Casos de zika, dengue e chikungunya na Paraíba caem 90%, mostra novo boletim

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Foto: Reprodução internet

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (7), o 6º Boletim Epidemiológico relacionado às Arboviroses deste ano. Segundo o boletim, houve uma redução nos números de dengue, zika e chikungunya no estado. No período de 3 de janeiro a 27 de maio deste ano (21ª semana epidemiológica), foram notificados 1.595 casos suspeitos de dengue na Paraíba, o que representa uma redução de 95,94% em relação a 2016, quando foram registrados 39.311 casos suspeitos da doença.

 

Chikungunya – Quanto às notificações de suspeita de Chikungunya, de 3 de janeiro a 27 de maio de 2017 foram registrados 538 casos suspeitos. Em 2016, no mesmo período, foram notificados 15.325 casos suspeitos, o que mostra uma redução de 96,48%.

 

Zika Vírus – De acordo com o boletim, até 21ª semana epidemiológica deste ano, foram notificados 84 casos suspeitos de Zika Vírus. No mesmo período de 2016, foram registrados 4.184 casos, apontando uma redução de 97,99%. O boletim epidemiológico destaca que a notificação dos casos de Doença Aguda pelo Zika Vírus é primordial para nortear as ações de combate ao Aedes aegypti.

 

“É importante lembrar que a Doença Aguda pelo Zika Vírus foi inserida na Lista de Doenças de Notificação Compulsória a partir da Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, o que justifica o pico de notificações no mês de fevereiro de 2016 e o não registro de casos no ano de 2015”, ressaltou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Renata Nóbrega.

Óbitos – Até a 21ª Semana Epidemiológica foram notificados seis óbitos com suspeita de causa de arboviroses nos municípios de Bayeux (1), João Pessoa (1), Conceição (1), Caaporã (1), Santa Rita (1) e Esperança (1). O boletim destaca que óbitos com suspeita de arboviroses devem ser informados imediatamente, ou seja, no período de até 24 horas, conforme Portaria 204 de 17 de fevereiro de 2016.

 

A SES lembra que, para esclarecimento da causa morte e identificação do perfil dos óbitos, se faz necessário realizar as investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar, utilizando o Protocolo de Investigação de óbitos por Arbovírus Urbanos no Brasil (Dengue, Chikungunya e Zika), instituído pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho de 2016. Cabe às secretarias municipais a investigação dos óbitos e às Gerências Regionais de Saúde e Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas da SES o apoio técnico da análise e discussão dos casos.

“É com a notificação dos casos que podemos tomar decisões precisas no combate ao vetor, como também traçar planos estratégicos para conter o avanço e os danos causados por essas doenças, os quais têm um alto impacto na saúde pública”, disse Renata Nóbrega.

Situação Laboratorial de Dengue e Chikungunya – Na Paraíba, até 31 de maio de 2017, foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) 367 amostras de sorologia para dengue (34 reagentes, 321 não reagentes e 12 indeterminadas). Já para testagem de sorologia para chikungunya, foram encaminhadas 307 amostras (59 reagentes, 217 não reagentes e 31 indeterminadas).

 

Com o objetivo de identificar o tipo de vírus circulante no Estado, a Vigilância Epidemiológica orienta aos municípios o envio de amostras de isolamento viral para monitoramento das ações de combate ao Aedes.

Monitoramento das Gestantes com Suspeita de Doença Aguda pelo Zika Vírus – Este ano, até o momento (21ª Semana Epidemiológica), foram notificados 34 casos de gestantes com suspeita de zika vírus. Já no ano de 2016 foram notificados 298 casos em gestantes.

 

LIRAa – No período de 24 a 28 de abril deste ano foram realizados o 2º LIRAa (Levantamento de Índices Rápido do Aedes aegypti) e o LIA (Levantamento de Índices Amostral do Aedes aegypti) 2017 nos municípios paraibanos.

 

Os 223 municípios paraibanos apresentaram os seus resultados. De acordo com os dados, 83 (37,2%)municípios apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto, 115 (51,6%)sinalizaram situação de Alerta e 25 (11,2%) municípios situação satisfatória; destes 06 (2,7%) apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) zero.

O próximo Levantamento de Índices LIRAa/LIA está previsto para ser realizado no período de 3 a 7 de julho deste ano.

Com relação às visitas domiciliares de rotina realizadas pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) no 1º Ciclo de 2017, ocorrido de 1º de janeiro a 28 de fevereiro, foram realizadas 1.309.780 visitas domiciliares. No 2º Ciclo/2017, de 1º de março a 30 de abril, foram realizadas 1.255.381 visitas, totalizando 2.565.161 visitas domiciliares por 223 municípios paraibanos, como parte das estratégias de controle do Aedes aegypti no Programa de Enfrentamento da Microcefalia (Pnem).

“Considerando o período chuvoso, recomendamos às Secretarias Municipais de Saúde, a continuidade das ações de modo intensificado e integrado com os setores de infraestrutura, Limpeza Urbana, Secretaria de Educação e Meio Ambiente, entre outros, de modo a sensibilizar a população, buscando diminuir os locais de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, contribuindo, assim, para o controle das arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya”, informou Renata Nóbrega.

Ações realizadas – Foram entregues repelentes às Secretarias Municipais de Saúde para distribuição com as gestantes do Programa Bolsa Família-PBF; visitas técnicas aos municípios da 1ª e 3ª Gerência Regional de Saúde; foram realizados bloqueios de transmissão com aplicação de UBV Pesado (carro fumacê) nos municípios com notificação de casos suspeitos de arboviroses; treinamento de teste Rápido de Zika para os serviços de referência; execução de ações educativas de combate ao vetor Aedes aegypti nas 16 plenárias do Orçamento Democrático Estadual.

 

Febre Amarela – Com relação à Febre Amarela, Renata Nóbrega lembra que a Paraíba é área livre da doença. Quanto à vacinação, a recomendação permanece a mesma: as pessoas que moram em áreas com recomendação para a vacina e as que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata, dentro dessas áreas, devem ser imunizadas. A vacina faz parte do Calendário Nacional do SUS para atender a população nas situações recomendadas, de acordo com a região. A Paraíba está fora da área com recomendação de vacina.

 

Arboviroses – São as doenças transmitidas ao homem por picadas de mosquitos – causadas pelos chamados Arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika e chikungunya (nestes casos, pelo mosquito Aedes aegypti infectado, um dos principais transmissores de arboviroses da atualidade).

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