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TCE-PB imputa débito de R$ 21 milhões à Organização Social por irregularidades na gestão de hospitais

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Na primeira sessão ordinária híbrida (presencial e remota), realizada pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), nesta quarta-feira (25), os membros do TCE-PB, à unanimidade, julgaram irregulares as despesas realizadas pelo Instituto GERIR, Organização Social contratada pela Secretaria de Saúde do Estado para gestões no Hospital Regional Janduhy Carneiro e Maternidade Dr. Peregrino Filho na cidade de Patos em 2019.

As duas inspeções especiais realizadas pelos técnicos da Corte mostraram que os prejuízos chegaram ao montante de R$ 21 milhões em despesas não comprovadas e ilegítimas, conforme os votos do relator, conselheiro André Carlo Torres Pontes, referentes aos processos números  12940/19 e nº12992/19. Os valores foram imputados, solidariamente, ao Instituto GERIR e ao diretor Antônio Borges de Queiroz, e devem ser ressarcidos no prazo de 30 dias.

Entre as irregularidades apontadas pela Auditoria puderam ser destacadas transferências de numerários sem justificativa para outra conta corrente do próprio Instituto, diversa daquela utilizada para recebimento e prestação de contas, bloqueios judiciais que impediram compromissos com folha de pessoal e superfaturamento de contratos.

Os prejuízos do Estado com os recursos administrados pela Organização Social Instituto GERIR chegaram a R$ 15.208.091,32, relacionados ao Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, e R$ 6.003.740,43 na gestão da Maternidade Dr. Peregrino Filho.

 

O Tribunal de Contas do Estado realizou sua 2321ª sessão ordinária com a participação dos conselheiros Fernando Rodrigues Catão, Arnóbio Alves Viana, Nominando Diniz, André Carlo Torres Pontes e Antônio Gomes Vieira Filho. Também os substitutos Oscar Mamede Santiago Melo e Antônio Cláudio Silva Santos. Pelo Ministério Público de Contas atuou o procurador geral, Manoel Antônio dos Santos.

ESPERANÇA RENOVADA: Paraíba recebe mais de 142 mil doses de vacina nesta quinta-feira

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciou nesta quinta-feira (26) a chegada de mais 142.560 doses de vacinas contra a covid-19.

De acordo com a secretaria está prevista a chegada de 86.400 doses da Butatan, para aplicação da primeira dose (D1) e segunda dose (D2), por volta das 12h15. Às 15h está prevista a chegada de mais 56.160 doses da Pfizer também para D1 e D2.

Com isso, a idade mínima para vacinação no estado deve diminuir, a maioria dos municípios já alcançou a faixa etária de 18 anos, ou começou a vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos, com comorbidades.

Nessa quarta-feira (25), foi definido que a partir de 15 de setembro, doses de reforço para pessoas imunossuprimidas e população com 70 anos ou mais, conforme anúncio do Ministério da Saúde (MS) sobre as novas estratégias para condução do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra covid-19.

Nesta quinta, João Pessoa vacina pessoas a partir de 12 anos com deficiência e comorbidades, e segue com segunda dose

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A Prefeitura de João Pessoa segue, nesta quinta-feira (26), com a campanha de vacinação contra a Covid-19 imunizando com a primeira dose adolescentes com deficiência e comorbidades a partir dos 12 anos, além de aplicar a dose de reforço para quem tomou Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer.

Para os adolescentes com deficiência e comorbidades, a vacinação será realizada em 8 postos, que funcionarão das 8h às 12h, além de um drive-thru, que abre às 8h e finaliza às 15h. A vacinação com a dose de reforço será realizada em 4 postos, das 8h às 12h, e 2 pontos de drive-thru, funcionando das 8h às 15h.

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Este grupo inclui pessoas com: limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas; indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo; pessoas com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos; indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar, etc.

