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Vereadores visitam escola e creche municipais nesta quarta

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Nesta quarta-feira, (3), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) dá prosseguimento ao projeto “Câmara Itinerante”. As atividades acontecem a partir das 9h30, na Escola Municipal Ana Cristina, localizada na Avenida Hilton Souto Maior, 555, Água Fria. A partir das 11h, será a vez da Creche FNDE que fica na Rua Sibipiruna, s/n, Paratibe.

Nas visitas, os vereadores vão discutir com a população, como também com os gestores da escola e da creche, como essas unidades escolares estão se preparando para um retorno seguro às aulas presenciais, com a adoção de medidas sanitárias para prevenção à Covid-19.

Para o presidente da Casa Napoleão Laureano, Vereador Dinho (Avante), a presença dos vereadores “in loco” em ambientes que atuam em temas essenciais do cotidiano da população como Mobilidade Urbana, Saúde e Educação é de extrema importância. “Através dessa iniciativa, os vereadores e a população podem discutir de forma conjunta as demandas colocadas nos questionários que são respondidos nas ações, para que os anseios dos pessoenses sejam levados aos órgãos públicos e os problemas, desta forma, sejam solucionados”, afirmou.

A programação segue nesta quinta-feira, (4), com a visita a Unidades Básicas de Saúde e ao Centro de Armazenamento de Vacinas. Na próxima terça-feira (9), os vereadores visitarão o Largo de Tambaú e a barreira do Cabo Branco, com a discussão do ordenamento da orla e a preservação da barreira.

Prevenção à Covid-19: Prefeitura de João Pessoa cancela ponto facultativo em dias de Carnaval

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) seguirá o decreto do Governo do Estado e não vai dar ponto facultativo nos dias de Carnaval. A decisão foi confirmada pelo prefeito Cícero Lucena, após reunião de nove horas e meia com todos os secretários municipais. A medida visa diminuir as aglomerações no período das festividades e conter a propagação do Coronavírus na Capital e demais cidades do Estado.  Com a decisão do prefeito Cícero Lucena, os próximos dias 15, 16 e 17, segunda e terça de Carnaval e Quarta-feira de Cinzas, que tradicionalmente são dias de ponto facultativo no poder público municipal, serão dias de expediente normal nas repartições da PMJP.

Seguindo o que determina o Decreto do Governo Estadual, ficam suspensas as festas de Carnaval em ambientes abertos e fechados. Além disso, entre os dias 12 e 17 de fevereiro, bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e praças de alimentação só poderão funcionar das 6h até as 23h, ficando vedada a comercialização de qualquer produto para consumo no próprio estabelecimento, antes e depois do horário estabelecido, podendo funcionar apenas através de delivery ou para retirada pelos próprios clientes (takeaway).

O descumprimento dessas medidas, válidas para toda a Paraíba, pode sujeitar à aplicação de multa e implicar no fechamento do estabelecimento, em caso de reincidência. Os órgãos municipais, assim como os estaduais, como Guarda Municipal, Polícia Militar, Procon Municipal e Estadual e Vigilância Sanitária ficarão responsáveis pela fiscalização do cumprimento do decreto.

Depois de passar por reforma na base e conserto na ambulância, SAMU de Manaíra volta a funcionar

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Depois de passar por reforma na base e conserto na ambulância, o SAMU de Manaíra volta a prestar serviços à comunidade manairense. Segundo a coordenadora do Samu, Edna Alves, a instalação foi encontrada com vários problemas que impediram o funcionamento imediato do serviço. “Encontramos fardamento rasgado, total ausência de EPIs, falta de medicamentos, mofo nas paredes, infiltrações e a VTR com problemas mecânicos.

Foi necessário tomar diversas providências urgentes para conseguir colocar o serviço em funcionamento.” relatou Edna. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde, por determinação do prefeito Dr Messias, ofertou uma capacitação em APH (Atendimento Pré-Hospitalar) para a nova equipe, com o objetivo de treinar os profissionais da saúde para reconhecer situações de emergência cardíaca e prestar cuidados imediatos para vítimas de acidente ou mal súbito, tomando medidas que aumentem as chances de sobrevivência, até a chegada no hospital.

