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Com 954 casos e dois óbitos, PB tem taxa de ocupação de 24% dos leitos de referência para Covid-19

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, nesta sexta (11), 954 casos de Covid-19. Entre os casos confirmados neste boletim, 5 (0,52%) são moderados ou graves e 949 (99,48%) são leves. Agora, a Paraíba totaliza 585.260 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, já foram realizados 1.475.183 testes para diagnóstico da Covid-19.

Também foram confirmados 03 novos óbitos desde a última atualização, dois ocorridos nas últimas 24h. Com isso, o estado totaliza 10.151 mortes. O boletim registra ainda um total de 430.497 pacientes recuperados da doença.

* Dados oficiais preliminares (fonte: SI-PNI, e-SUS Notifica, Sivep Gripe e SIM), extraídos às 10h, do dia 11/03/2022, sujeitos à alteração por parte dos municípios.

Óbitos

Os óbitos divulgados neste boletim ocorreram entre os dias 04 e 10 de março, todos em hospitais públicos. As vítimas são 01 homens e 02 mulheres, com idades entre 70 e 98 anos, residentes dos municípios de João Pessoa (2) e Poço Dantas (1). Cardiopatia foi a comorbidade mais frequente e um deles não teve comorbidades informadas.

Cobertura Vacinal

Foi registrado no Sistema de Informação SI-PNI, a aplicação de 8.013.042 doses. Até o momento, 3.404.081 pessoas foram vacinadas com a primeira dose (83,87% do total) e 3.121.760 completaram os esquemas vacinais, o que representa 76,91% da população total do estado. Do total de vacinados com o esquema primário completo, 3.037.755 tomaram as duas doses e 84.005 utilizaram imunizante de dose única. Sobre as doses adicionais, foram aplicadas 35.145 em pessoas com alto grau de imunossupressão e 1.452.049 doses de reforço na população com idade a partir de 18 anos. A Paraíba já distribuiu um total de 8.561.445 doses de vacina aos municípios.

Ocupação de leitos Covid-19

A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico), em todo estado, é de 24%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 31%. Em Campina Grande, estão ocupados 17% dos leitos de UTI adulto e no sertão, 27% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro estadual de regulação hospitalar, 03 pacientes foram internados nas últimas 24h. Ao todo, 134 pacientes estão internos nas unidades de referência para Covid-19.

Os dados epidemiológicos com informações sobre todos os municípios e ocupação de leitos estão disponíveis em: www.paraiba.pb.gov.br/coronavirus

Procon-JP autua 23 postos sobre alta nos preços dos combustíveis

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Vinte e três postos de combustíveis de João Pessoa foram autuados na manhã de desta sexta-feira (11), pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) devido à alta nos preços da gasolina antes mesmo da aplicação do reajuste previsto pela Petrobras, com validade a partir de hoje. Além de seguir as denúncias dos clientes, o Procon-JP está embasado pela pesquisa de preços realizada no último dia 9.

O secretário Rougger Guerra explica que, apesar do reajuste para a gasolina (18,7%) e para o óleo diesel (24,9%) anunciado pela Petrobras só começar a valer nas refinarias a partir desta sexta-feira, alguns postos já começaram a aumentar o preço da gasolina na quinta-feira (10), antes da implementação oficial do reajuste. “Não há explicação para a antecipação desse aumento. E quem for pego praticando esse tipo de irregularidade vai sofrer todas as sanções previstas em lei, que vão desde multas à suspensão temporária das atividades”.

O titular do Procon-JP salienta que “além de nossa pesquisa semanal, que nos dá embasamento par avaliar os aumentos praticados, também nos antecipamos e notificamos 10 distribuidoras de combustíveis na última quarta-feira (9), solicitando as notas de compra de todos os tipos de combustíveis para avaliar a evolução dos preços nos últimos 15 dias. Então, estamos prontos para coibir qualquer abusividade por parte dos postos”.

Os preços – De acordo com o aumento editado pela Petrobras, a gasolina vai subir em torno de R$ 0,60 nas bombas. A última pesquisa do Procon-JP (dia 9 de março) mostrou o preço do produto oscilando entre R$ 6,320 e R$ 6,590, com o diesel S10 sendo praticado entre R$ R$ 5,490e R$ 5,950, e o o diesel comum entre R$ 5,438 e R$ 5,749. “Por esses números já se nota que o consumidor vai sentir o peso no bolso e vai ter que reorganizar o orçamento mensal. Por isso, é inadmissível ser penalizado ainda mais por um aumento antecipado. Isso não pode ocorrer impunemente”, argumentou o secretário do Procon-JP.