Documentação exigida – A deficiência deverá ser preferencialmente comprovada por meio de qualquer documento, desde que atenda ao conceito de deficiência permanente adotado nesta estratégia, podendo ser: laudo médico que indique a deficiência; cartões de gratuidade no transporte público que indique condição de deficiência; documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência; documento oficial de identidade com a indicação da deficiência; ou qualquer outro documento que indique se tratar de pessoa com deficiência. Caso não haja um documento comprobatório, será possível a vacinação a partir da autodeclaração do indivíduo. Nesta ocasião, o indivíduo deverá ser informado quanto ao crime de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal).

No caso de adolescentes com comorbidades, será preciso levar cópia do laudo ou declaração médica que comprove sua condição. As cópias dos documentos comprobatórios também ficarão retidas.

Já para a D2 precisa apenas do cartão de vacinação e de um documento com foto.

Agendamento – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta sobre a necessidade do agendamento, que pode ser feito através do aplicativo Vacina João Pessoa ou do site vacina.joaopessoa.pb.gov.br. Com isso, o cidadão assegura ser vacinado no local indicado, com agilidade e todos os cuidados sanitários necessários. O agendamento está disponível a partir das 19h desta quarta-feira (25). O público com deficiência não precisa realizar o agendamento.

Dúvidas – Quem tiver algum problema para realizar o cadastro ou agendamento, pode tirar dúvidas pelo e-mail [email protected] ou telefone 9 8600-4815 (8h às 17h).

Solidariedade – Os postos de vacinação também estão abertos para receber as doações de alimentos não perecíveis. Após a arrecadação, eles serão distribuídos com instituições de caridade e famílias necessitadas, atingidas pelos efeitos da pandemia. A arrecadação e a distribuição integram uma iniciativa conjunta da Prefeitura de João Pessoa e do Governo do Estado.

Confira os pontos de vacinação desta quinta-feira (26):

PRIMEIRA DOSE

Pessoas com deficiência 12+ (8h às 12h)
Associação Pestalozzi da Paraíba (Cristo Redentor)
Apae (Bancários)
Funad (Pedro Gondim)

12+ com comorbidades
ECIT Papa Paulo VI (Cruz das Armas)
Escola Francisco Pereira da Nóbrega (Cristo Redentor)
Centro Cultural Tenente Lucena (Mangabeira)
Escola Leonel Brizola (Tambauzinho)

Drive-thru (8h às 15h)
UFPB, acesso pelo HU (Castelo Branco)

SEGUNDA DOSE
Coronavac – Butantan (8h às 12h)
Lyceu (Centro)

Drive-thru (8h às 15h)
Mangabeira Shopping (também pedestres)

Astrazeneca (8h às 12h)
FIEP (Trincheiras)
Escola Seráfico da Nóbrega (Tambaú)

Drive-thru (8h às 15h)
Unipê (Água Fria)

Pfizer (8h às 12h)
Ginásio Ivan Cantisani (Tambiá)

Paraíba é o 2º estado do Brasil e 1º do Nordeste com menor ocupação dos leitos

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O Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que de 15 a 21 de agosto se manteve uma tendência de queda de diversos indicadores da pandemia que vêm sendo acompanhados pela Fiocruz, entre eles o das taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos. O material evidencia que a Paraíba é o 2º estado Brasileiro com a menor ocupação de leitos dedicados ao vírus, figurando como o primeiro no ranking Nordeste.

Duas capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 80%: Boa Vista (84%) e Rio de Janeiro (96%). João Pessoa está entre as 20 capitais fora da zona de alerta com a ocupação média de 16%, sendo menor que a do Recife (43%), Maceió (23%), Aracaju (45%), Salvador (26%). O estudo aponta que quatro capitais estão na zona de alerta intermediário: Belo Horizonte (64%), Curitiba (72%), Goiânia (73%) e Brasília (63%).

O Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz ressalta ainda que o controle da pandemia está ancorado na vacinação, no uso de máscara e no distanciamento físico, que continuam sendo estratégias fundamentais para o enfrentamento da Covid-19.

A Paraíba já vacinou 80% da população adulta com pelo menos uma dose, ou dose única, o equivalente a 59,24%  da população total do estado. De acordo com o secretário de saúde do estado, Geraldo Medeiros, esta melhora nos indicadores já é percebida pelo monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e que já possibilitou a retomada de serviços para a população.

