves.

“A vacina Butantan é a mais segura em termos de efeitos colaterais. É a vacina mais segura neste momento não só no Brasil, mas no mundo”, disse Dimas Covas.

Estudos feitos no Brasil com 9 mil voluntários da área da saúde, com idades entre 18 e 59 anos, vem comprovando os resultados de segurança que já haviam sido registrados em testes de fases 1 e 2 na China. No Brasil, apenas 35% desses 9 mil voluntários tiveram reações adversas leves após a aplicação da vacina, tais como dor no local da aplicação ou dor de cabeça. Não houve qualquer registro de efeito colateral grave durante a testagem.

As reações mais comuns entre os participantes do estudo, após a primeira dose, foram dor no local da aplicação (19%) e dor de cabeça (15%). Na segunda dose da vacina, as reações adversas mais comuns foram dor no local da aplicação (19%), dor de cabeça (10%) e fadiga (4%). Febre baixa foi registrada em apenas 0,1% dos participantes e não há nenhum relato de reação adversa grave à vacina até o momento. “Das demais vacinas, nenhuma foi inferior a 70%. Todas, com exceção da vacina do Butantan, tiveram efeitos colaterais de grau 3, os efeitos mais importantes quando se avalia uma vacina. A vacina do Butantan não teve efeito colateral de grau 3”, disse Dimas Covas.

Os estudos de fases 1 e 2 feitos na China com 50.027 voluntários chineses, entre eles, funcionários da própria Sinovac, já haviam demonstrado que apenas 5,36% das pessoas vacinadas apresentaram efeitos colaterais, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (caso constatado em 3,08% dos voluntários), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Efeitos um pouco mais graves foram observados em 0,03% dos voluntários, tais como perda de apetite, dor de cabeça, fadiga e febre.

Os resultados de eficácia, que são investigados nessa fase 3 de estudos, ainda não foram finalizados. Para tentar antecipar os resultados desses testes, o governo de São Paulo solicitou para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e teve aprovada, a inclusão de mais 4 mil voluntários. A expectativa do governo é de que esses novos voluntários possam ser vacinados até dezembro deste ano. Nessa ampliação do número de voluntários muda também o perfil dos voluntários. Desta vez, idosos, portadores de comorbidades e gestantes também poderão ser vacinados.

Eficácia

Segundo Dimas Covas, os resultados de eficácia ainda não foram finalizados porque eles dependem da ocorrência de um número mínimo de infecções por covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus] entre os voluntários. Para a CoronaVac, o número mínimo estipulado para uma primeira análise é de 61 infecções. Isso, segundo ele, só deverá ser atingido entre os meses de novembro ou dezembro.

De acordo com o diretor do Butantan,  Dimas Covas, não é possível hoje saber quantos dos voluntários dessa vacina já apresentaram infecção pela doença. Os dados, segundo ele, são sigilosos e analisados por um comitê internacional.

“O estudo é duplo cego [metade dos voluntários recebe a vacina e metade o placebo] e controlado por organismos internacionais, é esse comitê que avalia os dados que são remetidos diariamente. E é esse comitê que abrirá os estudos quando atingirmos 61 casos”, disse ele.

Devido os voluntários serem profissionais da área da saúde, com mais exposição ao vírus, Dimas Covas acredita que esses resultados de eficácia possam acontecer entre novembro e dezembro. “É possível que tenhamos esse número muito rapidamente. Mas na perspectiva de acontecer entre novembro e dezembro. Isso é possível, mas é evento que não controlamos”, esclareceu.

“Como a incidência no Brasil e no estado de São Paulo está caindo, é possível que isso tenha algum efeito na velocidade com que esses dados apareçam. A epidemia está em outra fase e isso pode ter impacto nessa velocidade. Por isso aumentamos o número de voluntários. E esse número de voluntários será aumentado, se necessário, para permitir que esses 61 casos iniciais apareçam o mais rapidamente possível”, disse Dimas Covas.

A vacina

O governo paulista, por meio do Instituto Butantan, tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a vacina CoronaVac. Por meio desse acordo, o governo vai receber 46 milhões de doses da vacina até dezembro deste ano. O acordo também prevê transferência de tecnologia para o Butantan.

A CoronaVac está na fase 3 de testes com voluntários brasileiros desde julho deste ano. Na fase 3 é avaliada a eficácia da vacina, ou seja, se ela protege contra o novo coronavírus. Caso os testes de fase 3 comprovem que ela é uma vacina eficaz, a CoronaVac precisa de ser aprovada pela Anvisa para iniciar a vacinação. O governo paulista previa o início da vacinação a partir de 15 de dezembro deste ano, mas com o atraso no estudo de eficácia, essa data deve ser adiada.

Fiocruz inicia pesquisa com vacina da tuberculose para combater covid

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começa hoje (19), estudo com a vacina BCG com o objetivo de reduzir o impacto da covid-19 em trabalhadores de saúde. A vacina, originalmente usada na prevenção da tuberculose, tem tido resultados positivos em testes para redução infecções respiratórias. 

