Na reunião da CPI dos combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), desta quarta-feira (19), o representante da distribuidora de combustíveis Vibra Energia, José Carlos Berardo, respondeu aos questionamentos dos vereadores.
O vereador Valdir Trindade (Republicanos) iniciou os questionamentos perguntando se a empresa participou de alguma reunião para discutir o mercado local de combustíveis; com quantos postos ela tem contratos em João Pessoa; se a empresa recomenda preços aos postos; e se ele a acha normal o paralelismo de preços na cidade.
“Respondo com um sonoro não. A empresa presa por sua integridade e ética empresarial e jamais participaria de nada que venha a manchar sua imagem. A Vibra tem 7.890 postos no Brasil; 2 mil no Nordeste; cerca de 30 em João Pessoa 40 na região metropolitana. A empresa jamais influencia nos preços finais das bombas dos postos. O fenômeno chamado de paralelismo de preços pode acontecer devido às razões de custos razoavelmente homogêneas. A transparência pública dos preços, em benefício do consumidor, pode levar a esse paralelismo. Deixando claro que esse paralelismo não representa nenhum ilícito em nosso país”, esclareceu José Carlos Berardo.
A vereadora Jailma Carvalho (PSB) continuou a sabatina querendo saber se houve, nos últimos meses, elevação de preços dos combustíveis da distribuidora que justificasse um aumento de 40 centavos no preço das bombas. “Não houve aumento neste período, muito menos que justifique um aumento de 40 centavos neste período”, respondeu.
O vereador Fábio Lopes (PL) questionou sobre a influência da distribuidora no mercado pessoense, já que dos 130 postos da cidade, 20% são da distribuidora; e quais as razões do aumento de preços nos combustíveis em João Pessoa.
“A Vibra representa 20% da distribuição de combustíveis na Paraíba e em João Pessoa. Vendemos mais ou menos 60% para postos bandeirados e 40% para bandeiras brancas, que não ostentam a marca da distribuidora. O mecanismo que usamos para converter postos é o uso das ferramentas de marketing, treinamento e preço mais agressivo. Já sobre o aumento na cidade, pode ser definido pelas operações de custos de cada posto, custo operacional, aluguel de terreno e gastos com pessoal. Ainda tem a logística para influenciar nos valores na bomba”, enfatizou.
O relator da CPI, vereador Tarcísio Jardim (PP), quis saber sobre os valores da distribuição na cidade; perguntou se haveria diferenciação de tratamento para os postos bandeirados e os de bandeira branca; e sobre a alta de preços dos combustíveis no país.
“Não tenho os dados aqui para responder sobre a distribuição, precisaria examinar as notas fiscais. Não há diferenciação entre postos bandeirados e bandeira branca, a não ser sobre o risco de crédito e o volume contratado. Sobre os aumentos no país, o Ministério de Energia questiona também. A resposta não é simples, e sim multifatorial: tributação elevadíssima, falta de isonomia em função de práticas ilícitas e cadeia mais complexa, que ainda tem que lidar com os 27% de etanol hidratado adicionado à gasolina. Além disso, muito do que trabalhamos é importado, circulando com o capital estrangeiro, que encarece a cadeia”, arguiu.
O presidente da CPI, vereador Mikika Leitão (Republicanos), quis saber se poderia haver adulteração dos combustíveis entre a distribuição e os postos. “Nossa empresa toma todas as medidas possíveis para que isso não aconteça. Precisamos garantir a credibilidade da empresa e a qualidade do produto”, declarou.











