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A RECEITA PARA CHEGAR, por Demétrius Faustino

Quem gosta do chamado futebol arte, não deixa de ver ou assistir as partidas do Flamengo, cujo time atual não sei se é melhor que o liderado por Zico, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes de 1981, mas que se identifica muito, isto é uma certeza. Aliás, essas comparações alimentam os debates de mesas-redondas da televisão e do rádio, dos podcasts, e animam os papos dos bebericadores nas mesas de bares.

O fato é que o rubro-negro trucidou o Liverpool em Tóquio, e agora os dois times se enfrentam 38 anos depois, cada qual com seu estilo de combinação de planejamento tático e com jogadores de talento. Essas duas equipas não jogam fazendo o elementar, o famoso “arroz com feijão”. Para chegar a esse patamar, tiveram um longo trabalho pela frente.

No caso do Flamengo, o clube reparou e colocou as dívidas em equação, consentindo que as milionárias cotas de televisão e os instrumentos de patrocínio pudessem efetivamente ser investidos em contratações. Com dinheiro em caixa, o rubro-negro privilegiou a qualidade, buscando os jogadores certos para cada posição. Gabriel e Bruno Henrique formam um ataque impecável; Rafinha e Felipe Luís são laterais de alto nível; Gerson chegou como um maestro, e tomou conta do meio de campo. Sem esquecer do goleiro Diego Alves, Rodrigo Caio, Arão, Diego, De Arrascaeta, e outros que a memória não chega nesse momento.

Adicionem nessa receita o enaltecimento do maior patrimônio que um clube pode ter: a força da maior torcida do país, abraçada pelo Maracanã e por uma política inteligente de preços e vendas de ingressos. Não é à toa que dentro dessa lógica, só neste Brasileirão 2019, o Flamengo atingiu a média de 52 mil pagantes quando atuou em casa e 30 mil quando jogou como visitante.

Também não é possível falar desse Flamengo sem a cereja do bolo:Salve, Jorge. Jesus, o salvador. O mister com sotaque lusitano, transformou o time em pouco tempo no carrossel holandês que encantou o mundo na copa de 1974, ondecostura planejamento tático, marcação forte, muita movimentação, liberdade para as habilidades e os talentos e a busca frenética e incessante pelos gols.

O Flamengo pode levantar a taça nesse 21/12/19, mas pode terminar o ano sem esse troféu, pois afinal de contas o Liverpool é considerado o melhor time do mundo. Mas um fato é indubitável: o clube aponta caminhos para o futebol brasileiro, no que obriga outros clubes a se mexer também.

Flamengo x Liverpool é a final que o mundo quer ver, notadamente o planeta bola.

Thaysa Videres
Thaysa Videres
Jornalista - Assessora de Comunicação - Repórter do PautaPB / [email protected]

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