Segundo a Fiocruz, que irá liderar a pesquisa no Brasil, a previsão é incluir 2 mil voluntários em Campo Grande e 1 mil no Rio de Janeiro. Os voluntários passarão, antes de receber a vacina, por entrevista e testagem sorológica. Todos serão acompanhados pela equipe de pesquisa por até um ano, por meio de ligações telefônicas semanais, de acordo com a Fiocruz. Caso apresentem qualquer sintoma de covid-19, poderão fazer a coleta do swab nasal para avaliar a presença do vírus. Além disso, retornos trimestrais serão agendados para verificar, por meio da sorologia, a presença de possíveis infecções assintomáticas.

Poderão participar do estudo trabalhadores da saúde, como enfermeiros, médicos, técnicos, fisioterapeutas, recepcionistas e porteiros, maiores de 18 anos. Os voluntários não podem ter sido infectado pela covid-19 e não devem estar participando de outro ensaio clínico.

O estudo conta com parceria da Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul (Cassems) e da Secretaria Estadual de Saúde e é coordenado pelo médico infectologista e pesquisador da Fundação e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Julio Croda. O recrutamento dos voluntários será realizado pela Faculdade de Medicina da UFMS e os interessados devem realizar pré-cadastro no site.

Vacina BCG

A BCG, sigla para Bacillus Calmette-Guérin, é umas das principais vacinas utilizadas no mundo. É aplicada anualmente em cerca de 120 milhões de recém-nascidos. Ensaios clínicos realizados em diversos países apontam a ação da vacina BCG em outras infecções, além da tuberculose.

De acordo com a Fiocruz, um ensaio clínico da Activate, na Grécia, de revacinação com BCG em idosos demonstrou uma redução de 79% de infecções respiratórias após um ano de acompanhamento. Na Guiné-Bissau, uma pesquisa verificou que a vacina BCG reduziu em 38% as mortes em recém-nascidos no país. Na África do Sul, estudos mostraram que a vacina reduziu em 73% nas infecções no nariz, na garganta e nos pulmões.

Os testes fazem parte do chamado Brace Trial, que é um ensaio clínico de fase III, que tem como objetivo avaliar se a vacinação ou revacinação com BCG pode reduzir o impacto da covid-19 em trabalhadores de saúde, população mais exposta ao novo coronavírus. O estudo irá vacinar 10 mil voluntários na Austrália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Brasil. O projeto é liderado pelo pesquisador australiano Nigel Curtis, do Murdoch Children’s Research Institute, e financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates.

Cicero apresenta propostas para fortalecer o turismo e acelerar implantação dos empreendimentos no polo Cabo Branco

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O candidato a prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), apresentou suas propostas para fortalecer o turismo e a geração de empregos na capital aproveitando a retomada do Polo Turístico do Cabo Branco, maior do Nordeste, anunciada pelo governo do Estado. No programa, apresentado no guia eleitoral nesta segunda-feira (19), Cicero afirmou que como prefeito da Capital vai dotar a região do polo com infraestrutura, agilizar os alvarás para implantação dos empreendimentos e qualificar a mão de obra para gerar empregos e fortalecer o nosso turismo.

“O momento vai requerer união do governo e da prefeitura e quis o destino que eu estivesse aqui, pronto para enfrentar mais esse grande desafio. Nesta primeira etapa serão construídos dois grandes hotéis e um parque aquático. Como prefeito vamos dotar a região com infraestrutura, agilizar os alvarás e qualificar a mão de obra para gerar empregos e fortalecer o nosso turismo”.

Outra proposta apresentada por Cícero Lucena será priorizar o turismo como atividade econômica, investindo em capacitação e reativando o Fundo Municipal de Turismo. “Esta é a hora de inserir definitivamente a cidade de João Pessoa como destino turístico nacional e internacional”.

A propaganda eleitoral de Cícero também trouxe a participação do governador da Paraíba, João Azevêdo, que falou que eleger Cícero Lucena é escolher o candidato mais preparado e experiente para administrar João Pessoa no pós-pandemia. “Eu e Cícero vamos realizar grandes obras e ações para o desenvolvimento de João Pessoa”, concluiu João Azêvedo.

João Azevêdo destina R$ 3 milhões para o Bolsa Esporte incluindo os paratletas

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Começam nesta terça-feira (20) as inscrições do programa Bolsa Esporte 2020, que integra as ações do Governo do Estado de incentivo à prática esportiva. O anúncio foi feito pelo governador João Azevêdo, durante o programa semanal Fala Governador desta segunda-feira (19). Serão investidos R$ 3 milhões destinados aos atletas, paratletas e técnicos de rendimento em diversas modalidades esportivas. O edital de abertura das inscrições será publicado no Diário Oficial desta terça (20).

As inscrições serão efetuadas no período de 20 de outubro a 13 de novembro de 2020, no portal do Governo da Paraíba, no endereço paraiba.pb.gov.br no banner com o link do programa. Os interessados farão o download da ficha de inscrição e demais documentos necessários.

O governador João Azevêdo destacou a importância do programa Bolsa Esporte. “É uma bolsa voltada para estas pessoas que representam tão bem a Paraíba, dentro e fora do nosso Estado. São R$ 3 milhões para que, através desse edital, possamos beneficiar também nossos jovens atletas e paratletas que, muitas vezes, dependem de uma bolsa para continuar participando de eventos”, pontuou.