“Nós ampliamos leitos, estamos mantendo o ritmo da vacinação e já percebemos a melhora nos indicadores, o que já se reflete na queda de ocupação total de leitos Covid-19, que têm se mantido com média de 20%. Essa atualização de cenário possibilitou a retomada de vistas presenciais com novos protocolos no Hospital Metropolitano, o retorno dos atendimentos ambulatoriais e das cirurgias eletivas no estado, bem como a continuidade do Programa Opera Paraíba”, reforça o secretário.

O estado mantém a estabilidade nos índices, também de acordo com análise situacional e evolutiva da pandemia da covid-19 do Plano Novo Normal Paraíba. 99% dos municípios paraibanos encontram-se em bandeira amarela, com a possibilidade maior de flexibilização das atividades. Embora seja um quadro animador, o Boletim da Fiocruz ressalta que é preciso ter cautela por conta da propagação da variante Delta no País. A Paraíba ainda não apresenta casos da nova cepa, embora estados vizinhos já tenham notificado casos da Delta. O Boletim Observatório covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz completo pode ser acessado no link: bit.ly/3gzXcHZ 

Agevisa divulga projetos selecionados para evento estadual sobre cuidado e segurança do paciente

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A Agência Estadual de Vigilância Sanitária realiza no próximo dia 17 de setembro, a partir das 9 horas, encontro estadual remoto com foco no tema “Cuidado Materno e Neonatal Seguro”. Direcionado especialmente aos profissionais dos serviços de saúde, mas aberto a todas as pessoas interessadas em debater a questão da saúde das mães e dos recém-nascidos, o encontro versará sobre a “Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente” e incluirá a apresentação de experiências realizadas em hospitais paraibanos e destinadas a promover o parto seguro e a preservação da vida das mães e dos seus bebês.

 

Na manhã desta quarta-feira (25), a Agevisa divulgou a lista dos hospitais com projetos selecionados pela Comissão Organizadora, em conjunto com a Diretoria-Geral, para serem apresentados e debatidos durante o evento, cuja realização fará parte da celebração do Dia Mundial da Segurança do Paciente (17 de setembro), nos termos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

Segundo a coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente da Vigilância Sanitária (NSP-Visa), Vivian de Oliveira Lopes, foram selecionados projetos desenvolvidos por profissionais do Hospital Distrital Deputado Manoel Gonçalves de Abrantes (Sousa), Maternidade Deodato Cartaxo (de Cajazeiras), Instituto Cândida Vargas, Hospital Alberto Urquiza Wanderley e Maternidade Frei Damião (de João Pessoa) e Hospital e Maternidade Dr. Peregrino Filho (do município de Patos).

 

Os trabalhos foram escolhidos por meio de processo seletivo realizado entre os meses de junho e julho e idealizado com o objetivo de aproximar e dar visibilidade às atividades dos serviços de saúde da Paraíba. “Como critério de inclusão no evento, foram selecionados aqueles que mais se encaixam na temática deste ano”, explicou Vivian Lopes.

Audiência Pública: Câmara debate revisão do Plano Diretor da Capital

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A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, nesta quarta-feira (25), uma audiência pública para debater a revisão do Plano Diretor da Capital, instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana da cidade. A discussão foi proposta pela Mesa Diretora da Casa e contou com a participação de secretários municipais, vereadores e representantes da sociedade civil organizada.

O secretário de Planejamento José William Montenegro Leal afirmou que a gestão atual teve o cuidado de começar o processo de revisão do Plano Diretor, que deveria ter sido feito em 2018. Ele explicou que a Seplan é responsável pela coordenação desse importante projeto, que, legalmente, deve planejar a cidade pelos próximos dez anos, mas que o planejamento vai além desse período.

“A gestão pensa o Plano Diretor para uma João Pessoa de 20 a 30 anos à frente. O Plano Diretor é a lei que determina como o Município vai se desenvolver e se ordenar de forma sustentável. É importante que haja uma discussão ampla e democrática para a construção de uma cidade inteligente, sustentável e solidária, tanto para os moradores quanto para as pessoas que a visitam”, explicou, complementando que esse planejamento norteia ações de políticas públicas necessárias ao bem-estar das pessoas, ao meio ambiente e ao desenvolvimento econômico e sustentável.