Governadores vão ao STF contra tributação que torna única cobrança de ICMS sobre os combustíveis

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SINDIPETRO denuncia alta carga de impostos e alerta que gasolina pode chegar a R$ 5 na PB

Os governadores de todos os Estados decidiram  nesta sexta-feira (11) que vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação do projeto que torna única a cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias sobre os combustíveis.

O projeto já havia sido aprovado pelo Senado e depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor. A proposta é uma tentativa de aliviar a alta no preço do combustível.

A aprovação da matéria veio paralelo ao anúncio da Petrobras de que irá aumentar em 18,7% o preço do litro da gasolina, e de 24,9% no diesel. Segundo a estatal, os valores refletem parte da elevação em patamares internacionais de preços do petróleo e os ajustes foram necessários para que a venda às distribuidoras do mercado brasileiro continuem sem riscos de desabastecimento.

O ICMS é o principal imposto de arrecadação dos estados, a maior parte dele vem da incidência da gasolina e do diesel. De acordo com levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP), no ano passado foram arrecadados R$ 689,4 bilhões de tributos pelos 26 estados e o Distrito Federal.

O imposto compõe apenas uma parte do preço dos combustíveis. Ele também é formado pela margem da Petrobras, por tributos federais-PIS/Pasep, Cofins e Cide-, e o custo de distribuição e revenda.

O que muda?
Segundo o texto aprovado, a cobrança do ICMS passa a ser uniforme em todo o país, podendo ser diferente apenas por produto. A definição será feita pela unidade de medida, como litro ou quilo no caso dos combustíveis líquidos, e metro cúbico no gás de cozinha. Ela também poderá ser reduzida e restabelecida no mesmo exercício financeiro.

Outra mudança é a instituição de regra na transição para as operações com o diesel, enquanto não for aplicada a incidência monofásica para esse combustível, a base de cálculo do ICMS será definida pela média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores.

O valor passa a ser cobrado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que é formado pelos estados e pelo governo federal. Além de zerar PIS/Cofins sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação até o final deste ano.

 

Arquidiocese libera a realização de procissões e outras celebrações durante a Semana Santa

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A Arquidiocese da Paraíba decidiu, a partir de entendimento do seu Conselho Presbiteral, que a partir desta sexta-feira (11), os eventos, celebrações e sacramentos realizados em sua área de atuação  incluindo, as realizações de Vias-Sacras públicas, procissões e todas as programações da Semana Santa, estão permitidas.

Em comunicado, a Arquidiocese ressaltou que os eventos devem obedecer as orientações e decretos das autoridades e dos órgãos de saúde.

“Ressalta-se que todas as ações da Igreja Arquidiocesana, suas paróquias, Novas Comunidades, organismos e movimentos estejam sempre de acordo com as orientações e decretos das autoridades sanitárias e de saúde. A Arquidiocese continua orientando seus fiéis quanto aos cuidados individuais e coletivos para que a covid-19 e suas variantes sejam definitivamente controladas e o país possa sair do quadro de pandemia”, diz um trecho do comunicado.

Confira abaixo o comunicado da Arquidiocese:

COMUNICADO OFICIAL

O Arcebispo da Paraíba, Dom Frei Manoel Delson, a partir de decisão conjunta com seu Conselho Presbiteral, decide que, a partir da presente data, os eventos, celebrações e sacramentos realizados em todo território da Arquidiocese devem seguir as orientações dos decretos vigentes no Estado da Paraíba e nos municípios. Estão permitidas, então, as realizações de Vias-Sacras públicas, procissões e todas as programações vindouras, incluindo Semana Santa.

Ressalta-se que todas as ações da Igreja Arquidiocesana, suas paróquias, Novas Comunidades, organismos e movimentos estejam sempre de acordo com as orientações e decretos das autoridades sanitárias e de saúde.

A Arquidiocese continua orientando seus fiéis quanto aos cuidados individuais e coletivos para que a covid-19 e suas variantes sejam definitivamente controladas e o país possa sair do quadro de pandemia.

Que Nossa Senhora das Neves interceda por nosso povo!