Serão concedidas bolsas nas modalidades Bolsa Representatividade, destinada àqueles que obtiveram bom desempenho representando a Paraíba no passado e não possuem mais índices, mas possuem nomes consolidados; Bolsa Estudantil, destinada aos que se classificaram em primeiro ou segundo lugares nos Jogos Escolares da Juventude e/ou Paralimpíadas Escolares; Bolsa Internacional, destinada aos que possuem índices e resultados importantes em competições internacionais; Bolsa Nacional, para aqueles que possuem índices nas principais competições da respectiva Confederação; e Bolsa Institucional, destinada aos técnicos mediante indicação das Federações Esportivas.

Bolsa Esporte – O programa tem o objetivo de incentivar a prática de esportes, sendo destinado aos atletas e técnicos de rendimento das modalidades olímpicas e paraolímpicas, reconhecidas pelo Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro, podendo também ser admitidos aos atletas, paratletas e aos técnicos de rendimento de modalidades esportivas vinculadas ao Comitê Olímpico Internacional e ao Comitê Paralímpico Internacional, além das modalidades reconhecidas pela Secretaria Especial de Esportes, do Ministério da Cidadania, sendo reservado o percentual mínimo de 30% das vagas para as mulheres.

João Azevêdo assina ordem de serviço para a pavimentação de rodovia em Alagoa Nova

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O governador João Azevêdo assinou, nesta segunda-feira (19), a ordem de serviço autorizando o início das obras de pavimentação da rodovia vicinal de acesso ao distrito de São Tomé, em Alagoa Nova. Serão investidos R$ 3,1 milhões nessa obra, com 4,4 km de extensão e que irá beneficiar os moradores da região.

Durante o programa Fala Governador, nesta segunda-feira (19), João Azevêdo enfatizou a relevância dessa obra de pavimentação. “É uma obra muito pedida e bastante desejada pela população de Alagoa Nova e principalmente dos que moram no distrito de São Tomé e que vamos realizar”, afirmou.

O governador ainda garantiu: “A obra terá início agora e tenho certeza que logo, logo estará pronta, trazendo benefícios e servindo ao povo de Alagoa Nova e São Tomé, que é um distrito importante naquela região”.

Zeladoria: Limpeza urbana de João Pessoa recebe novos equipamentos

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A limpeza urbana das vias e espaços públicos de João Pessoa conta agora com novos equipamentos, a exemplo das varredeiras mecanizadas para vias públicas e áreas especiais. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), adquiriu o novo maquinário com objetivo de suprir as demandas verificadas na orla, Parque da Lagoa Solon de Lucena, praças e principais avenidas da Capital.

Os equipamentos foram obtidos através de licitação. São cinco varredeiras com tecnologia de varrição e alta produtividade, cobrindo uma área de até 70 quilômetros por dia. “O novo equipamento possibilita que seja realizada a limpeza de grandes espaços com agilidade e eficiência, a exemplo do Parque da Lagoa ou o Largo de Tambaú”, explicou Lucius Fabiani, superintendente da Emlur.

Segundo Lucius Fabiani, esse equipamento pode atender as demandas nas ruas, praças, orla (calçadão e ciclofaixa), órgãos públicos ou comerciais, podendo atender a uma demanda permanente ou provisória – a exemplo de eventos que fazem parte do cronograma cultural da cidade, como Folia de Rua/Carnaval, Réveillon, São João ou a procissão de Nossa Senhora da Penha. “A aquisição desses equipamentos possibilita a melhoria dos serviços de limpeza urbana disponibilizados para a população”, reforçou superintendente da Emlur.

Outras novas aquisições – Triciclos de carga (usados na coleta domiciliar em áreas de difícil acesso); triturador de poda e máquina de pintura. Equipamentos que se somam a varredeira de praia, caçambas, retroescavadeiras entre outras.

Alô Limpeza – O cidadão pode obter informações sobre limpeza urbana através do nosso Teleatendimento, nos números 0800 083 2425 ou 3214 -7628/7660.

Raoni apresenta propostas para a juventude durante encontro

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O candidato a prefeito de João Pessoa, Raoni Mendes (DEM), recebeu vários jovens para um bate-papo sobre futuro e oportunidades. O democrata ressaltou a importância da participação da juventude na gestão pública e apresentou propostas para tornar o jovem agente gerador de desenvolvimento da cidade, através de oportunidades em educação, trabalho e renda.

“A prefeitura precisa entrar no compasso dessa juventude, que sabe o seu lugar de fala e quer participar da gestão pública. Nós vamos trabalhar para a otimização das estruturas físicas dos Centros de Jovens, implementando efetivos programas desenvolvidos por profissionais capacitados e treinados para despertar as habilidades e as competências necessárias para o jovem ser inserido no mercado de trabalho”, disse Raoni.

O candidato debateu propostas que pretendem garantir o equilíbrio e a proteção da juventude com o Projeto Cidade Jovem, em que será criado o Centro Cidade Jovem, vinculado à Secretaria de Juventude e destinado a gerar, organizar e estabelecer de forma contínua propostas que protejam os jovens e proporcionem ações que possibilitem agregar proteção, felicidade e melhoria de vida”, destacou.

Eles também dialogaram sobre a possibilidade de fomentar o empreendedorismo com o oferecimento de cursos profissionalizantes, a facilitação na obtenção de crédito e o apoio ao pequeno empreendedor; criar o conceito Escola-Modelo para implementação gradual nas unidades de ensino municipal (até o 9º ano do Ensino Fundamental), com a criação de clubes de leitura, centros de debate, competições e simulações de julgamentos sobre variados temas, entre outras várias propostas.