Messias esteve presente na entrega dos certificados do curso, juntamente com a vice-prefeita, Ramayara Pereira, o Secretário de Saúde, Ivan Lima, a secretária de Ação Social e Primeira-Dama Viviane Morais e o Vereador Luis Gonzaga.

Conforme antecipado, Veneziano Vital é eleito 1º Vice-Presidente do Senado Federal

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Plenário do Senado durante reunião preparatória destinada à eleição dos demais membros da Mesa do Senado Federal para o segundo biênio da 56º Legislatura. A eleição é realizada por escrutínio secreto, de acordo com o Regimento Interno do Senado Federal, por meio de cédulas não identificadas. Em discurso, à tribuna, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) foi eleito na tarde e noite desta terça-feira (02) para o cargo de 1º Vice-Presidente do Senado Federal. Ele disputou o cargo com o colega Lucas Barreto (PSD-AP) e venceu a disputa com 40 votos, contra 33 do amapaense.

 

 

 

Além do cargo de Presidente, cujo eleito no dia de ontem (01) foi o Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apenas o cargo de vice-presidente teve disputa no voto. Os demais integrantes da Mesa Diretora do Senado foram definidos pelas bancadas de forma prévia e receberam votação em disputa única.

 

 

 

Caberá a Veneziano como Primeiro Vice-Presidente substituir o Presidente nas suas faltas ou impedimentos; e exercer as atribuições estabelecidas no art. 66, § 7º, da Constituição, quando não as tenha exercido o Presidente (Regimento Interno – Resolução do Senado Federal nº 93, de 1970).

 

 

 

Com a definição desta terça-feira, a Mesa Diretora do Senado Federal para o período 2021/2022 ficou assim definida:

 

 

 

Presidente: Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

 

1º vice-presidente: Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

 

2º vice-presidente: Romário (Podemos-RJ)

 

Primeiro secretário: Irajá (PSD-TO)

 

Segundo secretário: Elmano Ferrer (PP-PI)

 

Terceiro secretário: Rogério Carvalho (PT-SE)

 

Quarto Secretário: Weverton Rocha (PDT-MA)

 

Suplentes de secretários: Jorginho Mello (PL-SC), Luiz do Carmo (MDB-GO) e Eliziane Gama (Cidadania-MA). O quarto suplente ainda não foi definido (a votação será em outro momento).

ASSISTA: Alcolumbre faz bela homenagem a José Maranhão ao se despedir da Presidência Do Senado

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Após reunião com secretários, prefeito afirma que é preciso olhar para o futuro de João Pessoa

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O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, encerrou o encontro com o vice-prefeito, Leo Bezerra, e todo o secretariado desta terça-feira (2) afirmando que é preciso olhar para o futuro de João Pessoa. A reunião, que aconteceu durante todo o dia em um hotel da orla da Capital, foi para fazer uma avaliação detalhada do primeiro mês de gestão e revelar os próximos passos a serem dados para cuidar da Capital paraibana. Nela, cada secretário revelou os problemas encontrados nas suas respectivas pastas e as ações já elaboradas em 30 dias de governo.

“Após 30 dias de gestão, os secretários já estão com uma real dimensão dos problemas, mas também já propondo soluções. Além disso, estão propondo um futuro dentro da linha que nós nos propusemos de cuidar da cidade de João Pessoa. E cuidar é enfrentar e resolver os problemas e não fugir deles, pois é dessa forma que nós vamos corresponder à confiança da população. Agora, é preciso olhar para o futuro de João Pessoa”, revelou o prefeito.

O encontro teve como metas discutir temas relacionados à saúde, educação, infraestrutura, habitação, mobilidade, limpeza urbana, meio ambiente, esporte, finanças, controladoria-geral, comunicação, defesa do consumidor, previdência municipal, transparência, ciência e tecnologia, segurança, participação popular, defesa civil, política para as mulheres, direitos LGBT, turismo, desenvolvimento urbano e social e projetos culturais.

O vice-prefeito Leo Bezerra ressaltou a importância desse encontro para afinar os objetivos e as estratégias. “Essa é uma visão inovadora que o prefeito Cícero Lucena tem de chamar os secretários nesses primeiros trinta dias de gestão para saber como eles encontraram suas pastas e o que estão pensando para o futuro. Essa é uma ação importante porque é aqui que podemos discutir as soluções. Esse é o nosso plano número um para as secretarias dialogarem e encontrarem uma solução. É dessa forma que os frutos vão chegar para a população, que sempre tem que ser a maior beneficiada”, disse.