O secretário citou pontos que devem ser amplamente debatidos para a construção do Plano Diretor, como: abordagem socioeconômica; arrecadação de tributos; gestão pública eficiente; urbanismo e infraestrutura; uso e ocupação do solo; iluminação e segurança pública; creches e escolas; postos de saúde; patrimônio histórico; saneamento básico; coleta de lixo; preservação de rios, nascentes e áreas verdes; controle da poluição; mapeamento de áreas de risco; e mobilidade urbana sob o viés da estrutura das ruas, calçadas, ciclovias e da acessibilidade.

O representante do consórcio responsável por gerir o “João Pessoa Sustentável”, Gustavo Taniguchi, esclareceu que o programa tem um item específico que prevê a contratação de uma consultoria para auxiliar na revisão do Plano Diretor. “A revisão do instrumento é feita pelo Executivo. A empresa vem prestar uma consultoria, um apoio ao município nas questões técnicas, para melhorar a divulgação do Plano e traduzir essa linguagem técnica para que a população possa contribuir em tempo integral, durante todo esse processo de revisão. A partir do diagnóstico técnico e comunitário são construídas as propostas e minutas de lei, que vão ser apreciadas aqui para que todos os vereadores tenham a oportunidade de revisar”, explicou.

O secretário José William garantiu que a CMJP vai receber um trabalho com a participação de todos. “Teremos condições de entregar à Câmara, ainda no primeiro semestre do ano que vem, o melhor material possível para que os vereadores possam debater em definitivo e promulgar a revisão do Plano Diretor. Estamos à inteira e total disposição da sociedade e desta Casa”, concluiu.

Vacinação contra covid-19: Novas estratégias visam ampliar imunidade da população

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A Secretaria de Estado da Saúde informou, nesta quarta-feira (25), que a Paraíba vai oferecer, a partir de 15 de setembro, doses de reforço para pessoas imunossuprimidas e população com 70 anos ou mais, conforme anúncio do Ministério da Saúde (MS) sobre as novas estratégias para condução do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra covid-19. No informe também está prevista a redução do intervalo entre 1ª e 2ª doses para os esquemas vacinais onde estão sendo utilizados imunizantes da Pfizer/Corminaty e Astrazeneca/Fiocruz. Ao contrário do esperado, profissionais de saúde não foram incluídos na oferta de doses de reforço. Segundo o anúncio, as novas determinações entrarão em vigor em 15 de setembro.

A nova etapa de imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca. De acordo com o MS, as doses de reforço são exclusivas para os públicos determinados, obedecendo ao seguinte critério: pessoas com problemas de imunidade devem tomar uma dose adicional 28 dias após a conclusão do esquema vacinal anterior, já a população a partir de 70 anos deve acatar o prazo de 180 dias após o término do esquema anterior para receber a dose adicional.

Sobre a redução dos intervalos entre a 1ª e 2ª doses das vacinas das fabricantes Pfizer e Astrazeneca, o MS informou que a segunda dose deve ser administrada após 08 semanas, ou 60 dias. O intervalo anterior era de 12 semanas, o que equivale a 90 dias. A medida visa ampliar a quantidade de pessoas com esquema vacinal completo. Neste sentido, a Paraíba tem previsão de concluir a vacinação com D1 da população acima de 18 anos até 10 de setembro.

A SES observou que as informações são preliminares, uma vez que o MS não divulgou nota técnica sobre o assunto. Nenhuma das novas determinações constam no PNI e por isso não são objeto de pautas de distribuição. No momento, são aguardadas orientações do MS sobre esse novo momento da vacinação.

ALPB realiza sessão especial para debater pobreza menstrual na Paraíba

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, na tarde desta quarta-feira (25), uma Sessão Especial para debater a pobreza menstrual, enfrentada por mulheres e trans em todo o país, especialmente no nosso estado. O evento, realizado de forma remota, foi proposto pelas deputadas Cida Ramos e Estela Bezerra e contou com a presença de parlamentares, representantes de entidades e profissionais das áreas de Saúde e do Direito.