Mortes Violentas Intencionais voltam a crescer no país durante a pandemia de Covid-19, aponta Anuário

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• Nos primeiros seis meses do ano, as mortes violentas intencionais, indicador que contabiliza homicídios, latrocínios, lesões que resultam em mortes e intervenções policiais com resultado morte, aumentaram 7,1% no País, interrompendo tendência de queda que começou em 2018

• 21 estados registraram mais mortes violentas intencionais em 2020 na comparação com 2019

• Registros de roubos tiveram redução de 24,2% no período da pandemia no país, e apreensão de drogas ilícitas pela PRF cresce

• São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro respondem por 56,6% de todas as intervenções policiais com morte no primeiro semestre deste ano

• Homens jovens e negros seguem como as maiores vítimas da violência no Brasil

• País registra um estupro a cada 8 minutos em 2019, e vulneráveis correspondem a 70% de todas as vítimas. 57,9% das vítimas eram crianças e adolescentes com até 13 anos

• Número de feminicídios sobe 7,1% entre 2018 e 2019; 66,6% das vítimas eram negras e 89,9% foram mortas pelos companheiros

• Estudo também mostra que policiais e membros das forças de segurança representam 3,81% do eleitorado brasileiro, impulsionando as candidaturas de policiais

São Paulo (SP), 19 de outubro de 2020 – O número de mortes violentas intencionais no Brasil cresceu 7,1% no primeiro semestre de 2020, revela a 14ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançada na manhã desta segunda-feira. Foram registradas 25.712 mortes, o que representa uma pessoa assassinada a cada dez minutos em meio à pandemia de Covid-19, mesmo com as medidas de isolamento social no período. Os dados indicam uma interrupção de uma tendência de queda dos crimes violentos registrada a partir de 2018, com aumento também dos feminicídios, e das vítimas de intervenções policiais e de policiais mortos. O Anuário também compilou as ocorrências registradas ao longo do ano de 2019, que revelam informações sobre o perfil das vítimas da violência letal no país, crimes sexuais e contra as mulheres, crimes contra o patrimônio, apreensões de drogas, registros de novas armas, números do sistema prisional, gastos com segurança pública, entre outros. Além disso, a publicação fez um levantamento inédito sobre a participação de membros das forças de segurança pública nas eleições.

“A 14ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública exigiu um esforço redobrado, a partir do momento em que decidimos avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 sobre as ocorrências criminais no país. Infelizmente, constatamos que as mortes violentas intencionais voltaram a subir, interrompendo uma tendência significativa de queda iniciada em 2018. Esses números demonstram a oportunidade perdida e a ausência de políticas públicas efetivas para enfrentar esse problema crônico de nossa sociedade, que pode ser agravado ainda mais pela insistência em torno de medidas ineficazes como o afrouxamento de regras para armar a população e o estímulo a um discurso bélico permanente entre polícia e crime, que no final vitimiza inocentes de ambos os lados”, analisa Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O Anuário Brasileiro de Segurança de Pública é elaborado desde 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por meio da compilação de dados sobre o setor obtidos junto às unidades da federação e da União. O principal indicador apresentado na publicação é o de registros das Mortes Violentas Intencionais (MVI), baseado nos números absolutos e na taxa de homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, feminicídios, homicídios de policiais e mortes por intervenções policiais registrados no Brasil em números absolutos e em taxas a cada 100 mil habitantes.

O aumento de 7,1% das mortes violentas intencionais – 25.712 mortes contra 24.012 do ano passado – foi puxado pelas ocorrências de 21 estados, com destaque para o aumento de 96% no Ceará, muito acima do cenário verificado nas demais Unidades da Federação, e que pode ser reflexo da crise no setor no início de 2020, com a greve da Polícia Militar. Paraíba (19,2%), Maranhão (18,5%), Espírito Santo (18,5%), Sergipe (16,8%), Alagoas (15,1%), Paraná (14,8%), Santa Catarina (14%), Rondônia (13,4%), Tocantins (12,5%), Pernambuco (11,8%), Rio Grande do Norte (11,8%), Bahia (10,1%) e São Paulo (8,2%) também apresentaram crescimento acima da média nacional.

Mato Grosso do Sul (6,2%), Acre (5,1%), Amapá (5,1%), Amazonas (3,8%) e Minas Gerais (2,1%), e Mato Grosso (1,4%) também registraram altas, mas ficaram abaixo da média nacional. Apenas seis estados tiveram redução no período: Pará (-25,1%), Roraima (-23,4%), Rio de Janeiro (-10,9%), Rio Grande do Sul (-7,2%) e o Distrito Federal (-2,1). Goiás também apresentou redução de 17% nos registros, mas o estado não disponibilizou o número de mortes decorrentes de intervenção policial para o 1º semestre de 2020.

Também houve aumento de 6% no número de mortos em intervenções policiais, num total de 3.181 pessoas, ao mesmo tempo em que foram assassinados 110 policiais, 19% a mais que no mesmo período de 2019. De cada 100 mortes violentas registradas no país, 13 foram cometidas por policiais no período. Em números absolutos, aparecem o Rio de Janeiro, com 775 mortes decorrentes de intervenção policial, São Paulo, com 514, e a Bahia, com 512 mortos. Juntos, esses três estados responderam por 56,6% de todas as mortes praticadas pelas polícias do país no primeiro semestre de 2020.