Dos 223 municípios da Paraíba, apenas 22 não registraram casos da Covid-19; aponta boletim

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, nesta terça (2), 867 casos da Covid- 19. Entre os confirmados hoje, 103 (12%) são casos de pacientes hospitalizados e 764 (88,11%) são leves. Agora, a Paraíba totaliza 193.465 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 595.667 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.

Também foram confirmados 14 novos óbitos desde a última atualização, sendo 07 deles nas últimas 24h. Os óbitos ocorreram entre os dias 10 de janeiro e 1° de fevereiro, sendo dois deles em hospitais privados e os demais em hospitais públicos. Com isso, o estado totaliza 4.082 mortes. O boletim registra ainda um total de 149.242 pacientes recuperados da doença.

Concentração de casos

Cinco municípios concentram 463 novos casos, o que corresponde a 53,40% dos casos registrados nesta terça. São eles: João Pessoa, com 247 novos casos, totalizando 50.496; Campina Grande, com 141 novos casos, totalizando 17.487; Patos, com 30 novos casos, totalizando 7.861; São José de Piranhas, com 25 novos casos, totalizando 943; Boa Vista, com 20 novos casos, totalizando 219.

* Dados oficiais preliminares (fonte: e-sus VE, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 02/02/2021, sujeitos a alteração por parte dos municípios.

Óbitos

Até esta terça, 201 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os 14 óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre residentes dos municípios de Bayeux (2), Cajazeiras (1), Campina Grande (3), Gurinhém (1), João Pessoa (2), Santa Rita (1), Mamanguape (1), Princesa Isabel (1), São Mamede (1) e Sumé (1). As vítimas são 06 homens e 08 mulheres, com idades entre 51 e 94 anos. Cardiopatia e diabetes foram as comorbidades mais frequentes e dois deles não apresentavam comorbidade.

Ocupação de leitos Covid-19

A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado é de 50%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 51%. Em Campina Grande estão ocupados 62% dos leitos de UTI adulto e no sertão 60% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro estadual de regulação hospitalar, 24 pacientes foram internados nas ultimas 24h.

Cobertura Vacinal

Até a última atualização de 2 de fevereiro, foi registrado no sistema de informação SI-PNI a aplicação de 42.658 doses.

Os dados epidemiológicos com informações sobre todos os municípios e ocupação de leitos estão disponíveis em: www.paraiba.pb.gov.br/coronavirus

PRF na Paraíba apreende 60kg de pasta base de cocaína escondida em fundo falso de caminhonete

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A Polícia Rodoviária Federal apreendeu na Paraíba, no início da tarde desta terça-feira (02), aproximadamente 60kg de cloridrato de cocaína, mais conhecido como pasta base, sendo transportados em fundo falso de caminhonete. Um homem foi preso em flagrante durante a abordagem.

Os policiais abordaram o veículo Fiat Strada na BR 230, próximo à entrada do município de Itabaiana. O motorista de 38 anos apresentou grande nervosismo durante a fiscalização e entrou em contradição em relação à viagem. Os policiais desconfiaram também do assoalho da carroceria, que apresentava sinais de que havia sido mexido.

Ao intensificar a fiscalização minuciosa, os policiais localizaram a droga escondida em um fundo falso. Foram encontrados aproximadamente 60kg de pasta base de cocaína, avaliados em mais de R$ 7,5 milhões. A polícia está investigando a origem da droga que tinha como destino final a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

O homem, que não possuía antecedentes criminais, foi preso em flagrante e conduzido à Polícia Civil. Ele deverá responder pelo crime de tráfico de drogas.

Número de trabalhadores em home office diminui em novembro de 2020

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Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.

O percentual de pessoas em home office, trabalho remoto, se manteve em queda em novembro de 2020 e atingiu 7,3 milhões de pessoas trabalhando remotamente, redução de, aproximadamente, 260 mil pessoas em relação ao mês anterior.

