O dia 26 de abril é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial. A data serve para alertar sobre os cuidados necessários que se deve ter com relação à pressão alta, ressalta a médica cardiologista Luciana Xavier, da equipe da Funasa Saúde, associação genuinamente paraibana, que opera planos de saúde, que vai realizar uma ação de prevenção à hipertensão na próxima semana.

Luciana Xavier lembra que os parâmetros médicos atuais apontam que “valores a partir de 12×8, ou seja, 120×80, já podemos considerar o início de uma hipertensão arterial”. Ela frisa que tal parâmetro não indica, necessariamente, que o paciente precise fazer uso de medicação: “A pressão 12×8 não é preocupante. A gente só começa a dar um pouco mais de atenção a esse paciente. A partir desse diagnóstico existem estágios e é a partir deles é que vamos decidir sobre a conduta terapêutica”.

A cardiologista explica que a hipertensão pode causar variados sintomas. “Em geral, existem sintomas como um desconforto na região da face, às vezes, um desconforto na área do pescoço. Há casos do paciente chegar em consulta de emergência cardiológica com quadro de dor torácica, simulando até a angina e, às vezes, é só a pressão alta”, exemplifica. E acrescenta: “Aguns pacientes chegam a apresentar pressões mais altas, sem sintomas. Em alguns pacientes, a hipertensão é totalmente silenciosa”.

No caso do diagnóstico da hipertensão, Luciana Xavier conta que existem três classes de medicamentos mais recomendadas para o tratamento. “A primeira age na vascularização, provocando um pouco a vasodilatação para promover a redução da pressão. Outra é o dos diuréticos, que vai fazer o paciente urinar mais e, assim, diminuir a pressão. Já a terceira é formada pelos bloqueadores de canais cálcio, que vão promover uma vasodilatação, reduzindo os níveis de pressão”, enumera.

A mudança de hábitos, frisa Luciana Xavier, é importante no tratamento da hipertensão. “São fundamentais as medidas não medicamentosas, que seriam a redução da ingestão de sal na alimentação; retirada de temperos industrializados, porque eles têm uma grande concentração de sódio; a modificação de estilo de vida. Fazer exercício físico tem que estar presente em quase todos os pacientes, mesmo que tenham comorbidades”, enumera.

Ação preventiva
 A Funasa Saúde realiza desta terça-feira, dia 22, até a sexta-feira, dia 25, ação de prevenção à hipertensão com aferição da pressão arterial, teste de glicemia e teste rápido de verificação da capacidade pulmonar. A iniciativa ocorre na sede da associação, no quarto andar do Edifício Concorde, na Torre. “Estaremos promovendo uma campanha educativa na Funasa Saúde. Não deixe de fazer esse rastreio do seu nível pressórico que será muito importante para a sua saúde”, completa a médica.
Sobre a Funasa Saúde

A Funasa Saúde é uma associação genuinamente paraibana, sem fins lucrativos e administrada pelos próprios associados, que opera planos de saúde. Todas as informações sobre o processo de adesão à Funasa Saúde estão disponíveis no perfil no Instagram da Funasa Saúde (@funasasaude) ou através do telefone 3244-4220.

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária divulgou orientações à população paraibana sobre os cuidados que as pessoas devem ter na aquisição, armazenamento, manipulação e conservação dos alimentos mais consumidos na Semana Santa, como pescados, ovos de Páscoa e outros produtos afins. Conforme a gerente-técnica de Inspeção e Controle de Alimentos, Água para Consumo Humano e Toxicologia da Agevisa/PB, nutricionista Conceição Sobral, por ser a Semana Santa um período marcado pelo aumento no consumo de pescados, ovos e chocolates, é essencial que os consumidores e os estabelecimentos comerciais sigam fielmente as recomendações de boas práticas de manipulação, armazenamento e preparo desses alimentos para garantir a segurança alimentar e evitar riscos à saúde.

Ressaltando a importância da compra correta, do armazenamento adequado e da manipulação segura dos alimentos como cuidados essenciais à preservação da saúde, Conceição Sobral observou que os pescados devem ser comprados em locais devidamente autorizados pelos órgãos fiscalizadores, e que, nesses ambientes, as pessoas devem observar as condições de higiene, de como os produtos estão expostos para venda e, de forma bem especial, as características dos produtos.

“No caso dos peixes, os consumidores devem observar atentamente a aparência, os olhos, o cheiro e a textura. No tocante à aparência, os peixes devem apresentar uma superfície limpa e brilhante, com escamas firmes e aderentes à pele, e guelras rosadas ou vermelhas e brilhantes. Quanto aos olhos, estes devem ser salientes (jamais afundados nas órbitas) e devem apresentar córneas transparentes e pupilas negras e brilhantes. O cheiro deve ser suave e agradável ao olfato, chegando a lembrar o cheiro do mar. Já em relação à textura, a carne do peixe deve ser firme e não deixar marcas quando pressionada com os dedos. Ou seja, ao apertar o abdômen do peixe, por exemplo, a marca provocada pelos dedos deve desaparecer lentamente, voltando o produto à condição inicial”, explicou.