João Pessoa, 11 de março de 2022

Projeto de cobrança única de ICMS de combustível aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro

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O Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/20 que prevê a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) uma única vez sobre os combustíveis, inclusive os importados, aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro. O texto, aprovado na madrugada desta sexta-feira (11) na Câmara dos Deputados, prevê que a cobrança se dará com base em uma alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país.

Ontem (10), Bolsonaro disse, durante live semanal nas redes sociais, que pretende sancionar imediatamente a matéria.

“Passa a ser um valor fixo do ICMS, que não é mais um percentual no preço em cima da bomba. Basicamente congela, para valer, o ICMS, que é um imposto estadual, dos combustíveis. Se a Câmara aprovar hoje, da minha parte, não interessa a hora, eu assino a qualquer hora da noite. Ou da madrugada. E publica no Diário Oficial da União“, afirmou o presidente.

Reajuste

Antes de ser votado na Câmara, o projeto havia sido aprovado na tarde de quinta-feira pelo Senado. A aprovação da proposta ocorreu em meio a alta no preços dos combustíveis anunciada pela Petrobras.

Com o aumento, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras sobe de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. No caso do gás liquefeito de petróleo (GLP), o preço médio de venda para as distribuidoras sobe de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo (kg), equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.

O projeto

Entre outros pontos, o PLP estabelece que o ICMS, um tributo estadual, será cobrado em valor único por litro de combustível. Atualmente, a alíquota do imposto é um percentual cobrado em cima do preço final do litro na bomba, que sofre variações do dólar e do preço internacional, onerando ainda mais o valor final cobrado dos consumidores.

O texto determina que a cobrança do ICMS ocorra sobre o preço na refinaria ou no balcão de importação, quando o combustível vier do exterior. Os novos valores, pela proposta, serão definidos por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne representantes da área econômica de todos estados e do Distrito Federal.

O diesel é o único combustível que adotaria uma regra de transição emergencial. Segundo essa sistemática, enquanto não for adotada a cobrança única – e correspondente unificação de alíquota – do diesel, o valor de referência para estipulação do tributo será a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores a sua fixação.

Além da cobrança única, o projeto também concede isenção do PIS/Pasep e da Cofins em 2022 sobre os combustíveis.

Com dois anos de existência, variantes e vacinas moldaram fases da pandemia da Covid-19

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Teste rápido SWAB Nasal para detecção de Covid-19, UBS 1 - Brasília-DF, 07/01/2021, Fotos: Myke Sena/MS

A pandemia de covid-19 completa hoje (11) dois anos, e o sobe e desce das curvas de casos e óbitos ao longo deste período teve dois fatores como protagonistas: as variantes e as vacinas. Se, de um lado, esforços para desenvolver e aplicar imunizantes atuaram no controle da mortalidade e na circulação do SARS-CoV-2, do outro, a própria natureza dos vírus de evoluir, adquirir maior poder de transmissão e escapar da imunidade fez com que as infecções retomassem o fôlego em diversos momentos. Moldada por essas forças, a pandemia acumula, em termos globais, quase 450 milhões de casos e mais de 6 milhões de mortes, além de 10 bilhões de doses de vacinas aplicadas e 4,3 bilhões de pessoas com duas doses ou dose única, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Integrante do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Raphael Guimarães explica que, ao se multiplicar, qualquer vírus pode evoluir para uma versão mais eficiente de si mesmo, infectando hospedeiros com mais facilidade. Quando a mutação dá ao vírus um poder de transmissão consideravelmente maior que sua versão anterior, nasce uma variante de preocupação.

“O que a gente vive dentro de uma pandemia é uma guerra em que a gente está tentando sobreviver, e o vírus também está tentando”, resume Guimarães. “Cada vez que a gente dá a ele a chance de circular de forma mais livre e tentar se adaptar a um ambiente mais inóspito, o que ele está fazendo é tentar alterar sua estrutura para sobreviver.”

Coronavírus (COVID-19), Novo Coronavirus SARS-CoV-2
Imagem do novo coronavirus SARS-CoV-2 – NIAID

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, acrescenta que impedir que um vírus sofra mutações ao se replicar é impossível, porque isso é da própria natureza desses micro-organismos. Apesar disso, é possível, sim, dificultar esse processo, criando um ambiente com menos brechas para ele circular. E é aí que as vacinas cumprem outro papel importante.