O resultado representa 9,1% dos 80,2 milhões de ocupados e não afastados. Os números fazem parte do estudo sobre o trabalho remoto no país durante a pandemia de covid-19, divulgado hoje (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o Ipea, a remuneração desses profissionais somou R$ 32 bilhões, valor equivalente a 17,4% dos R$ 183,5 bilhões da massa de rendimentos efetivamente recebida por todos os ocupados no país. No mês anterior, 9,6% das pessoas ocupadas e não afastadas foram responsáveis por 18,5% da massa de rendimentos.

O estudo mostrou ainda que as mulheres e pessoas brancas são a maioria no perfil dos trabalhadores em home office, que tem se mantido estável desde a primeira análise, baseada nos dados de maio de 2020. Em novembro, 57,8% das pessoas em trabalho remoto eram mulheres, 65,3% eram da cor branca, 76% tinham nível superior completo e 31,8% apresentavam idade entre 30 e 39 anos.

O setor formal continua predominando no teletrabalho, que representa 6,2 milhões de pessoas ou 84,8% do total. Já na informalidade eram 15,2% dos trabalhadores ou 1,1 milhão de pessoas que desempenhavam as funções remotamente.

Conforme o estudo, 30% da massa de rendimentos na distribuição por atividade, foi gerada por pessoas no setor de serviços que não estavam em home office, 16,4% corresponderam ao setor público, 14,7% na indústria e 10,7% no comércio.

A contribuição das pessoas em trabalho remoto é similar à registrada com os trabalhadores da indústria ou do setor público, uma vez que elas foram responsáveis por 17,4% da massa em novembro.

O Brasil tinha 2,85 milhões de pessoas trabalhando remotamente em novembro no setor público e 4,48 milhões no setor privado. Isso significa que País tinha 2,85 milhões trabalhando remotamente no setor público e 4,48 milhões no setor privado em novembro, sendo que 38,9% em home office eram do setor público , o que corresponde ao maior percentual observado desde o início da análise.

Segundo o Ipea, o estudo utilizou dados da última análise da Pnad Covid-19, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Geraldo Góes, um dos autores da pesquisa intitulada O Trabalho Remoto e a Pandemia: o que a Pnad Covid-19 nos mostrou, conclui uma etapa de avaliações sobre os impactos da pandemia no mercado de trabalho. “Essa nota encerra um ciclo que nos permitiu fazer um retrato do trabalho remoto no país”, observou.

Regiões

O Sudeste continuou sendo a região que concentrou a maior parte de pessoas em trabalho remoto (58,3%) e o Distrito Federal (20%), Rio de Janeiro (15,6%) e São Paulo (13,1%) tiveram os maiores percentuais de pessoas nessa situação. Já os menores percentuais foram registrados no Pará (3,1%), no Amazonas (3,5%) e no Mato Grosso (3,8%).

Desigualdade

Os estados do Nordeste, Sudeste e Sul, incluindo ainda o Amapá e o Pará apresentaram os maiores índices de desigualdade, enquanto os estados do Centro-Oeste registraram os menores índices. A análise foi feita também com base nos dados da Pnad Covid-19, com os quais os pesquisadores calcularam o Índice de Gini, utilizado para medir a desigualdade, do rendimento de todos os trabalhos remotos, por Unidade da Federação.

Quase 80% dos médicos reprovam atuação do Ministério da Saúde na pandemia, diz pesquisa

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SÃO PAULO, SP (FOLHAAPRESS) — Um ano após o início da pandemia de Covid-19, mais de 220 mil mortes e o país quase batendo em 10 milhões de casos confirmados, a atuação do Ministério da Saúde, sob gestão de Eduardo Pazuello, é desaprovada por 78,5% por médicos entrevistados em pesquisa da AMB (Associação Médica Brasileira), divulgada nesta terça (2).

Foram ouvidos 3.882 médicos de todas as regiões do país por meio de questionário online. Pesquisa anterior da APM (Associação Paulista de Medicina) mostra que, em abril do ano passado, ainda sob o comando de Luiz Henrique Mandetta e com o país contabilizando pouco mais de 2.000 mortos, a aprovação batia em 72%.

