A Gerência de Vigilância Sanitária de João Pessoa participou, nesta sexta-feira (10), de uma ação conjunta para coibir a venda de bebidas adulteradas, falsificadas ou de origem clandestina. O objetivo da operação é garantir a proteção à saúde da população, diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol registrados no País nas últimas semanas.

O trabalho foi conduzido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (MP-Procon), com apoio da Polícia Militar. A fiscalização integra o cumprimento da Recomendação nº 2/MP-Procon-DG-JP/2025, expedida em razão do surto nacional de intoxicação por metanol.
De acordo com o gerente de Vigilância Sanitária de João Pessoa, Victor Viana, foram realizadas fiscalizações em bares, restaurantes e casas de shows da Capital para averiguar a procedência das bebidas alcoólicas, especialmente destilados. “Durante a ação não foi constatada irregularidade. Porém, independentemente desse resultado, continuaremos realizando fiscalizações para garantir que João Pessoa continue sem casos suspeitos ou confirmados”, destacou.
Durante a ação, as equipes examinaram documentos fiscais, rótulos e notas fiscais eletrônicas (NF-e) das bebidas comercializadas, para identificar eventuais irregularidades de procedência, rotulagem ou origem.
O diretor-geral do MP-Procon, Francisco Bergson Formiga, destacou o caráter preventivo e permanente da atuação do órgão. “Nosso objetivo é garantir segurança aos consumidores e prevenir riscos à saúde pública, assegurando que os estabelecimentos cumpram as normas legais de comercialização. O Ministério Público atua de forma integrada e contínua, acompanhando o mercado e orientando os fornecedores, para que o cidadão tenha confiança no que consome”, afirmou.

Monitoramento – Além das fiscalizações e ações educativas realizadas pela Vigilância Sanitária e outros órgãos, a Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), segue monitorando casos de pacientes com sinais, sintomas clínicos ou outras informações que possam indicar a intoxicação, em conformidade com nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde. Até o momento, não há casos notificados de intoxicação por metanol em João Pessoa.
Entenda o caso – No Brasil, há vários casos notificados, inclusive com mortes envolvendo o metanol. As autoridades de saúde e segurança pública de todo o país estão em alerta e intensificando a fiscalização, já que o metanol não pode ser adicionado a nenhuma bebida, em razão de ser uma substância altamente tóxica para os humanos. Gin, vodca e whisky são os principais alvos das investigações, já que são as bebidas destiladas mais afetadas pela falsificação.
Perigo à saúde – O metanol é uma substância líquida, incolor e inflamável, utilizada como solvente, combustível e na fabricação de diversos produtos químicos. O consumo humano é altamente tóxico e pode levar à morte mesmo em pequenas doses. Os sintomas iniciais da intoxicação pela substância se assemelham aos de uma ressaca ou intoxicação por álcool comum (etanol). Eles incluem sonolência, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal e confusão mental.