A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) iniciou, nesta quarta-feira (29), um levantamento para conhecer como vivem as famílias que moram em comunidades da Capital. O trabalho começou pela Comunidade Boa Esperança, localizada no bairro de Mandacaru. O trabalho é realizado pela equipe da Secretaria de Habitação (Semhab) e a intenção é elaborar um projeto de reforma para atender essas famílias, oferecendo a elas uma melhor qualidade de vida.
A secretária de Habitação, Socorro Gadelha, explicou que a proposta da gestão municipal é saber como vivem essas famílias, onde muitas vezes têm a casa, mas vivem em condições precárias porque não têm condições financeiras de fazer uma reforma. “Com esse levantamento, vamos saber quem são e quais as famílias cujas casas apresentam problemas em sua estrutura. Estamos tratando de habitabilidade, onde vamos verificar também a situação fundiária dos terrenos onde essas famílias moram”, explicou.
Segundo Socorro Gadelha, o prefeito Cícero Lucena quer que as pessoas morem em casas dignas e a Prefeitura vai subsidiar a reforma desses imóveis para quem não tem condições financeiras de fazer. O trabalho começou pela Comunidade Boa Esperança, em Mandacaru, mas será feito em toda a periferia de João Pessoa.
As famílias serão selecionadas de acordo com a situação de cada uma, sempre dando prioridade aos casos mais graves, ou seja, com condições precárias de habitabilidade. “No trabalho feito nesta quarta, nossos técnicos visitaram as casas, conversaram com as famílias e preencheram um formulário sobre o perfil socioeconômico, descrevendo também a estrutura do imóvel e o que será preciso fazer para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, ressaltou Socorro Gadelha.
Trabalho de campo – O trabalho de campo é coordenado pelo advogado Alfredo Codevilla. Ele explicou que são observados itens como esgotamento sanitário, abastecimento de água e infraestrutura do imóvel – reboco das paredes, instalações elétricas e outros pontos, que influenciam na qualidade de vida dessas pessoas. Na avaliação primária feita na Comunidade Boa Esperança, foi constatado que muitas famílias vivem sem nenhuma infraestrutura, o que coloca em risco a saúde e a integridade física delas.
Os engenheiros Mirella Oliveira e Ateanderson Régis, da Divisão de Obras da Semhab, estão acompanhamento o trabalho e inspecionando as casas. “Observamos as condições de habitação de cada moradia, para que as famílias sejam atendidas dentro das necessidades de cada uma delas. Muitas casas não têm estrutura para atender as pessoas que são deficientes físicos, por exemplo”, informou Mirella Oliveira.
Uma das casas visitadas pela equipe da Semhab foi a de seu José da Penha, morador da comunidade há mais de 15 anos. Ele, que mora em uma casa de taipa, sobrevive com o dinheiro que ganha catando reciclagem. “Eu não tenho condições de construir minha casa e a ajuda da Prefeitura vai ser bem-vinda”, disse.
O presidente da Associação dos Amigos e Moradores de Mandacaru, Nildo Andrade, disse que na comunidade a maioria das famílias precisa de ajuda, porque ganha pouco em subempregos ou fazem ‘bicos’, sobrevivendo com menos de um salário mínimo por mês. “A ajuda da Prefeitura chega em boa hora e vai beneficiar dezenas de famílias da comunidade”, frisou.
Eliane Oliveira da Silva é líder comunitária na Boa Esperança e afirmou que as casas dos moradores apresentam muitos problemas na estrutura física. “As casas já foram construídas de forma precária e a ajuda da Prefeitura, para garantir a reforma, vai ser bem aceita pelas famílias”.
