A Prefeitura de Conde, no Litoral Sul da Paraíba, amanheceu nesta terça-feira(18) marcada por um terremoto político-administrativo. A prefeita Karla Pimentel publicou no Semanário Oficial uma extensa lista com mais de 160 exonerações, afetando diretamente pessoas que a acompanharam desde sua primeira campanha, em 2020. As demissões, classificadas como inesperadas até por aliados mais próximos, atingiram cargos estratégicos da administração municipal, provocando forte reação entre servidores e cidadãos.
Foram desligados gestores e coordenadores de áreas essenciais para a estrutura governamental, incluindo Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Juventude, Povos Indígenas, Iluminação Pública, Mulheres e Defesa Civil. A retirada simultânea de tantas lideranças em setores considerados fundamentais gerou preocupação sobre o funcionamento do organograma da Prefeitura nos próximos meses.

A decisão ganhou ainda mais repercussão por ter sido tomada justamente no dia em que o município completou 62 anos de emancipação política, o que intensificou o sentimento de perplexidade. Nas ruas e nas redes sociais, moradores afirmaram não compreender o motivo da medida. A já conhecida fama da prefeita Karla Pimentel de “abandonar aliados” voltou a ser comentada e reforçada com a nova onda de exonerações.
Um servidor que procurou o portal relatou que o clima entre os exonerados e remanescentes é de total desorientação.
“A prefeita Karla Pimentel esteve na COP 30, viu a importância do tema, e agora acabou com a gerência indígena e de meio ambiente. Ela fala tanto do programa ‘Antes que Aconteça’ e acabou com a gerência de mulheres. Acabou com a gerência de iluminação pública e de juventude”, afirmou.
Segundo ele, a ordem chegou diretamente do gabinete da prefeita, acompanhada de um recado incisivo:
“Bico calado e é bom não reclamar para voltar em janeiro, se não pode começar a buscar outro emprego.”
Até o momento, a Prefeitura de Conde não apresentou justificativa pública para a reestruturação repentina. A ausência de explicações oficiais mantém a população em suspense sobre os próximos passos da gestão e sobre como os setores afetados continuarão funcionando diante do esvaziamento administrativo.