No caso de as pessoas comprarem peixes para consumir em outros dias, que não o dia da compra, Conceição Sobral disse que, assim que chegarem em casa, elas devem lavar bem os peixes e colocá-los na geladeira para mantê-los refrigerados, consumindo-os no máximo em dois dias. E se os peixes não forem consumidos no máximo em dois dias? Neste caso, a nutricionista observou que a solução é o congelamento, que pode manter o produto apto ao consumo humano por quatro ou até seis meses, a depender de o peixe ser congelado inteiro ou em postas.

“É importante lembrar que jamais se deve descongelar e congelar novamente os peixes e nenhum outro tipo de pescado, pois esse tipo de procedimento favorece a proliferação de microrganismos nocivos ao organismo humano”, ressaltou.

Evitando a contaminação cruzada – A gerente-técnica de Alimentos da Agevisa/PB chamou a atenção dos consumidores para os cuidados que devem ser tomados, na hora do preparo dos pescados, para evitar a contaminação cruzada, que é a transferência de microrganismos, substâncias químicas ou físicas de um alimento para outro.

“É importante que os pescados sejam manipulados em separado de outros alimentos, especialmente aqueles reservados para serem consumidos crus ou sem cocção. Ou seja, deve-se utilizar utensílios exclusivos para cada tipo de alimento, como tábuas, facas e recipientes”, comentou. E acrescentou: “Deve-se, ainda, lavar bem as mãos antes e depois do manuseio dos pescados, além de higienizar as bancadas e os utensílios com solução de hipoclorito de sódio”.

Orientações aos comerciantes – Referindo-se aos cuidados que estabelecimentos que comercializam pescados devem tomar para garantir a devida segurança à saúde do consumidor, a nutricionista Conceição Sobral observou: “Eles devem garantir a higienização adequada do local e dos equipamentos utilizados na manipulação dos alimentos; manter o controle de temperatura para evitar a deterioração dos produtos; oferecer treinamento aos funcionários para assegurar o cumprimento das normas sanitárias, e evitar o armazenamento de alimentos de diferentes categorias no mesmo espaço, para prevenir a contaminação cruzada).

Chocolates e ovos de Páscoa – Sobre os cuidados que devem ser tomados pelo consumidor na hora de comprar chocolates e ovos de Páscoa, Conceição Sobral comentou: “As pessoas devem comprar esses produtos somente a fornecedores confiáveis e devidamente regularizados junto aos órgãos reguladores que atuam na promoção e proteção da saúde pública, como é o caso da Vigilância Sanitária. Além disso, ao escolherem os produtos para comprar, os consumidores devem observar atentamente a rotulagem, que deve conter informações como prazo validade, ingredientes e alerta sobre alérgenos”.

Quanto à melhor forma de armazenamento, Conceição explicou: “Esses produtos devem ser armazenados em local fresco e seco, evitando-se a exposição ao calor excessivo, que pode comprometer a qualidade desses alimentos.

O diretor da Agência Estadual da Vigilância Sanitária,  (Agevisa/PB) Geraldo Moreira, pediu a retirada imediata dos peixes distribuídos  no município de Pilar e que estavam com suspeitas de estarem estragados.  É  uma questão de segurança alimentar”, disse  Geraldo Moreira durante entrevista  a um programa de Rádio da Capital.

Muitas pessoas que comeram o peixe se queixaram de uma indisposição alimentar e tiveram que ser internadas. A Secretaria de Saúde de Pilar, confirmou aumento de atendimentos por casos de intoxicação e que parte dos pacientes haviam ingerido o peixe.

Ele disse ainda a  Vigilância Sanitária de Pilar em conjunto com a Secretaria de Municipal de Saúde já tomaram todas as providências. “Amostras do pescado foram coletadas e encaminhadas para analise laboratorial, para saber se realmente da indisposição alimentar foi provocada por esses pescados”, afirmou.

Pedimos às pessoas que ainda não consumiram esse peixe que não faça uso desse peixe”, alertou.

Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Pilar afirmou que após tomar conhecimento da situação, todas as medidas necessárias foram tomadas e a Vigilância Sanitária já iniciou uma investigação para identificar a origem do problema.

Saiba Mais: Na manhã desta quinta-feira (17), moradores do município de Pilar, na Mata Paraibana, utilizaram as redes sociais para reclamar da qualidade do peixe distribuido pela Prefeitura durante a Semana Santa.

“O peixe que a prefeita deu aqui, peixe podre, peixe desse aqui nem os cachorros comem. Como se estivesse desmanchando, fora da cor. Isso é uma desmoralização, minha gente”, criticou homem.