“A gente pode reduzir esse risco aumentando a cobertura vacinal no mundo inteiro. A Ômicron apareceu na África, que é o continente com menor cobertura vacinal”, lembra ele. Enquanto Europa, Américas e Ásia já têm mais de 60% da população com duas doses ou dose única, o percentual na África é de 11%. “Se a gente conseguir equalizar a cobertura vacinal nos diferentes países, a gente tem um menor risco de ter uma variante aparecendo dessa forma”, diz Chebabo.

É unânime entre os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil que, se as ondas de contágio podem ser relacionadas à evolução das variantes, o controle das curvas de casos e óbitos se deu com a vacinação. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, afirma que é inegável o papel das vacinas na queda da mortalidade por covid-19 ao longo destes dois anos.

“No início, vacinaram-se os idosos mais velhos, para depois ir descendo por idade e para pacientes com comorbidades. E, se olhar no miúdo a interferência da vacina no número de mortes, fica evidente, a partir da vacinação desse grupo das maiores vítimas, uma queda coincidindo com o aumento da cobertura”, avalia ela, que também resume a pressão das variantes no sentido contrário, aumentando os casos: “Começamos no Brasil com a cepa original, depois a Gama começou a predominar, foi substituída pela Delta, veio a Ômicron, e esse balanço nas nossas curvas foi acompanhando justamente essas novas variantes que foram se espalhando pelo mundo.”

A pediatra considera que problemas na disponibilidade de vacinas no início da imunização e a circulação de variantes também levaram o Brasil a ser um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, com mais de 650 mil mortes causadas pela doença, o segundo maior número de vítimas do mundo, e uma taxa de 306 mortes a cada 100 mil habitantes, a segunda maior proporção entre os dez países que mais tiveram vítimas da doença.

“Se a vacinação tivesse começado mais cedo e com uma oferta de doses maior desde o início, com certeza o panorama que a gente vivenciou teria sido diferente. Mas, ainda que tenhamos atrasado o início e a disponibilidade de doses também tenha demorado, chegamos a coberturas tão boas ou até melhores que muitos países, inclusive com esquema completo”, afirma a diretora da SBIm.

Variantes de preocupação

Desde que o coronavírus original começou a se espalhar, a OMS classificou cinco novas cepas como variantes de preocupação. Mais sete chegaram a ser apontadas como variantes sob monitoramento ou variantes de interesse, mas não reuniram as condições necessárias para justificarem o mesmo nível de alerta. Para que as mutações genéticas do vírus sejam consideradas de preocupação, elas devem ter características perigosas, como maior transmissibilidade, maior virulência, mudanças na apresentação clínica da covid-19 ou diminuição da eficácia das medidas preventivas.

O padrão de batizar as variantes com letras do alfabeto grego foi uma alternativa adotada pela OMS para evitar que continuassem sendo identificadas por seu local de origem, como chegou a acontecer com a Alfa, a que veículos de comunicação se referiam frequentemente como variante britânica. Associar uma variante a um país ou região pode gerar discriminação e estigmas, justifica a organização, que acrescenta que essa nomenclatura também simplifica a comunicação com o público e é fácil de pronunciar em vários idiomas.

Médicos observam exame de paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP)
A disseminação da variante Gama levou à lotação das unidades de terapia intensiva – REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados

Gama

Virologista e coordenador da Vigilância Genômica de Viroses Emergentes da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca coordenou o trabalho que confirmou a existência da variante Gama, a que teve maior impacto na mortalidade da covid-19 no Brasil. Ele explica que, ao longo do tempo, o coronavírus adquiriu maior transmissibilidade ao acumular mutações que permitiram o escape de anticorpos, aumentaram a replicação e facilitaram a entrada nas células.

Com essas vantagens, as variantes Alfa e Beta causaram aumentos de casos e óbitos em outros países, mas não chegaram a se disseminar a ponto de mudar o cenário epidemiológico no Brasil. Por outro lado, o pior momento da pandemia no país, nos primeiros quatro meses do ano passado, está diretamente ligado à variante Gama.

“A Gama foi o nosso grande terror, porque foi o surgimento de uma variante de preocupação aqui antes que a gente tivesse iniciado a vacinação. Até a gente conseguir avançar, ela já tinha se espalhado”.

