Lacen de Cabedelo realiza pesquisa para diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares e diabetes

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A Secretaria de Saúde de Cabedelo (Sescab), por meio do Laboratório Central de Cabedelo (Lacen), está desenvolvendo pesquisas sobre a prevalência de dislipidemia e hiperglicemia em indivíduos de 03 a 19 anos de idade, no município de Cabedelo. O objetivo é o diagnóstico precoce dessas taxas, buscando a prevenção a doenças cardiovasculares e hipertensão, bem como ao diabetes mellitus, tipos 1 e 2, na vida adulta.

De janeiro a março de 2017 já foram realizados 500 exames, conforme a demanda espontânea desses usuários, a partir das solicitações médicas do município. O trabalho consta da catalogação e análise de todos os exames laboratoriais realizados sobre colesterol total, HDL e triglicerídeos do público alvo (para a dislipidemia) e glicose (para o caso da diabetes).

“Nós percebemos já há algum tempo, e com base nas solicitações de exames clínicos laboratoriais feitos pelos médicos do município, um significativo crescimento no número de crianças e adolescentes com suspeita de altos níveis nessas taxas e consequente propensão a desenvolver estas enfermidades no futuro. Como nosso trabalho na Atenção Básica em Saúde prioriza a prevenção de doenças e o bem-estar da população, entendemos que, com esses dados específicos na mão, podemos implementar políticas de prevenção mais adequadas desde cedo para esses jovens”, justifica a diretora do Lacen Cabedelo. Sônia Galiza.

A partir desse estudo, o Lacen poderá analisar o diagnóstico de cada Unidade de Saúde em todas as áreas do município, de forma a identificar tendências e propor, por exemplo, através das áreas competentes, programas de orientação alimentar e atividades físicas, no que se refere à dislipidemia.

Já quanto à diabetes mellitus, por depender principalmente de fatores genéticos, as ações preventivas focam na orientação sobre a necessidade de bons hábitos alimentares, além do necessário acompanhamento clínico.

O Lacen de Cabedelo funciona na Policlínica Leonard Mozart, e é referência, para o Estado da Paraíba, no diagnóstico laboratorial para doenças como Dengue, Tuberculose, HIV e Hepatite B. Realiza, ainda, todos os testes de pré-natal preconizados pelo Ministério da Saúde (MS) visando, entre outras ações da Atenção Básica em Saúde, oferecer à população cabedelense serviços laboratoriais com maior rapidez, conforto e segurança.

No Lacen, todos os testes são realizados pelo sistema de automação, garantindo, assim, exames com qualidade certificada. Além dos exames especializados acima citados, o Laboratório ainda realiza testes para o diagnóstico de doenças relacionadas à tireoide, ao câncer da próstata (PSA), hormônios ovarianos, dosagens bioquímicas e hemogramas. Também oferece testes para diagnóstico da sífilis, sumários de urina, parasitológicos de fezes, entre outros complementares.

Atualmente, no Lacen, são realizados, em média, 11.000 exames laboratoriais por mês, atendendo a demanda de aproximados 1.200 pacientes no mesmo período.

Displidemia e Diabetes – A dislipidemia é caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione. No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco de infarto e derrame

Já a Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

Diversas condições podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.

A Diabetes Tipo 1 (DM 1) é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. Na Diabetes Tipo 2 (DM 2) está incluída a maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.

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