O objetivo foi debater a distribuição gratuita de absorventes higiênicos às mulheres de baixa renda. “Dizemos não à Pobreza Menstrual, é o tema da nossa discussão nessa Casa Legislativa. A pobreza menstrual é uma realidade enfrentada por muitas mulheres e trans. É um problema de saúde pública. Infelizmente muitas delas não possuem condição financeira suficiente para comprar todo mês um pacote de absorvente”, ressaltou Cida Ramos.

Segundo a deputada Estela Bezerra, a falta de acesso a itens básicos de higiene menstrual, saneamento básico e de informações causa danos à saúde que podem ser bem graves e, em alguns casos, irreversíveis. “A nossa luta é quebrar a cultura da invisibilidade, do isolamento e da pobreza menstrual. Defendemos o investimento através de ações de governo, pois a pobreza menstrual também acarreta ausências à escola, chegando até a evasão escolar”, disse a parlamentar.

As duas parlamentares são responsáveis, também, pela criação de propostas na Assembleia Legislativa que visam políticas públicas para garantir o acesso a absorventes higiênicos para meninas, jovens e mulheres, em situação de vulnerabilidade social.

A médica Joana Marisa de Barros, membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia com Especialização em Mamografia, disse que as mulheres têm que partir para a luta. “A gente não pode recuar. Essa questão é nossa, é de todas nós”. Para a ginecologista Wanuzia Keila de Miranda, “a pobreza menstrual, na verdade, é uma negligência que nós temos à dignidade humana em nossa sociedade atualmente”.

A advogada Yasmim Mendonça, membro da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PB, revelou que 2 % das residências do país não têm banheiros. No Nordeste, segundo ela, cerca de 45 mil domicílios não têm banheiro. “Então, se essas meninas, essas pessoas, que têm acesso à educação, especificamente, e dentro das escolas não têm um absorvente para utilizar. Têm de usar um paninho, pão, papel higiênico – que muitas vezes nem tem nessas escolas – e o único meio de acesso. Algo precisa ser feito para resolver essa situação”, disparou.

“A pauta da dignidade menstrual é uma pauta de possível renda para mulheres. Isso é muito importante. A gente precisa pensar em todos os aspectos, inclusive no ambiental. Pensar em absorvente reutilizável, renovável como coletores de tecido especial ou de materiais como fibra de bambu e fibra de banana. Temos que pensar também em incentivos políticos, de se tornar política pública de verdade, não só apenas com apoio da sociedade civil – que é muito importante. Não basta dignidade menstrual. Tem que ser um direito, não um auxílio”, acrescentou a socióloga Marina Blank Virgilio da Silva, cientista social da USP e idealizadora do Projeto Liberdade Igualdade Sororidade (Projeto LIS).

No final da sessão, a advogada especialista em Direitos Humanos, Marcella Torres, Porta Voz do Instituto Projeto Público, propôs a unificação das proposituras das deputadas Cida Ramos e Estela Bezerra em forma de um projeto de iniciativa popular. “Em todas as falas nesse debata fica evidente que nós temos um consenso sobre a importância de uma política ampla, inclusiva, e que combata a pobreza menstrual. Trata-se aqui de uma sociedade civil que realmente é independente e que está interessada, está mobilizada pela pauta, pela urgência de uma reparação histórica e pela obrigação estatal de garantir o direito à saúde, à educação e à dignidade de todas as pessoas que menstruam”, justificou.

Também estavam presentes na sessão as profissionais de saúde Waglania Farias e Wanicleide Leite, terapeuta de casais e da sexualidade; a promotora Rosane Maria Araújo; as advogadas Larina Lacerda, Sheylla Campos, Talita Lucena e Thiciane Carneiro; as jornalistas Palloma Pires e Taty Valéria; a consultora Diana Nunes; as professoras Fernanda França, Irene Marinheiro, Marina Blank Virgilio da Silva, Geysianne Felipe e Nívia Pereira; e a estudante Raely das Mercês.