No período, também houve aumento de apreensões de drogas realizadas pela Polícia Rodoviária Federal, com 56,7% no volume de apreensões de cocaína, e 128,3% de maconha, o que pode ter sido consequência do fechamento dos portos e aeroportos, que levaram as organizações criminosas a priorizar o transporte por rodovias.

Já os registros de roubos tiveram redução de 24,2% no período da pandemia no país, puxada pela queda de 34% nas ocorrências de roubos a transeuntes, 22,5% no roubo de veículos, 25,7% em cargas, 18,8% a comércios e 16% nos assaltos a residências. Os únicos estados que apresentaram alta nos registros gerais de roubos foram Ceará e Rondônia, com 19,2% e 50,4%, respectivamente.

Nos casos de violência contra a mulher, os casos de feminicídio subiram 1,9%, com 648 mulheres mortas nos primeiros seis meses do ano, os registros de agressões em função da violência doméstica caíram no período e os chamados ao 190 cresceram. Essa incongruência entre aumento de mortes, queda de registros em delegacias e crescimento dos acionamentos à PM pode ser reflexo da dificuldade de as mulheres comparecerem às delegacias para o registro das ocorrências em meio às medidas rígidas de isolamento social necessárias à contenção da pandemia.

Segurança Pública em 2019

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também coletou informações sobre os registros de ocorrências criminais, com o perfil das vítimas, e outros dados sobre o setor entre janeiro e dezembro de 2019, quando ainda não existiam as restrições posteriormente exigidas pela pandemia de Covid-19.

Violência contra a mulher

Nesse caso, há uma piora significativa em todos os crimes de violência contra a mulher, com 1.326 vítimas de feminicídio, um aumento de 7,1% na comparação com 2018. A análise dos registros policiais revela que a grande maioria dessas mulheres foi morta por seus próprios companheiros (89,9%), são negras (66,6%) e jovens (56,2% na faixa entre 20 e 39 anos). Outro dado que chama a atenção é a maneira como essas mulheres foram mortas: 53,6% das vítimas de feminicídio foram vítimas de arma branca, 26,9% de armas de fogo e 19,5% por outros meios (como agressão física e asfixia mecânica). Os registros de agressão doméstica também cresceram 5,2% no mesmo período, num total de 266.310 ocorrências – uma a cada dois minutos no país. Pela primeira vez o Fórum coletou o número de medidas protetivas de urgência solicitadas nas delegacias de Polícia no âmbito da lei Maria da Penha e, mesmo com 2/3 dos estados sem capacidade de informar o número, o total chega a 349.942 solicitações, quase mil por dia.

A violência sexual mais uma vez aparece em evidência nas estatísticas criminais. Em 2019, houve 66.123 registros de estupro no país, ou uma ocorrência a cada oito minutos em que 85,7% foram mulheres. E novamente as principais vítimas de estupros foram meninas com até 13 anos, que representaram 57,9% de todas as ocorrências do país, um crescimento de 8% na comparação com 2018. Os dados revelam ainda que 70,5% dos casos foram registrados como estupros de vulnerável, que pela definição dada pela Lei 12.015/09 tratam-se de casos que envolvem vítimas menores de 14 anos de idade ou pessoas incapazes de consentir

“Os números da violência sexual indicam que, ao contrário do que diz o senso comum, que acredita que o estupro ocorre em um local ermo escuro e é fruto da ação de um desconhecido qualquer, a maioria das vítimas são crianças e adolescentes que sofrem dentro de casa e a partir da ação de conhecidos. Precisamos de medidas capazes de enfrentar essa cultura que normaliza o estupro e culpabiliza as vítimas”, aponta Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Mortes Violentas Intencionais

Em 2019, o Brasil perdeu 47.773 vidas por Mortes Violentas Intencionais (MVI), uma queda de 17,7% na taxa de MVI, saindo de 57.574 mortos em 2018 para 47.773 em 2019. O total de vítimas de MVI’s é composto pelo somatório de vítimas de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. Do total de MVI’s no período, 72,5% foram produzidas por armas de fogo, 19,3% por armas brancas e 8,2% por outros tipos de instrumentos. E a imensa maioria das vítimas são os homens, com 91,2% dos casos.

Do total de mortes registradas no ano passado, 82,8% foram oriundas de homicídios, 3,3% de latrocínios, 1,7% de lesões corporais seguidas de morte e 13,3% de mortes decorrentes de intervenção policial. O número de homicídios dolosos caiu 19,5%, saindo de 49.153 vítimas em 2018 para 39.561 em 2019. Já o número de mortes decorrentes de intervenção policial continua em tendência de crescimento: saiu de 6.175 em 2018 para 6.357 em 2019, um aumento 2,9%, enquanto as vítimas de lesão corporal seguida de morte apresentaram redução (-8,1%).

O perfil médio das vítimas da violência letal no Brasil é formado majoritariamente por homens (91,2%), jovens de até 29 anos (51,6%), baixa escolaridade (80,8% tinham no máximo ensino fundamental completo) e negros (74,4%).