“Logo que o Mandetta saiu, a aprovação despencou e se mantém nos mesmos patamares até hoje, em torno de 16%. Essa divergência de diretrizes e protocolos, autoridades defendendo suposições, tratamentos sem evidência, isso provoca muita confusão, deixa os médicos perdidos”, diz o médico César Eduardo Fernandes, presidente da AMB.

Mais de um quarto dos médicos entrevistados ainda acredita que a cloroquina e a ivermectina são medicamentos eficazes para os sintomas iniciais da Covid. E 15% apostam na ivermectina, um vermífugo, como prevenção. Inúmeros estudos científicos já demonstraram que eles não funcionam para prevenir ou tratar a Covid-19.

Um outro equívoco: 13,8% dos médicos considerarem o corticoide dexametasona como opção terapêutica também nos sintomas iniciais da doença. Outros 8,8% citaram os anticoagulantes (como a heparina) para esse fim. Ambos só são indicados em quadros mais graves da Covid, quando há comprometimento pulmonar igual ou superior a 50%, que exigem internação.

“Não há um alinhamento dos médicos. Isso tudo deveria estar em protocolo do Ministério da Saúde muito bem escrito como se fosse a bíblia”, diz Fernandes.

A maioria dos médicos entrevistados (64%) relata deficiências de pessoal, protocolos e equipamentos nos serviços de saúde onde atuam. “Nós começamos a pandemia com muita precariedade, em dado momento isso se atenuou um pouco, mas o enfrentamento ainda é insuficiente, não consegue suprir as demandas mínimas necessárias para um atendimento digno”, afirma o presidente da AMB.

Um terço dos entrevistados (32,5%) reclama de falta de profissionais (médicos, enfermeiros entre outros), 27,2% de ausência de diretrizes e protocolos de atendimento e 20,3%, falta de leitos regulares e/ou de UTI.

Já a escassez de máscaras, luvas, aventais, óculos, proteção facial, álcool em gel e/ou outros materiais básicos ainda é problema para 16,7% dos profissionais.

Cerca de 16% se queixam da falta de testes de diagnóstico para confirmar a Covid-19 nos pacientes que buscam atendimento. Outros 13% dizem que só há testes disponíveis para doentes que manifestarem sintomas graves da doença.

Oito em cada dez entrevistados relatam que as UTIs estão mais lotadas e 17,7% apontam que isso já compromete a qualidade da assistência. Na região Norte, 21,3% têm essa percepção, e, no Amazonas, 54,5%.

Nesse momento da pandemia, seis em cada dez profissionais apontam estresse e ansiedade no ambiente de trabalho. Um quarto deles já foi infectado pelo coronavírus.
Para Fernandes, o estresse relatado pelos médicos não chega a surpreender. “Eles estão desacorçoados, como se diz lá no interior, sem energia, sem esperança. Trabalham muito, mas a situação da pandemia não muda.”

Um recente estudo da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), com 999 profissionais de UTI, mostrou que cerca de metade dos médicos e enfermeiros do Norte e do Nordeste relatam escassez de profissionais e, em razão disso, maior sobrecarga para quem está na linha de frente.

“Faltam profissionais habilitados e não até não habilitados para serem treinados. Está muito difícil preencher escala de plantão em todos os níveis nas UTIs. As pessoas estão cuidando de muito mais pacientes do que o número usual [dez]. Estão sem força, com sinais de burnout”, explica Suzana Lobo, presidente da Amib.

Outros fatores para o esgotamento físico e mental, segundo ela, são o medo de levar a infecção para os familiares e cuidar de colegas com a doença.

Um outro dado que chama a atenção é o alto percentual de médicos (72,8%) que relatam ter constatado na sua prática diária casos de pacientes que ficaram com sequelas após a cura da Covid.

A maioria (56,5) menciona sintomas considerados “mais brandos” como dor de cabeça, fadiga e dor no corpo. Mas 13% citam fibrose pulmonar, 11%, trombose e 6%, problemas cardíacos. “Estamos trocando pneu com o carro em andamento. Muitos desses casos o sistema de saúde sequer sabe [sobre a existência deles].”

Uma boa sinalização da pesquisa é que que quase a totalidade (97,5) dos médicos entrevistados pretende se vacinar contra a Covid-19 e recomendará a imunização aos pacientes.