Ex-prefeito e ex-chefe de gabinete da Câmara de Guarabira são condenados por ato de improbidade

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A 4ª Vara Mista de Guarabira julgou procedente o pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e condenou o ex-prefeito de Guarabira, José Agostinho Sousa de Almeida, e o ex-chefe de gabinete da Câmara de Vereadores de Guarabira, João Joaquim da Silva, pela prática de ato de improbidade administrativa, previstos nos artigos 9 (inciso II), 10 (inciso I) e 11 da Lei n. 8.429/92, que consistem em enriquecimento ilícito, lesão ao erário e ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro.

Eles foram condenados às penas de ressarcimento integral do dano causado aos cofres do município de Guarabira, de forma solidária, no valor R$ 4.883,25, referente à nota de empenho nº 0083470/12, atualizados monetariamente e com juros legais de 1% ao mês a partir do evento danoso e ao pagamento de multa civil no valor de R$ 2 mil para cada um, a ser atualizada monetariamente e acrescida de juros de mora de 1% ao mês a partir da sentença. O valor deverá ser revertido em favor do Município e Guarabira, conforme dispõe o artigo 18 da Lei de Improbidade Administrativa.

A sentença é uma resposta à ação civil pública 0801912-54.2017.8.15.0181, ajuizada em agosto de 2017 pela 4ª promotora de Justiça de Guarabira, Andréa Bezerra Pequeno de Alustau, que atua na defesa do patrimônio público, contra o então prefeito em exercício de Guarabira (José Agostinho assumiu o cargo de prefeito em dezembro de 2012, em razão do afastamento do prefeito anterior) e o então chefe de gabinete na Câmara Municipal da mesma cidade. Cabe recurso.

Serviço superfaturado que nunca foi executado

Em dezembro de 2012, a Prefeitura de Guarabira contratou um terceiro para efetuar serviços de pintura no ginásio de esportes da escola Ascendino Toscano pelo valor de R$ 4.883,25, pago dois dias depois, através do empenho nº 0083470/12.

No entanto, conforme explicou a promotora de Justiça, as investigações apontaram que o terceiro contratado foi ludibriado e usado como “laranja”, já que o dinheiro foi pago a João Joaquim da Silva, para um serviço superfaturado de pintura no muro da sede da Prefeitura. Também foi constatado que o serviço de pintura no ginásio da escola nunca foi executado. “Além do engodo na contratação questionada, tanto na pessoa verdadeiramente contratada quanto nos serviços efetivamente prestados, houve, inegavelmente, o superfaturamento do valor do contrato, pois, foi efetuado o pagamento pela mão-de-obra no valor de R$4.883,25, contudo, os executores do serviço receberam a quantia de R$1.050,00, verificando-se, portanto, um superávit de R$3.833,25, em prejuízo aos cofres do Município de Guarabira”, criticou a promotora de Justiça.

O MPPB também ilustrou o superaturamento, ao comparar a situação com contratos feitos anteriormente. A ação traz como exemplo que, em 2011, João Joaquim foi contratado pela Prefeitura de Guarabira, na época sob a gestão de Maria de Fátima de Aquino Paulino, para executar serviços de pintura de muro, meio-fio e postes do cemitério Bom Jesus, com material as custas do contratado/promovido, pelo valor de R$ 600,00.

Na decisão, o juiz Rusio Lima de Melo argumentou que a Lei 8.429/92 divide os atos de improbidade administrativa entre aqueles que importam em enriquecimento ilícito em razão do recebimento de vantagem patrimonial indevida; os que causam prejuízo ao erário por ação ou omissão; os que implicam em concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário e aqueles que atentam contra os princípios da administração pública, violando os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.

Segundo ele, restou comprovado que o contrato firmado não se propunha à manutenção de prédio de ginásio de esportes, mas “tão somente para maquiar a intenção de agir de forma desonesta, dolosa e/ou culposamente, com violação ao interesse público”. Ele também apontou a “manifesta intenção de desonestidade” de João Joaquim, que se valeu de uma terceira pessoa, que era analfabeta, para que este lhe fornecesse os documentos necessários para atendimento burocrático ao pagamento junto ao ente público para obtenção de vantagem indevida.