Violência racial

A desigualdade racial entre negros e brancos nas vítimas de homicídios também se comprova nos números totais de vítimas de MVI: em 2019, foram 74,4% de vítimas da raça/cor negra, 25,3% branca, 0,3% amarela e 0,1% indígena. Comparativamente, a distribuição populacional do país, em 2019, somava, entre pretos e pardos, 56,2%. Ou seja: há uma enorme disparidade em relação à proporção de pessoas negras no país e de pessoas negras vítimas de mortes violentas intencionais.

Mortes e suicídios de policiais

Em relação ao total de policiais militares e civis vítimas de crimes violentos letais intencionais, em serviço e em período de folga, houve uma queda de 44,3% nos registros em 2019 em relação ao ano anterior, num total de 172 ocorrências contra 313 do ano anterior. O número considera policiais da ativa, mortos em confronto ou por lesão não natural, nesse caso não inclui casos de acidente de trânsito e suicídio. Desse total, 62 (6 policiais civis e 56 policiais militares) foram mortos em serviço, e 110 (9 policiais civis e 101 policiais militares) foram vitimados fora de serviço, em confronto ou por lesão não natural, o que representa 64% do total de policiais mortos.

O perfil médio do policial assassinado não se distingue do verificado entre as vítimas de mortes violentas intencionais de modo geral. São majoritariamente homens (99%), negros (65%), com pequenas diferenças apenas no perfil etário, dado que 24,8% dos policiais mortos tinham entre 30 e 39 anos e 30,5% entre 40 e 49 anos, um pouco mais velhos que a média nacional.

No ano passado, houve pelo menos 91 casos (26 policiais civis e 65 policiais militares) de suicídio entre policiais da ativa no país, um recuo de 2,5 ante os 93 casos em 2018, uma vez que seis não apresentaram informações, entre eles o Acre, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Rio Grande do Norte. Dessa forma, mais uma vez o número de policiais que tiraram a própria vida superou o número de policiais mortos em confrontos.

Mortes decorrentes de intervenção policial

Em 2019, o país atingiu o maior número de mortes em decorrência de intervenções policiais desde que o indicador passou a ser monitorado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com um total de 6.357 casos, dos quais 79,1% das vítimas eram pretas e pardas. A comparação da taxa de letalidade policial entre brancos e negros indica que, enquanto a taxa de mortalidade entre brancos mortos pela polícia foi de 1,5 por grupo de 100 mil, a taxa entre negros vítimas de intervenções policiais chegou a 4,2% por 100 mil, 183% superior.

Ainda sobre o perfil dos mortos pelas polícias, 74,3% das vítimas eram jovens de no máximo 29 anos, com a maior proporção entre adolescentes e jovens de 15 a19 anos (24%) e entre jovens de 20 a 24 anos (31%), proporção bastante superior à média das MVI. Homens representaram 99,2% de todos os mortos pela polícia.

A proporção de MDIP no total de MVI no Brasil chegou a 13,3%, isto é, de cada 100 mortes violentas intencionais no país em 2019, 13 foram cometidas por policiais. No Rio de Janeiro, essa proporção chegou a 30,3% no mesmo ano. Em números absolutos, Rio e São Paulo sozinhos respondem por 42% desse total, com 1.810 e 867 mortes por intervenções de policiais civis e militares, respectivamente.

Em alguns estados, o uso da força letal pelas polícias é fenômeno raro, com taxas baixíssimas de mortalidade, casos do Distrito Federal (0,3 por 100 mil), Minas Gerais (0,5), Paraíba (0,6), e Pernambuco e Espírito Santo (0,8), abaixo da média nacional de 3 mortos pela polícia para cada grupo de 100 mil habitantes. Já as maiores taxas foram verificadas no Amapá (14,3), Rio de Janeiro (10,5), Goiás (7,6) Sergipe (7,2) e Pará (7,1 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes).

Violência contra crianças e adolescentes

No âmbito de uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, o FBSP está analisando os registros policiais da violência contra crianças e adolescentes para qualificar a abordagem das políticas públicas que tem por objetivo reduzi-la. A análise preliminar dos dados indica que crianças e adolescentes representaram 10% das vítimas de assassinato no país em 2019, com maior concentração entre aqueles entre 15 e 19 anos. Os números da violência letal entre crianças começam a crescer aos 13 anos e seguem tendência ininterrupta até os 19 anos. 91% das vítimas eram do sexo masculino e 75% negras.

Eleições 2020

Por meio do cruzamento de dados do Tribunal Superior Eleitoral relativos às eleições de 2010, 2012, 2014, 2016, 2018, compilados pelo CEPESPDATA, base do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público, da FGV, e de 2020, compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi possível fazer uma análise inédita do engajamento político-partidário dos profissionais da segurança pública, notadamente das Polícias Civil, Federal e Polícia Federal, Polícia Militar e das Forças Armadas.

Segundo esse levantamento, nas cinco eleições realizadas no país entre 2010 e 2018, e somando a de 2020, que será realizada em novembro deste ano, ao menos 25.452 policiais e membros das Forças Armadas candidataram-se a cargos de natureza eletiva no Brasil (1,6% do total de candidaturas no Brasil no mesmo período). Desses, 1.860, conseguiram efetivamente se eleger entre 2010 e 2018.