A disseminação da variante Gama causou colapso no sistema de saúde do Amazonas entre o fim de dezembro e janeiro de 2021. A sua disseminação pelo país levou à lotação das unidades de terapia intensiva em praticamente todos os estados ao mesmo tempo. O cenário continuou a se agravar até março e abril de 2021, quando a média móvel de mortes por covid-19 teve picos de mais de 3 mil vítimas diárias. Em 17 de março, a Fiocruz classificou a situação como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.

Iniciada em 17 de janeiro, a vacinação no Brasil ainda estava em estágio inicial durante a disseminação da variante Gama, e, quando o pico de óbitos foi atingido, menos de 15% da população tinha recebido a primeira dose. À medida que a vacinação dos grupos prioritários avançava, porém, a média móvel de mortes começou a cair no Brasil a partir de maio de 2021, e instituições como a Fiocruz chegaram a apontar uma queda na média de idade das vítimas de covid-19, uma vez que os mais velhos tinham cobertura vacinal maior que adultos e jovens.

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral.
Vacinação de grupos de riscos foi importante para que a variante Delta não tivesse altas taxas de mortalidade no Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Delta

Enquanto a curva da variante Gama descia no Brasil em maio, a variante Delta mostrava seu poder de transmissão na Índia desde abril e levava a outra situação de colapso que alarmava autoridades de saúde internacionais. Segundo dados da OMS, mais de 100 mil indianos morreram de covid-19 somente em maio, e a organização declarou a Delta uma variante de preocupação no dia 11 daquele mês.

A variante Delta se espalhou e diversos países como Indonésia, Estados Unidos e México tiveram altas na mortalidade entre julho e agosto. No Brasil, a vacinação dos grupos de risco e a recente onda da variante Gama produziram o que os pesquisadores chamam de imunidade híbrida.

“É a imunidade das vacinas somada à imunidade da infecção natural”, explica o virologista. “O problema da imunidade natural é que milhares de pessoas morreram. Não é algo que a gente possa pensar como uma estratégia, mas aconteceu. A gente não viu nem de perto o que aconteceu com a Gama acontecer com a Delta.”

Ômicron

Apesar disso, a variante Delta substituiu a Gama como a principal causadora dos casos de covid-19 no país ao longo do segundo semestre de 2021, e manteve esse posto até que fosse derrubada pela Ômicron. A última variante de preocupação catalogada, até então, teve seus primeiros casos identificados no Sul da África em novembro de 2021, e, a partir da segunda quinzena de dezembro, países de todos os continentes registraram um crescimento de casos em velocidade sem precedentes. Ao longo de todo o mês de janeiro de 2022, o mundo registrou mais de 20 milhões de casos de covid-19 por semana, enquanto o recorde anterior era de quase 5,7 milhões por semana, segundo a OMS.

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A Ômicron encontrou um cenário de vacinação mais ampla – Marcello Casal jr/Agência Brasil

Entre todas as variantes, a Ômicron é a que acumula mais mutações, garantindo uma capacidade de contágio muito maior que as demais. Além disso, explica Fernando Naveca, também é a mais capaz de escapar das defesas imunológicas, causando reinfecção e infectando pessoas vacinadas, ainda que sem gravidade em grande parte das vezes. Diferentemente da Gama, a variante supertransmissível encontrou um cenário de vacinação mais ampla, com mais de 60% da população brasileira com duas doses e dose única, e grupos de risco já com acesso à dose de reforço.

Antes da variante Ômicron, o recorde na média móvel de novos casos de covid-19 no Brasil era de 77 mil por dia. Entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro de 2022, porém, o país repetiu dia após dia uma média móvel de mais de 100 mil casos diários, chegando a quase 190 mil casos por dia no início de fevereiro, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fiocruz. Cidades como o Rio de Janeiro registraram, somente no mês de janeiro de 2022, mais casos de covid-19 que em todo o ano de 2021, quando as variantes Gama e Delta eram as dominantes.

Ainda que o número de mortes tenha subido com o pico da variante Ômicron, a média móvel de vítimas não superou os mil óbitos diários nenhuma vez em 2022, enquanto, em 2021, todos os dias entre 24 de janeiro e 30 de julho tiveram média de mais de mil mortes. Essa diferença tem relação direta com a cobertura vacinal atingida pelo país, que já tem 73% da população com duas doses ou dose única e 31% com dose de reforço.

“Felizmente, tivemos um pico absurdo de casos que não se refletiu em um número tão alto de casos graves. Então, a não ser que surja outra variante, a gente deve viver um período mais tranquilo, porque tivemos muita vacinação e um pico grande da Ômicron. Isso deve nos ajudar a ter uma queda de casos”, espera o pesquisador.