207 municípios da Paraíba fazem adesão ao Selo UNICEF

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Dois mil e vinte e um municípios assumiram um compromisso conjunto pelos direitos de crianças e adolescentes da Amazônia e do Semiárido. Na Paraíba, foram 207 municípios. Nesta quarta-feira, o UNICEF dá início à edição 2021-2024 do Selo UNICEF. A iniciativa tem como objetivo fortalecer as políticas públicas em áreas centrais para a realização e a garantia dos direitos de meninas e meninos em cada município, trazendo impactos concretos e de longo prazo.

“O município tem um papel essencial na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. É no município onde as crianças nascem, crescem e se desenvolvem que as políticas públicas trazem mudanças concretas na vida dessas meninas e meninos. É esse o compromisso dos 2.021 municípios que começam, agora, a nova edição do Selo UNICEF”, ressalta a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.

A metodologia do Selo UNICEF inclui o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações que ajudem o município a cumprir a Convenção sobre os Direitos da Criança, que no Brasil é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O Selo UNICEF conta, também, com o apoio do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal; do Consórcio Nordeste; da Associação Brasileira de Municípios (ABM); da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime); do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas); do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); da Confederação Nacional de Municípios (CNM); e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), além de outras parcerias nos estados em que o Selo UNICEF acontece. Estas instituições apoiarão os municípios no desenvolvimento e na implementação de políticas públicas em diferentes áreas essenciais à vida das crianças e dos adolescentes.

 

 

Edição 2021-2024
Os municípios que participam do Selo UNICEF se comprometem a melhorar as políticas públicas municipais em sete áreas:

  1. Desenvolvimento infantil na primeira infância;
  2. Educação de qualidade para todos;
  3. Desenvolvimento integral, saúde mental, e bem-estar de crianças e adolescentes na segunda década da vida;
  4. Hábitos de higiene e acesso à água assegurados para crianças e adolescentes nas escolas;
  5. Oportunidades de educação, trabalho e formação profissional para adolescentes e jovens;
  6. Prevenção e resposta às violências contra crianças e adolescentes;
  7. Famílias vulneráveis recebendo atenção integral em serviços intersetoriais de proteção social no município.

Os resultados alcançados precisam ser sistêmicos, ou seja, permanecer nos municípios mesmo após o término das atividades. Quem participa também é monitorado pelo UNICEF junto a um conjunto de indicadores sociais. Essa combinação contribui diretamente com 7 e indiretamente com outros 4 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Ao final do ciclo de 4 anos, em 2024, serão reconhecidos com o Selo UNICEF os municípios que mais avançarem nos resultados sistêmicos (o que eles precisam melhorar), nos indicadores sociais (que refletem a qualidade das políticas públicas para a infância e adolescência) e na participação cidadã e gestão por resultados, garantindo a participação de adolescentes e o fortalecimento dos espaços de participação social no município.

Resultados da edição anterior do Selo UNICEF

A Edição 2017-2020 do Selo UNICEF contou com a adesão espontânea de 1.924 municípios de 18 estados da Amazônia Legal brasileira e do Semiárido, que se comprometeram a priorizar crianças e adolescentes nas políticas públicas, com metas e indicadores claros. Desses, 473 municípios foram certificados. Na Paraíba, foram 32 municípios certificados.

Na Paraíba, 88% dos munícipios participantes do Selo UNICEF implementaram a estratégia Busca Ativa Escolar, indo atrás de cada criança e adolescente que estava fora da escola e tomando as medidas necessárias para a rematrícula e a aprendizagem.

Além disso, muitos municípios investiram em ações voltadas a aqueles estudantes que estavam na escola, em atraso escolar, com risco de evadir. No Brasil, entre 2016 e 2019, o percentual de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental público com dois ou mais anos de atraso escolar caiu 10,7%. Já nos municípios certificados com o Selo UNICEF na Paraíba, a redução foi maior: 11,5%.

 

Confira os resultados dos municípios da Paraíba na última edição do Selo UNICEF:  selounicef.org.br/resultados-paraiba

Sobre o UNICEF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.