Em 2010, apenas os militares e policiais que pagaram imposto de renda equivaliam a 2,9% do eleitorado brasileiro. Já em 2018, esse percentual cresce 30,9% e atinge 3,8%, com destaque para o crescimento dos militares inativos, que cresceu 41,7% no período entre 2009 e 2018. Esse número, por si só, já chama muito a atenção e explica a importância das forças de segurança para o processo eleitoral no país. Agora, se multiplicarmos esse total pelo número médio de família do SIDRA/IBGE, que era de 3,3, em 2008, último dado disponível, teremos algo como 18,5 milhões de pessoas diretamente ligadas à “família policial” – pessoas que já votam ou ajudam a irradiar percepções e representações sociais disseminadas nestas categorias.

Do total de candidatura avaliadas no período, 94,5% eram de homens e apenas 5,5% mulheres. Já os dados sobre cor/raça dos candidatos, que só passaram a ser disponibilizados pelo TSE a partir de 2014, indicam que os policiais brancos representaram 45,6% de todos as candidaturas, contra 42,4% de pardos e 10,8% de pretos. Quando se analisa a cor/raça dos policiais eleitos no período 2014-2020, nota-se que os brancos somam 54,2% do total; os pardos, 37,9%; e os pretos, 7,1%.

Se agregarmos as agremiações partidárias em que policiais concorreram nas eleições ocorridas entre 2010 e 2018 nas categorias esquerda, centro-esquerda, centro-direita e direita, veremos que, em média, 81,8% dos profissionais das forças de segurança do país que concorreram durante as eleições no período analisado o fizeram por partidos de direita e centro-direita, mais vinculados tradicionalmente às bandeiras conservadoras da sociedade. Em 2018, a participação desses candidatos atingiu o ápice, quando 89,9% desses profissionais concorreram a cargos públicos por essas agremiações.

Outros dados do Anuário 2020

Armas de fogo

• Mais de 2,1 milhões de registros ativos nos sistemas federais

• 120,3% de aumento dos registros de armas para colecionadores, os CACs, em 2020.

• Aumento de 65,6% nas categorias do Sinarm entre 2017 e 2019

• 105 mil armas apreendidas em 2019 pelas polícias estaduais, queda de 0,3% em relação ao ano anterior

Gastos com Segurança Pública

• R﹩ 95 bilhões de recursos públicos de 2019, aumento de 0,4% em relação a 2018

• Desse total, a União investiu R﹩ 11,3 bi, queda de 3,8% na comparação com o ano anterior

• Estados investiram R﹩ 77,3 bilhões, aumento de 0,6%

• Municípios injetaram R﹩ 6,3 bi no setor, aumento de 5,3%

• 2.243 cidades declaram gastos com Segurança Pública em 2019, na evidência de maior protagonismo dos entes subnacionais no cofinanciamento da política. Participação dos municípios no financiamento da política de segurança passa de 5,6% em 2011 para 6,7% em 2019. Já a União perde participação, passando de responsável por 14,6% dos gastos em 2011 para 11,9% em 2019

Sistema prisional

• 755.274 pessoas privadas de liberdade em 2019

• Déficit de 305.660 vagas no sistema penitenciário e redução de 11,9% do número de presos provisórios

• Proporção de pessoas negras no sistema prisional aumentou de 58,4% em 2005 para 66,7% em 2019

• A proporção de brancos presos caiu de 39,8% em 2005 para 32,3% em 2019

• A taxa de incidência de Covid-19 no sistema penitenciário em setembro deste ano era de 3.637 a cada 100 mil presos, 47,7% superior à taxa média nacional (2.474 por 100 mil)

Pessoas desaparecidas

• 79.275 pessoas desaparecidas em 2019

• Aumento de 1% na comparação com o ano anterior

Violência contra população LGBTQI+

• Delegacias de polícia registram crescimento de 7,7% nas agressões contra LGBTQI+, mas apenas 11 estados monitoram o fenômeno, tornando essa população invisível para as políticas públicas da área

Segurança Privada

Em uma parceria com a FENAVIST (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores), o Anuário traz dados detalhados sobre a segurança privada e de transportes de valores no país. Alguns números:

• 545.477 vigilantes ativos no país em 2020

• 49% do efetivo da segurança privada encontra-se na Região Sudeste

Em 2020, as empresas de segurança privada e transporte de valores apresentaram saldo negativo entre contratações e desligamentos de -8.020 pessoas, ou seja, diminuíram o número de pessoas contratadas.

Sobre o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelos governos estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civil, militar e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados. Além disso, produz conhecimento, incentiva a avaliação de políticas públicas e promove o debate de novos temas na agenda do setor. Trata-se do mais amplo retrato da segurança pública brasileira.

Neste ano, o Anuário contou com parceiros importantes na elaboração do documento. Além da equipe de pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o documento também contou com o apoio do Unicef (Fundo Nacional das Nações Unidades para Infância), a Cruz Vermelha Internacional e a Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores).

A íntegra do Anuário Brasileiro da Segurança Pública já pode ser conferida no link.

Sobre o FBSP

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária, e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País. Composto por profissionais de diversos segmentos (policiais, peritos, guardas municipais, operadores do sistema de justiça criminal, pesquisadores acadêmicos e representantes da sociedade civil), o FBSP tem por foco o aprimoramento técnico da atividade policial e da governança democrática da segurança pública. O FBSP faz uma aposta radical na transparência e na aproximação entre segmentos enquanto ferramentas de prestação de contas e de modernização da segurança pública.