Agência Brasil

Bandidos fazem segurança refém e roubam cooperativa de crédito em Campina Grande

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Bandidos fizeram nesta quinta-feira (10), um segurança de uma cooperativa de crédito refém, no bairro da Prata, em Campina Grande, na Paraíba. De carro com informações, quatro homens armados invadiram o estabelecimento e anunciaram o assalto.

Eles renderam clientes e funcionários e fizeram o segurança do local refém.

Os criminosos fugiram levando uma quantia em dinheiro não informada. O segurança foi levado dentro do carro dos bandidos e foi liberado nas proximidades do estabelecimento.

Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Pai e filho matam homem com golpes de facão e pedaços de madeira durante bebedeira

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Um crime com requintes de crueldade ocorreu na zona rural de Cuite, na Paraíba, nessa quinta-feira (10), onde um homem foi assassinado com golpes de facão e pedaços de madeira.

De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima estava bebendo com algumas pessoas na casa onde morava quando houve um desentendimento.

Eduardo Gomes de Souza foi assassinado com vários golpes de facão e pedaços de madeira. O corpo do homem foi encontrado pelos familiares que quando entraram na residência se depararam com uma cena de horror, com sangue espalhado por toda a cozinha e a vítima, ainda com vida, deitada no chão com vários golpes de facão e de pedaços de madeira por todo o corpo, conforme apurou o Notícia Paraíba.

A PM foi acionada e conseguiu localizar um dos suspeitos. O homem confessou o crime e disse que matou Eduardo com a ajuda do filho. Ele contou para os policiais que o seu filho tinha ido comprar gasolina e a PM conseguiu encontrar o jovem. Ele ainda tentou fugir do cerco realizado pelos policiais civis e militares, e acabou colidindo frontalmente com uma viatura policial, e ao cair no chão ainda tentou fugir correndo. O suspeito foi contido pelos PMs e também preso em flagrante.

Um dos presos é um conhecido criminoso que estava aterrorizando a zona rural de Cuité, contra o qual existe mandado de prisão em aberto, e que já tinha conseguido escapar de outras ações policiais.

Os dois foram levados para a Delegacia de Polícia Civil e ficarão à disposição da Justiça.

Projetos e iniciativas aprovados na ALPB beneficiam mulheres paraibanas

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Os deputados e deputadas da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) atuam constantemente na elaboração, apresentação e aprovação de projetos que beneficiam as mulheres de todo o estado. Na última terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a Casa de Epitácio Pessoa lançou a Campanha ‘Paraíba, Mulheres de Força’, como objetivo destacar a força da mulher paraibana, através de histórias de personagens reais.

Um site será lançado em breve onde essas histórias poderão ser contadas para que cada cidadã ou cidadão possa conhecer e votar na história que mais lhe inspirar. Até junho, as histórias mais votadas e analisadas por uma curadoria, que será formada pela ALPB, serão premiadas. “Essa é uma campanha extraordinária que a Assembleia está promovendo para que a gente possa evidenciar milhões de mulheres anônimas que fazem a Paraíba acontecer, mesmo longe do Poder Público, cuidando da casa, dos filhos, do marido, do trabalho e da vida”, comentou a deputada Pollyanna Dutra, que presidiu a sessão especial.

Com o objetivo de garantir a segurança das mulheres, os parlamentares também foram favoráveis à instituição da Política Estadual de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política Contra Mulheres. O PL 2.686, da deputada Camila Toscano, tem como finalidade a criação da Política Estadual de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política contra mulheres. O texto classifica como Assédio Político atos de perseguição ou ameaças cometidos contra a mulher com o propósito de suspender, impedir ou restringir as funções inerentes ao seu cargo para induzi-la ou forçá-la a realizar, contra a sua vontade, determinada no desempenho de suas funções ou no exercício dos seus direitos políticos.

“No âmbito legislativo, é fundamental criar leis que responsabilizem os perpetradores da violência, bem como  construir um ambiente seguro para as parlamentares eleitas, comprometendo-se com a adoção de ações concretas para garantir a igualdade e a não-discriminação, criando ambientes livres de assédio e intimidação para as mulheres políticas”, defendeu a deputada.