Condomínios destacam importância de investir em sustentabilidade

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Síndicos de condomínios que integram o programa ‘SustentaMundoBr – Parahyba’ destacam a importância de aderir à iniciativa que já cadastrou seis condomínios nas cidades de Cabedelo e João Pessoa. Entre os principais motivos, está a contribuição dos moradores ao desenvolvimento sustentável da cidade, à redução da poluição no meio ambiente e à qualidade de vida de catadores da região.

É o caso, por exemplo, do condomínio Atlante Ville, no Bairro de Intermares, em Cabedelo. O lugar foi o primeiro a se interessar pela proposta do programa e a receber o selo de adesão à iniciativa. “Os condôminos já queriam fazer essa coleta seletiva, mas o caminhão da Prefeitura mistura tudo na hora da coleta e não adiantavafazer a separação, até que o programa atendeu aos nossos anseios”, detalha Victor Navarro, subsíndico do local.

Victor destaca que foi necessário adequar um pouco a estrutura do condomínio, mas que isso trouxe mais qualidade ao ambiente. Além disso, os moradores foram favoráveis às mudanças. “Fizemos várias reuniões virtuais e a aceitação foi muito boa. Tiramos dúvidas sobre o que pode ou não ser reciclado. As pessoas vão ganhando consciência e percebemos isso no volume de material que é enviado para a reciclagem”, comenta, acrescentando que a ação ainda auxilia na geração de renda para as pessoas que vivem da reciclagem.

A mesma impressão tem a gerente do condomínio Jardins do Litoral, também em Cabedelo. Rayanne Cunha Lima destaca que a reciclagem só funciona a partir da conquista dos moradores e que muitos já aderiram ao programa. “O pessoal está começando a fazer a separação e a coleta. Acredito que temos muito chão pela frente, mas a aceitação é bem positiva neste momento”, diz. “É uma ação de grande importância em favor ao meio ambiente e de oportunidade de trabalho para as pessoas, além de valorizar o condomínio”, acrescenta.

Assim que sinaliza o interesse pelo programa, o condomínio recebe a visita de uma agente ambiental que promove as palestras educacionais e verifica a estrutura do local. Quando a primeira coleta seletiva é realizada, o condomínio recebe a placa de participação sinalizando que cumpriu todas as etapas e, oficialmente, integra o ‘SustentaMundoBr-Parahyba’. Os moradores, além da cartilha digital com diversas informações sobre o descarte correto de resíduos, recebem constantemente várias mensagens educativas.

Como funciona – O programa ‘SustentaMundoBr – Parahyba’ foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar em parceria com o Instituto Brasileiro do Ambiente Sustentável (IBAS) – www.ibasbrasil.org.br – para incentivar a coleta seletiva em municípios e iniciou com um minucioso diagnóstico da realidade local, etapa que em Cabedelo já foi concluída. A partir dele é possível estabelecer os processos para que a destinação correta dos recicláveis aconteça e chegue a uma central de triagem operada por cooperativas que comercializarão o material de forma a gerar trabalho e renda para catadores e suas famílias. Os interessados podem se inscrever a partir do e-mail: [email protected].

Assessoria

Cliente da Caixa pode contratar crédito habitacional por aplicativo

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A partir de hoje (19) está disponível a contratação de financiamento habitacional pela Caixa de forma digital. Pelo app Habitação Caixa, o usuário terá acesso a um serviço interativo, que abrange todas as fases do financiamento, desde o cadastro, até a aprovação.

Segundo o banco, o cliente poderá acompanhar todas as etapas do seu processo habitacional e, se necessário, resolver pendências pelo próprio aplicativo. Após todas as etapas concluídas na plataforma digital, o usuário precisará ir até uma agência da Caixa para a assinatura do contrato.

Como contratar

Para solicitar um financiamento, o cliente precisa baixar o aplicativo, efetuar a simulação de crédito e escolher a melhor condição apresentada. Nesta etapa, é possível ajustar os valores de entrada, o prazo, o indexador da taxa de juros, o sistema de amortização e a prestação máxima pretendida.

Na sequência, o usuário realiza seu cadastro e dos demais participantes da proposta, informa o município e o valor do imóvel. O envio de todos os documentos necessários à operação é feito pela plataforma, bem como a escolha do canal de atendimento, que poderá ser a Agência Digital ou um Correspondente Caixa Aqui. A agência física onde será assinado o contrato também é escolhida pelo cliente pelo aplicativo.

Em seguida, o cliente envia sua proposta para o banco e acompanha o processo no ambiente virtual.

No aplicativo, o cliente pode verificar se a sua proposta foi recebida, a ocorrência de pendências documentais e o resultado de sua avaliação de crédito. Também é possível acessar o boleto para pagamento da tarifa inicial de avaliação do imóvel pretendido e conferir o resultado do laudo.

O usuário pode ainda acompanhar de forma online a liberação dos recursos da sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em caso de utilização como entrada no financiamento, bem como a data prevista para assinatura do contrato.

O App Habitação Caixa está disponível para os sistemas operacionais Android e IOS, e pode ser baixado gratuitamente nas lojas GooglePlay ou AppStore.

Outros serviços relacionados ao contrato habitacional no app: emissão de boleto; alteração de dados do contrato; amortização do financiamento; inclusão de débito automático; liquidação antecipada; uso do FGTS; declaração de quitação anual de débitos; demonstrativo de valores pagos; extrato para Imposto de Renda.

Agência Brasil