O projeto de Lei 2.523/2021, de autoria do deputado Wallber Virgolino, dispõe sobre o Programa de Conscientização e Proteção de Gestantes em Situação de Rua e Dependentes Químicas. O deputado autor da proposta explicou que a matéria tem o objetivo de transmitir orientações sobre métodos contraceptivos, dar acesso a atendimento psicológico grupal e individual, além de facilitar o encaminhamento aos serviços de saúde para acompanhamento pré-natal.

“A falta de cuidados durante a gestação, bem como o uso de substâncias entorpecentes, podem afetar diretamente a formação do feto, causando problemas que acompanharão o bebê pelo resto de sua vida. Portanto, faz-se necessário instituir, como política pública, um programa de apoio a estas pessoas, para que tenham a devida orientação, proporcionando o acompanhamento em todas as etapas de sua gestação”, explicou o deputado.

Durante a pandemia, a Assembleia Legislativa da Paraíba foi pioneira em aprovar o Projeto de Lei Lei 3.328/2021, que institui a “Hora do Colinho” em todo o estado. A contaminação pela covid-19 impediu recém-nascidos de conviverem com suas mães. Além da Covid, inúmeras doenças fazem com que mãe e filho sejam obrigados a passarem dias afastados. O PL do deputado Dr. Taciano Diniz é uma expansão do “hora do colinho”, implantado pela enfermeira Mariluce Ribeiro, na Maternidade Frei Damião.

A ideia surgiu em abril de 2020, após a profissional, que é coordenadora do Centro Obstétrico da instituição, perceber que o “choro” constante dos bebês isolados em UTI, estava relacionado à ausência das mães.  “Sem sombra de dúvidas, o colo e o amor curam. Além de auxiliar no ganho de peso, o “colinho” melhora diversos indicadores, como o tempo de sono, por exemplo, e aprimora a respiração e o funcionamento do interno e do estômago”, defendeu o deputado. O texto foi sancionado pelo governador João Azevêdo e virou lei em janeiro deste ano.

A Casa de Epitácio Pessoa aprovou ainda matérias de incentivo ao empreendedorismo feminino, de apoio às mulheres que trabalham na agricultura familiar, de defesa dos direitos as servidoras públicas estaduais, entre outras. Para o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino, é dever do Poder Legislativo apresentar ações, através de projetos de lei que possam garantir qualidade de vida, segurança e saúde às mulheres paraibanas.

“A Assembleia trabalha em prol da população da Paraíba, trabalhamos para preservar e defender os direitos da mulher paraibana através da igualdade de oportunidades. Só assim teremos uma Paraíba melhor e mais justa para todos”, afirmou o presidente.

Paraíba registra aumento de 25% no número de doações de órgãos

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As doações de órgãos para transplantes vêm aumentando na Paraíba, em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto os três primeiros meses de 2021 somaram oito doadores efetivos, em 2022 já são 10, número que representa, até agora, um aumento de 25%.

Em relação ao número de transplantes realizados, também foi verificado um crescimento de mais de 16%. Até março de 2021, o estado somou 49 cirurgias, contra 57 procedimentos já feitos neste ano, em pouco mais de dois meses.

A última doação de múltiplos órgãos registrada na Paraíba aconteceu na madrugada dessa quinta-feira (10), no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. O doador teve morte cerebral confirmada, na noite da terça-feira (8). A doação só aconteceu após a autorização familiar.

O fígado foi para um paciente de 67 anos, morador do Rio de Janeiro, o rim esquerdo foi implantado em um menino de oito anos do estado de São Paulo, e o rim direito foi encaminhado para uma adolescente de 15 anos, do Rio Grande do Norte. As córneas foram levadas para o Banco de Olhos.

“Nunca é fácil tomar uma decisão numa hora de tanta dor, por isso o trabalho da Central é feito com muito respeito, responsabilidade e seriedade. Nosso intuito maior sempre é salvar vidas”, explica a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central de Transplantes, Rafaela Carvalho.

Mesmo com o crescimento registrado no número de doações e transplantes, o estado ainda tem 510 pessoas na fila aguardando por um órgão. São 302 à espera de uma córnea, cinco esperando um coração, 18 aguardam um fígado e 185 precisam de um rim.

Serviço – A sede da Central de Transplantes da Paraíba funciona no prédio anexo ao Hospital de Trauma da Capital. Os telefones para entrar em contato são: (83) 3244-6192 (João Pessoa) e (83) 3310-9252 (Campina Grande).